A adesão a Jesus Cristo é um ato de plena liberdade do ser humano. Somos chamados a aderir à Igreja por Ele instituída na qual se faz presente no povo reunido em seu nome, na Palavra viva proclamada, nos ministros sagrados e essencialmente na Eucaristia, alimento sublime da alma.
O ato de estar na Igreja deve assumir então uma característica de pertença, ao ponto de se reconhecer como a própria Igreja, resplandecer o mesmo rosto do Cristo Ressuscitado. É nele que somos parte e sinal de salvação, luz do mundo e sal da terra.
A Igreja, pois, feita de povo precisa inevitavelmente de um pouco de previsão e de provisões: Abrigo, alimento, vestes, idas e vindas, livros... e todos os demais recursos necessários. Em todo o fazer humano há que haver meios físicos e materiais.
Onde buscar os recursos para a realização dos Encontros de Casais com Cristo? O próprio documento nacional do ECC nos aponta: virá dos próprios casais que já passaram pela experiência do ECC. Portanto não é o melhor caminho recorrer ao cofre comum da comunidade paroquial, menos ainda sair pedindo doações de forma indiscriminada aos comerciantes locais.
Os artifícios de rifas, bingos bazares, etc, são úteis e até devem ser utilizados, mas como fonte de recursos para fazer frente a eventos episódicos, tais como aquisição de algum equipamento mais dispendioso, realização de congressos ou outra ação de maior demanda financeira. A regra deve ser a doação, livre, espontânea e generosa, dos casais que já vivenciaram o ECC; não há que se exigir taxas ou pagamentos; não se pode estipular valores, nivelar recursos, eis que pelo ECC passam casais das mais diversas condições sócio-econômicas.
Os mini-mercados não devem ter a finalidade própria de gerar lucros, embora na prática acabam por ajudar, mas essa não deve ser sua principal finalidade – alguns parecem mais uma feira de artesanato – é bom evitar todo o exagero.
Vale ressaltar que as doações não são feitas somente pelos casais que estão compondo as equipes de trabalho daquele encontro, todos os casais da paróquia que já vivenciaram o ECC devem ser motivados a colaborar. Nos grandes centros urbanos é mais comum a doação em espécie, nas pequenas localidades aparecem muito em forma de produtos e gêneros, muitas vezes produzidos pelos próprios casais em suas propriedades. O que é realmente importante?– o espírito de doação, o sentido de pertencer. Nunca se deve esquecer o espírito de pobreza e de simplicidade que norteiam a nossa caminhada, evitando-se, pois a opulência e o supérfluo.
O ECC como serviço da Igreja quer despertar os casais também para esta adesão, para este espírito de solidariedade e de partilha. A dinâmica, o método e a forma do ECC devem levar a este comportamento maduro e comprometido com a causa da evangelização.
Evitar as despesas desnecessárias “só para fazer diferente”; a diferença deve ser o amor com que se faz. É prudente que se faça alguma reserva de recursos sem, contudo assumir o sentido de acumular, mas de prevenir.
Importante lembrar-se da obrigação de participar dos recursos necessários à realização da 2ª e da 3ª etapa do ECC e a ajuda na manutenção do Conselho Diocesano e do Conselho Regional conforme cada realidade; As paróquias mais abastadas podem e devem ajudar aquelas menos aquinhoadas, esta é uma dimensão missionária da doação.
Os casais devem ser sensibilizados, ainda no plenário do ECC 1ª Etapa, mediante o sociodrama “corresponsabilidade”. Depois o próprio casal finanças deve encarregar-se de aproveitar as oportunidades de reuniões de pós-encontro para oferecer orientações seguras sobre a maneira prática de contribuírem para os próximos encontros.
Os casais pós-encontros igualmente devem estar preparados para responder a estas questões.
Por fim, convém que valorizemos as prestações de contas em todos os níveis dos órgãos de direção do ECC, como forma de demonstrar claramente a responsabilidade ao empregar os recursos obtidos.
Joaquim e Aparecida
Casal Regional Centro-Oeste
Fonte: ECC Nacional.
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