domingo, 25 de setembro de 2011

Reflexão sobre O Pai Nosso

1.    Como se aprende a rezar

Temos necessidade de aprender a rezar?

Sim, temos de aprender a andar, a falar, a ler, a escrever, também temos que aprender a rezar. O homem não saberia nada se nada lhe fosse ensinado.

 

E quem nos ensina a rezar?

O próprio Nosso Senhor o fez; nossas mães devem faze-lo desde que nascemos  e os catequistas nos darão lições mais tarde.

O que  podem fazer nossas mães e os catequistas para nos ensinarem a rezar?

Eles nos fazem conhecer a Deus, nos ensinam a lhe falar com respeito, com gratidão, com amor: nos fazem dizer e repetir as formulas das orações. É assim que se ensina a rezar.

 

E como fez Nosso Senhor?

Um dia seus Apóstolos lhe disseram: Senhor ensine-nos a rezar; nesse dia mesmo Jesus os ensinou o Pai Nosso, a mais bela das orações.

 

Nosso Senhor  nos ensina somente a formula da oração?

Nosso Senhor pela graça excita em nossos corações o santo desejo de rezar, e nos anima interiormente a rezar bem, o que os homens não sabem fazer.

2. Pequeno estudo do Pai Nosso

 

O que Nosso Senhor nos ensina no Pai Nosso?

Nosso Senhor nos ensina o que precisamos desejar e pedir a Deus. Tudo encerrado em sete pedidos.

 

Como se dividem esses sete pedidos?

São três que se relacionam diretamente a Deus, e quatro que são mais expressamente relativos a nossos interesses.

 

O que lhe pedimos nos três primeiros pedidos?

Pedimos:
1o que seu nome seja glorificado,
2o que o seu reino venha a nós,
3o que sua vontade seja feita.

 

O que pedimos a Deus nos quatro últimos pedidos?

Pedimos:
1o nosso pão de cada dia,
2o o perdão dos nossos pecados,
3o a vitória sobre as tentações,
4o que os livre de todo mal.

 

E isso é tudo que devemos desejar?

Sim, Nosso Senhor não esqueceu de nada, e todo homem que regrar seus desejos pelo Pai Nosso alcançara a felicidade eterna.
 
3. O Pai Nosso: os três primeiros pedidos

 

Explique os três primeiros pedidos do Pai Nosso?

Pedimos tudo que possa ser maior e melhor para a gloria de Deus e para nossa salvação.

Mostre-nos o que se refere à gloria de Deus?

Que o nome de Deus seja conhecido e glorificado como santo, que seu reino se estenda em nossas almas, e nos leve ao céu, que Deus seja obedecido por todos os homens tornados seus filhos; essa é a gloria que devemos desejar a Deus e que o fazemos quando dizemos o Pai Nosso com devoção.

 

Mostre-nos quanto a nossa salvação?

Pedimos também nesses pedidos a graça da fé, da esperança e da caridade; da fé que nos faz conhecer e revelar o nome de Deus, da esperança que nos faz desejar e obter seu reino e enfim da caridade que nos faz abraçar a sua vontade e obedecer a sua lei.

 

Tem algum modo de nos ajudar a rezar bem esses três pedidos?

Aqui está um pode ser útil a muita gente: no primeiro pedido lembrar nosso batismo, no segundo nossa crisma, e no terceiro os dez mandamentos.

 

Como assim?

O primeiro pedido terá como sentido que o nome de Deus seja santificado pela graça de nosso batismo que pedimos para nos conservar e que ele seja dado a todos os infiéis; no segundo que a graça de nossa crisma nos fortifique na Igreja que é o reino de Deus na terra e nos leve para o céu; no terceiro que a graça nos faça obedecer sempre aos dez mandamentos.

4. O Pai Nosso: os quatro últimos pedidos

Como se deve entender os quatro últimos pedidos?
Como a expressão exata de nossas necessidades, tanto para o corpo quanto para a alma.

Qual a ordem dos quatro pedidos em relação aos três primeiros?
Os quatro pedidos tem por fim nos por num estado para obter o que contêm os três primeiros: os primeiros visam por assim dizer a vida eterna, e os quatro outros tudo o que devemos ter na vida presente para alcançarmos a vida eterna.

 

Haverá algum modo de ensinar a fazer bem esses quatro pedidos?

Um modo útil é relacionar-los aos sacramentos como nos dois primeiros pedidos.

A que sacramentos relacionaríamos o quarto pedido?

Aos dois sacramentos da Ordem e da Eucaristia. Pedindo a Deus o pão de nossos corpos, pediríamos ao mesmo tempo o de nossas almas, a Eucaristia, e ao mesmo tempo também pediríamos a Deus para nos dar padres, padres santos que guardem entre nós a Eucaristia.

 

E ao quinto pedido?

Como pedimos o perdão dos pecados, o relacionamos ao sacramento da Penitência, implorando ao Pai celeste a graça de confessarmos sempre bem, sobretudo na hora da morte.

