sábado, 31 de dezembro de 2022

O Domingo

 

Comentário Litúrgico


Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

Domingo, 1 de Janeiro de 2023

Evangelho (Lc 2,16-21)



De muitos modos, Deus outrora nos falou pelos profetas;
nestes tempos derradeiros, nos falou pelo seu Filho. (Hb 1,1-2)



Como pano de fundo do nosso texto está, portanto, a ideia de que, com a chegada de Jesus, atingimos o centro do tempo salvífico... Em Jesus, a proposta libertadora que Deus tinha para nos oferecer veio ao nosso encontro e materializou-se no meio dos homens; o próprio nome ("Jesus" significa "Jahwéh salva") que foi dado ao menino, por indicação do anjo que anunciou o seu nascimento, aponta nesse sentido. Por outro lado, o fato de essa "boa notícia" ser dada, em primeiro lugar, aos pastores (classe marginalizada, considerada impura, pecadora e muito longe de Deus e da salvação) significa que a proposta de Jesus se destina, de forma especial, aos pobres e marginalizados, àqueles que a teologia oficial excluía e condenava. Diz-lhes que Deus os ama, que conta com eles e que os convoca para fazer parte da sua família.


Definida a questão essencial, atentemos nas atitudes dos intervenientes e na forma como eles respondem à chegada de Jesus...


Em primeiro lugar, repare-se como os pastores, depois de escutarem a "boa nova" do nascimento do libertador, se dirigem "apressadamente" ao encontro do menino. A palavra "apressadamente" sublinha a ânsia com que os pobres e os marginalizados esperam a ação libertadora de Deus em seu favor. Aqueles que vivem numa situação intolerável de sofrimento e de opressão reconhecem Jesus como o único salvador e apressam-se a ir ao seu encontro. É d'Ele e de mais ninguém que brota a libertação por que os oprimidos anseiam. A disponibilidade de coração para acolher a sua proposta é a primeira coisa que Deus pede.


Em segundo lugar, repare-se como os pastores reagem ao encontro com Jesus... Começam por glorificar e louvar a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido: é a alegria pela libertação que se converte em ação de graças ao Deus libertador. Depois, esse louvor torna-se testemunho: quem faz a experiência do encontro com Deus libertador tem, obrigatoriamente, de dar testemunho, a fim de que os outros homens possam participar da mesma experiência gratificante.


Finalmente, atentemos na atitude de Maria: ela "conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração". É a atitude de quem é capaz de abismar-se com as ações do Deus libertador, com o amor que Ele manifesta nos seus gestos em favor dos homens. "Observar", "conservar" e "meditar" significa ter a sensibilidade para entender os sinais de Deus e ter a sabedoria da fé para saber lê-los à luz do plano de Deus. É precisamente isso que faziam os profetas.


A atitude meditativa de Maria, que interioriza e aprofunda os acontecimentos, complementa a atitude "missionária" dos pastores, que proclamam a ação salvadora de Deus, manifestada no nascimento de Jesus. Estas duas atitudes definem duas coordenadas essenciais daquilo que deve ser a existência do crente.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Exposição de Mini Presépio

Seminário Franciscano Frei Galvão está localizado em Guaratinguetá-SP, tem uma Exposição Internacional de Presépios (contendo peças de mais de 20 países); aberto aos visitantes.

domingo, 18 de dezembro de 2022

O Domingo

 Comentário Litúrgico


4º Domingo do Advento
Domingo, 18 de dezembro de 2022
Evangelho (Mt 1,18-24)


A Virgem conceberá e dará à luz um Filho,
que será chamado Emanuel, Deus conosco.


MENSAGEM

Segundo a narração de Mateus, José apercebeu-se que Maria estava grávida, durante a fase dos esponsais... Como sabia não ser o pai do bebé que estava para chegar, resolveu abandonar Maria, em segredo; mas um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonhos e esclareceu o mistério: "Aquele que vai nascer é fruto do Espírito Santo". O que é que temos aqui? Reportagem de acontecimentos históricos?

O anúncio do anjo a José (vers. 20-24) segue o esquema dos relatos do Antigo Testamento, em que se anuncia o nascimento de uma personagem importante (cf. Jz 13): a) o anúncio está rodeado de sinais divinos (o "anjo do Senhor", o sonho); b) que provocam medo e espanto; c) o mensageiro divino anuncia qual será o nome e a missão da criança que vai nascer; d) dá-se um sinal que confirma o anúncio (o cumprimento das Escrituras). A função destes anúncios é vincular a personagem, desde o seu nascimento, com o projecto divino. Este mesmo esquema estereotipado é, aliás, usado por Lucas para descrever o nascimento de João Baptista (cf. Lc 1,5-25).

Neste episódio temos, portanto, não uma descrição de factos históricos, mas uma catequese sobre Jesus (que é apresentada recorrendo a esquemas literários, conhecidos dos escritores bíblicos). Então, o que é que esta catequese procura ensinar?

Fundamentalmente, procura-se mostrar que Jesus vem de Deus, que a sua origem é divina (Maria encontra-se grávida por virtude do Espírito Santo" - vers. 18). Procura-se, ainda, ensinar qual será a missão de Jesus: o nome que Lhe é atribuído mostra que Ele vem de Deus com uma proposta de salvação para os homens ("Jesus" significa "Jahwéh salva"). Também se diz, de forma clara, que Ele é o Messias de Deus, da descendência de David, que os profetas anunciaram (a referência ao seu nascimento de uma "virgem" não deve ser vista como a afirmação do dogma da virgindade de Maria, mas como a afirmação de que Jesus é o Messias anunciado pelos profetas - nomeadamente pelo texto de Is 7,14 - enviado por Deus para restaurar o reino de David).

