As devoções da Igreja para cada mês do Ano
A Igreja procura santificar o ano todo celebrando a cada dia os Santos do dia, ou as festa e solenidades especiais. Mas também a cada mês do ano a Igreja dedica uma devoção particular. A escolha dessa devoção mensal é feita com base em algum acontecimento histórico ou alguma celebração litúrgica especial.
Essas devoções surgiram espontaneamente ao longo da vida da Igreja, e nem sempre é possível se determinar exatamente a data e o local de sua origem. E isto pode mudar de um país para o outro, dentro da unidade da Igreja respeitando a saudável diversidade;
Em JANEIRO a devoção é dedicada o Santíssimo Nome de Jesus, porque oito dias após o Natal, São José o circuncidou dando-lhe o sagrado nome. A Igreja celebra oito dias após o Natal, em 2 janeiro, de acordo com o “Diretório da Liturgia” da CNBB, a festa do Santíssimo Nome de Jesus. O anjo disse a Maria: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31). Por causa das festas em Janeiro que pertencem a infância de Cristo, Janeiro também se tornou o mês dedicado a Santa Infância de Jesus.
Dar o dízimo é uma forma de aprender que Deus ocupa o primeiro lugar na nossa vida. A Bíblia diz em Deuterenômio 14:22-23 "Certamente darás os dízimos de todo o produto da tua semente que cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus por todos os dias."
5 fatos que talvez você não saiba sobre o dia 1º de janeiro
Ano novo? Ressaca do réveillon? Ou Solenidade de Maria, Mãe de Deus?
Se alguém lhe perguntasse qual é o significado do dia 1º de janeiro, o que você diria?
A primeira coisa que provavelmente vem à sua mente é que é o primeiro dia do ano novo. Você também poderia dizer que é um dos maiores dias de ressaca de todo o ano. Se você conhece a sua fé católica, pode se lembrar ainda de que a Igreja, nessa data, homenageia Maria como Mãe de Deus. As três afirmações estão corretas. Mas será que há mais alguma coisa que podemos aprender sobre essa data?
Eu gostaria de destacar cinco fatos que muita gente não sabe sobre o dia 1º de janeiro:
1. O dia 1º de janeiro é a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. Uma solenidade é uma celebração litúrgica diferente dos dias de festa e de memória. Os três tipos de celebração honram os santos ou aspectos especiais de Jesus e de Maria, mas as solenidades constituem o grau mais elevado de celebração litúrgica, ficando reservadas para os mistérios mais importantes da Fé. As solenidades incluem a Páscoa, o Pentecostes, a Imaculada Conceição, os principais títulos de Jesus e os dias dos Santos de particular importância na história da salvação. As missas das solenidades têm os mesmos elementos básicos das missas de domingo, incluindo as três leituras, a oração dos fiéis, o Credo e o Glória. Algumas solenidades também são dias de festa de preceito, mas isto varia de país para país, de acordo com os padrões estabelecidos pelas conferências episcopais.
2. A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, é comemorada na Oitava do Natal. O nome “oitava” se refere à antiga prática da Igreja de celebrar o Natal durante oito dias. É uma tradição que remonta ao Antigo Testamento, quando o povo hebreu observava muitas das suas festas ao longo desse mesmo período de oito dias, como, por exemplo, a Festa dos Tabernáculos e a festa da Dedicação do Templo. Mais tarde, o imperador romano Constantino acrescentou a celebração da dedicação das basílicas a essa tradição. Houve, no passado, várias festas celebradas com oitavas. Depois do Concílio Vaticano II, porém, somente a Páscoa e o Natal mantiveram a sua oitava. O que levava os hebreus a celebrar suas grandes festas durante oito dias eram a vida muito tumultuada e as pressões e divisões causadas pelas tradições pagãs, que afetavam o cotidiano das famílias judias. A Igreja também optou pelo período de oito dias para que as famílias pudessem viver mais plenamente a importância dessas festas litúrgicas. Tendo o Natal a importância que tem, não é de admirar que a Igreja nos ofereça oito dias de especial contemplação do seu mistério, embora, tradicionalmente, a época natalina termine com o batismo de Jesus, a ser comemorado, neste novo ano, em 11 de janeiro.
3. “Mãe de Deus”, ou, em grego, “Theotokos”, é o título mais elevado de Maria. Ela o recebeu durante o Concílio de Éfeso, no ano de 431. O concílio ensinou que a humanidade e a divindade de Jesus não podem ser separadas e que, portanto, Maria merece com justiça o título de Mãe de Deus. Maria trouxe Jesus ao mundo e, por isso, é realmente a mãe de Deus, já que Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
4. A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, é a festa mariana mais antiga celebrada na Igreja católica.
5. Maria não é apenas a Mãe de Deus, mas também, verdadeiramente, nossa mãe. Ao dizer “sim” ao anjo Gabriel na Anunciação, Maria aceitou ser mãe de Jesus e, no mesmo instante, deu o seu “sim” para se tornar também a nossa mãe espiritual.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que Maria é nossa mãe na ordem da graça.
Seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. De uma forma inteiramente singular, com a sua obediência, fé, esperança e caridade ardente, ela cooperou na obra do Salvador: a obra de restaurar a vida sobrenatural das almas. Por esta razão, Maria é nossa mãe na ordem da graça.
Esta maternidade de Maria na ordem da graça perdura sem interrupção desde o consentimento que ela deu fielmente na Anunciação e manteve inabalável junto à cruz até a salvação eterna de todos os eleitos. Assunta ao céu, ela não deixou de lado este ofício salvífico: a sua multiforme intercessão continua a nos alcançar os dons da salvação eterna. Por isso, a Virgem Santíssima é invocada na Igreja com os títulos de Advogada, Auxiliadora, Socorro e Medianeira (cf. CCC 968, 969).
O papel de Maria como nossa mãe começou na Anunciação e continua por toda a eternidade. Por amar tanto o seu Filho, ela nos ama com ternura como membros do Corpo Místico de Cristo.
Ao acordarmos na manhã deste ano novo, podemos trocar o calendário, animados com as perspectivas de um ano realmente novo. Também podemos tratar de aliviar os sintomas da ressaca do réveillon… Mas, muito mais do que isso, podemos nos alegrar porque somos profundamente amados por uma mãe que é não “apenas” Mãe de Deus, mas também nossa mãe. Verdadeiramente!
Dia de Reis e da Epifania do Senhor
O "Dia de Reis" é uma das festas tradicionais mais singelas celebrada em todo o mundo católico. Neste dia se comemora a visita de um grupo de reis magos (Mt 2 1 -12), vindos do Oriente, para adorar a "Epifania do Senhor". Ou seja, o nascimento de Jesus, o Filho por Deus enviado, para a salvação da humanidade.
O termo "mago" vem do antigo idioma persa e serviu para indicar o país de suas origens: a Pérsia. Eram reis, porque é um dos sinônimos daquela palavra, também usada para nomear os sábios discípulos de uma seita que cultuava um só Deus. Portanto, não eram astrólogos nem bruxos, ao contrário, eram inimigos destas enganosas artes mágicas e misteriosas.
Esses soberanos corretos, esperavam pelo Salvador, expectativa já presente mesmo entre os pagãos. Deus os recompensou pela retidão com a maravilhosa estrela, reconhecida pela sabedoria de suas mentes como o sinal a ser seguido, para orientação dos seus passos até onde se achava o Menino Deus.
Foram eles que mostraram ao mundo o cumprimento da profecia de séculos, chegando no palácio do rei Herodes, de surpresa e perguntando "pelo Messias, o recém-nascido rei dos judeus". Nesta época aquele tirano reprimia a população pelo medo, com ira sanguinária. Mas os magos não o temeram, prosseguiram sua busca e encontraram o Menino Deus.
A Bíblia diz que os magos chegaram à casa e viram o Menino com sua Mãe. Isto porque José já tinha providenciado uma moradia muito pobre, mas mais apropriada, do que a gruta de Belém onde Jesus nascera. Alí, os reis magos, depois de adorar o Messias, entregaram os presentes: ouro, incenso e mirra. O ouro, significa a realeza de Jesus; o incenso, sua essência divina e a mirra, sua essência humana. Prestada a homenagem, voltaram para suas nações, evitando novo contato com Herodes, como lhes indicou o anjo do Senhor.
A tradição dos primeiros séculos, seguindo a verdade da fé, evidenciou que eram três os reis magos: Melquior, Gaspar e Baltazar. Até o ano 474 seus restos estiveram sepultados em Constantinopla, a capital cristã mais importante do Oriente, depois foram trasladados para a catedral de Milão, na Itália. Em 1164 foram transferidas para a cidade de Colônia, na Alemanha, onde foi erguida a belíssima Catedral dos Reis Magos, que os guarda até hoje.
No século XII, com muita inspiração, São Beda, venerável doutor da Igreja, guiado por uma inspiração, descreveu o rosto dos três reis magos, assim: "O primeiro, diz, foi Melquior, velho, circunspecto, de barba e cabelos longos e grisalhos… O segundo tinha por nome Gaspar e era jovem, imberbe e louro… O terceiro, preto e totalmente barbado chamava-se Baltazar (cfr. "A Palavra de Cristo", IX, p. 195)".
Deus revelou seu Filho ao mundo e ordenou que o acatassem e seguissem. Os reis magos fizeram isto com toda humildade, gesto que simboliza o reconhecimento do mundo pagão desta Verdade. Isso é o mais importante a ser festejado nesta data. A revelação, isto é, a Epifania, que confirma a divindade do Santo Filho de Deus feito homem, que no futuro sacrificaria a própria vida em nome da salvação de todos nós.