 

E o sexto pedido?

Teríamos no espírito o sacramento do Matrimonio, pedindo a Deus que ele seja sempre recebido e tratado santamente segundo a vontade de Deus; pois muitas vezes se toma esse estado para procurar ocasiões de tentação, o que é a ruína das almas e das famílias.

E ao sétimo pedido?
Relacionaríamos ao salutar pensamento da Extrema Unção que nos será dada na hora da morte quando mais precisamos desejar nos livrar do mal.

5. O Pai Nosso e Santa Teresa d’Ávila

 

Porque citar Santa Teresa?

Precisamente porque ela tem um método próprio de rezar o Pai Nosso, e talvez ganhemos em o conhecer.

 

Então diga-o

Santa Teresa ligava os sete pedidos do Pai Nosso aos títulos de Deus dados por nosso amor.

 

Quais esses títulos para os três primeiros pedidos?

No primeiro pedido ela o honra especialmente como seu Pai; no segundo o adora como seu Rei; no terceiro o ama como seu Esposo.

 

E como reza nos outros pedidos?

No quarto, onde se pede o pão de cada dia, reconhece Jesus como seu Pastor; no quinto como seu Redentor; no sexto como seu Medico; e no sétimo como seu Juiz.

Será possível para nós rezar como Santa Teresa?

Não podemos nos comparar a uma tão grande alma; mas instruídos por seu exemplo e suas lições, peçamos humildemente a Deus para nos dar a graça de avançarmos na compreensão do Pai Nosso, e para o rezarmos melhor.

Ave Maria
 
1. A Ave Maria

 

Porque dizemos a Ave Maria depois do Pai Nosso?

Tendo Nosso Senhor nos dado Maria por Mãe, lhe oferecemos a saudação da Ave Maria depois do Pai Nosso como para obedecer o mandamento de honrar nosso Pai e nossa Mãe.

Então estando assim junto com o Pai Nosso, a Saudação angélica é uma oração excelente?
Sem duvida, pois foi, na sua maior parte, composta com palavras inspiradas pelo próprio Deus.

 

Quais são?

As do anjo Gabriel e as de santa Isabel.

 

Quais são as palavras do Anjo?

O anjo disse a Maria: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre todas as mulheres, quer dizer: a mais abençoada de todas as mulheres.

 

Quais são as de santa Isabel?

Retomando as ultimas palavras do anjo e acrescentando um novo elogio, santa Isabel disse: Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre. Essa é a primeira parte da Ave Maria, à qual acrescentamos o pedido: Santa Maria, etc.

2. Explicação da Ave Maria

 

O que encontramos nas duas partes da Ave Maria?

Encontramos o elogio de Maria e a confissão de nossa indigência.

 

E porque começamos pelo elogio de Maria?

Para reconhecer nela os bens que ela recebeu de Deus.

Quais são esses bens?

São eles: a plenitude de graça que a tornou querida de Deus acima dos Anjos e Santos: sua união com Deus que a conservou ao abrigo de todo pecado, sua maternidade divina que a elevou-a incomparavelmente acima de todas as mulheres, e por fim a honra que lhe é atribuída no cel e na terra por ser a Mãe de nosso Salvador Jesus.

 

Com que sentimentos é preciso dizer essa primeira parte da Ave Maria?

Com grande gratidão para com Deus que tanto deu a Santíssima Virgem, e com grande alegria ao felicita-la por tanta graça e gloria com que ela foi cumulada por Deus.

3. Continuação da explicação da Ave Maria

 

O que encontramos na segunda parte da Ave Maria?

A continuação, ou melhor o resumo das grandezas de Maria e a confissão de nossa indigência e de nossa necessidades.

E porque reunir esses dois pensamentos?

É afim de atrair para a nossa indigência as misericordiosas ternuras da melhor das mães.

 

O que pedimos então à Santíssima Virgem?

Que ela que é a própria inocência e pureza, reze por nós; que interceda por nós que somos pecadores e temos tanta necessidade de socorro.

Porque dizemos agora?

Porque não há um só instante de nossa vida em que não tenhamos necessidade da graça de Deus e da intercessão de sua santa Mãe.

E porque acrescentamos “ e na hora de nossa morte”?

Porque esse momento será para nós particularmente temível: estaremos em instantes do julgamento que fixará nossa sorte na eternidade, e é bom nos assegurar a intercessão da Santíssima Virgem para essa hora solene entre todas.

4. Como devemos dizer a Ave Maria

 

Quais são as disposições necessárias para dizermos bem a Ave Maria?

As mesmas que para o Pai Nosso, a saber: a Fé, a Esperança e a Caridade.

Como a Fé nos ensina a dizer a Ave Maria?

A Fé nos revela as grandezas da Santíssima Virgem, sua incomparável graça, sua virgindade mais do que angélica, sua maternidade divina e assim nos ensina um profundo respeito.

 

Qual o socorro que nos dá a Esperança para dizermos a Ave Maria?

Nos mostra a santa Mãe de Deus como uma Mãe cheia de bondade para conosco e por isso nos inspira a maior confiança em sua maternal intercessão.

E como nos socorre a caridade?
A caridade com a qual a Santíssima Virgem nos ama é uma eloqüente lição para nos ensinar a amar a Santa Mãe de Deus. Se amamos a Maria, nossa oração será melhor acolhida por seu coração que ama tão ternamente.
Com que disposições devemos recitar a Ave Maria?
Com humildade e contrição: a humildade nos fará reconhecer nossos pecados, e a contrição nos porá no estado de receber o perdão.

5. Os obstáculos à prece a Santíssima Virgem

Porque tantas pobres almas não rezam à Santíssima Virgem?
Muitas vezes por causa da ignorância e outras tantas talvez por orgulho ou ciúme.
Como a ignorância  impede de rezar à Maria.
Quando não se sabe o quanto precisamos de seu socorro, o quanto ela nos ama e o quanto é poderosa para nos ajudar.

Mas qual pode ser o papel do orgulho?
Muitas vezes ele persuade  certas almas de que basta se dirigir a Deus e que será diminuir-se se dirigir a uma criatura, ainda que ela seja a Santíssima Mãe de Deus.

E quanto ao ciúme?
É triste dizer, mas existem almas que imitando Satã, persuadidas de seu próprio mérito, têm ciúmes das grandezas da Santíssima Mãe de Deus, e por conseqüência não rezam para ela, ou rezam de ma vontade.

Qual o remédio para tais males?
Já dissemos: a humildade e a contrição: com essas duas disposições diremos bem a Ave Maria e também nossa invocação:

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM


Pe. Francisco IVO, CM 

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM 

Dia 25 de setembro de 2011

(VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO)


Irmãos e irmãs, neste vigésimo sexto domingo do Tempo Comum, na primeira leitura da Profecia de Ezequiel, o Senhor nos questiona: É a minha conduta que não  é correta, ou antes, é a vossa conduta que não é correta? Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. De fato, o mal praticado não mata somente ao físico, mas o mata espiritualmente. O espírito humano é imortal, porém quando se afasta de Deus, fonte da vida, o espírito entra naquele estado de morte espiritual, ou seja, morte eterna: condição existencial daquelas almas condenadas eternamente à condição espiritual que elas escolheram durante sua permanência no universo sensível da matéria corpórea. Pelo contrário, quando um ímpio se arrepende da sua maldade e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida, ou seja, readquire a vida que estava por perder: arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá.
Irmãos, com o Salmista nós invocamos o Senhor; ele nos mostra seus caminhos, e nos faz conhecer a sua estrada. Que sua verdade nos oriente e nos conduza, porque é  o Deus de nossa salvação; nele esperamos, todos os dias de nossas vidas: ele é o nosso Senhor. O Senhor se recorda de sua ternura para conosco e de sua compaixão para com cada um de nós, apesar de sermos pecadores: seu Amor é eterno! Ele não se recorda dos nossos pecados, nem se lembra de nossas faltas e delitos cometidos contra sua bondade infinita. Ele se lembra de cada um de nós porque é misericordioso e bondoso sem limites; mesmo quando nós nos esquecemos dele. Ele não se esquece de nós. Irmãos, o Senhor é piedoso e reto; reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça; e aos pobres ele ensina o seu caminho.
Irmãos, na leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses, aprendemos que se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão nossa alegria é completa: aspiremos, pois, às mesmas coisas, unidos no mesmo Amor derramado sobre nós no dia de nosso Batismo; vivamos em harmonia, procurando a unidade, no Nome do Senhor. O mundo vai reconhecer que somos seus discípulos à medida que nos amamos reciprocamente. Nada façamos por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um de nós julgue que o outro é mais importante, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro. Tenhamos entre nós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus.
No Evangelho segundo Mateus, Jesus nos ensina que os cobradores de impostos e as prostitutas nos precederão no Reino de Deus, se eles crerem na sua Palavra; nós, mesmo recebendo semanalmente o pão da palavra e o pão da eucaristia, muitas vezes não nos arrependemos para crer no seu Amor. Nesta Liturgia Dominical somos convidados a viver a fé que professamos; através de obras boas de piedade e caridade tornamos presente o Reino de Deus em nosso meio. Portanto, queridos irmãos, não basta freqüentarmos a Igreja para dizer que somos cristãos. O mundo e a sociedade são campo onde o Pai nos pede hoje um compromisso com a justiça do Reino. E não há como ficar em cima do muro. Peçamos ao Bom Deus que de forma especial neste mês de Setembro sua Palavra não passe por nós sem tocar nossos corações de pedra, a fim de fazê-los semelhantes ao vosso.
JESUS  MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO: FAZEI NOSSOS CORAÇÕES SEMELHANTES AO VOSSO.
Uma ótima semana a todos!

Pe. Francisco Ivo
Paróquia São Pedro e São Paulo
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