De qualquer forma, a figura de José desempenha aqui um papel muito interessante... O anjo dirige-se a ele como "filho de David" (vers. 20) e pede-lhe que receba Maria e que ponha um nome à criança (vers. 21). A imposição do nome é o rito através do qual um pai recebe uma criança como filha. Assim, Jesus passa a fazer parte da família de David e a ser, naturalmente, a esperança para a restauração desse reino ideal de paz e de felicidade pelo qual todo o Povo ansiava. Pela obediência de José, realizam-se os planos e as promessas de Deus ao seu Povo.


segunda-feira, 28 de novembro de 2022

1º Domingo do Advento 27 11 2022

Veja a homilia da Missa do 1º Domingo do Advento, celebrada pelo nosso pároco padre Gilvan Manuel-CM. Evangelho (Mt 24,37-44)

Responsório Sl 121

Salmo Responsório (Sl 121),Que alegria, quando me disseram:/ “Vamos à casa do Senhor!. Voz de Israel Reis, Liturgia Santa Teresinha, Paróquia São Pedro e São Paulo.

domingo, 27 de novembro de 2022

O Domingo

 

Comentário Litúrgico




1º Domingo do Advento

Domingo, 27 de novembro de 2022

Evangelho: Mt 24, 37-44



Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia

e dai-nos a vossa salvação.



MENSAGEM


Para Mateus, a vinda do Senhor é certa, embora ninguém saiba o dia nem a hora (cf. Mt 24,36); aos crentes resta estar vigilantes, preparados e ativos... Para transmitir esta mensagem, Mateus usa três quadros...


O primeiro (vers. 37-39) é o quadro da humanidade na época de Noé: os homens viviam, então, numa alegre inconsciência, preocupados apenas em gozar a sua "vidinha" descomprometida; quando o dilúvio chegou, apanhou-os de surpresa e impreparados... Se o "gozar" a vida ao máximo for para o homem a prioridade fundamental, ele arrisca-se a passar ao lado do que é importante e a não cumprir o seu papel no mundo.


O segundo (vers. 40-41) coloca-nos diante de duas situações da vida quotidiana: o trabalho agrícola e a moagem do trigo... Os compromissos e trabalhos necessários à subsistência do homem também não podem ocupá-lo de tal forma que o levem a negligenciar o essencial: a preparação da vinda do Senhor.


O terceiro (vers. 43-44) coloca-nos frente ao exemplo do dono de uma casa que adormece e deixa que a sua casa seja saqueada pelo ladrão... Os crentes não podem, nunca, deixar-se adormecer, pois o seu adormecimento pode levá-los a perder a oportunidade de encontrar o Senhor que vem.


A questão fundamental é, portanto, esta: o crente ideal é aquele que está sempre vigilante, atento, preparado, para acolher o Senhor que vem. Não perde oportunidades, porque não se deixa distrair com os bens deste mundo, não vive obcecado com eles e não faz deles a sua prioridade fundamental... Mas, dia a dia, cumpre o papel que Deus lhe confiou, com empenho e com sentido de responsabilidade.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Acolhida dos novos Catequizando e Entrega da Cruz

A Comunidade São José realizou neste sábado, dia 19 de novembro de 2022 a Celebração de Acolhida dos novos Catequizando e Entrega da Cruz.


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Solenidade Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo 20 11 2022

Padre Jânio José, celebra a Missa da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo neste domingo, 20 de novembro de 2022. Veja a sua homilia do Evangelho de Lucas, (Lc 23,35-43)


domingo, 20 de novembro de 2022

Salmo 121

Salmo Responsório (Sl 121), " Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!". Voz de Sergio Mitoso, Liturgia Santa Teresinha, Paróquia São Pedro e São Paulo.

sábado, 19 de novembro de 2022

O Domingo

Comentário Litúrgico

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
Domingo, 20 de novembro de 2022



Evangelho (Lc 23,35-43)


Bendito O que vem em nome do Senhor!
Bendito o reino do nosso pai David!


O quadro que Lucas nos apresenta é, portanto, dominado pelo tema da realeza de Jesus... Como é que se define e apresenta essa realeza?

Presidindo à cena, dominando-a de alto a baixo, está a famosa inscrição que define Jesus como "rei dos judeus". É uma indicação que, face à situação em que Jesus Se encontra, parece irónica: Ele não está sentado num trono, mas pregado numa cruz; não aparece rodeado de súbditos fiéis que O incensam e adulam, mas dos chefes dos judeus que O insultam e dos soldados que O escarnecem; Ele não exerce autoridade de vida ou de morte sobre milhões de homens, mas está pregado numa cruz, indefeso, condenado a uma morte infamante... Não há aqui qualquer sinal que identifique Jesus com poder, com autoridade, com realeza terrena.

Contudo, a inscrição da cruz - irónica aos olhos dos homens - descreve com precisão a situação de Jesus, na perspectiva de Deus: Ele é o "rei" que preside, da cruz, a um "Reino" de serviço, de amor, de entrega, de dom da vida. Neste quadro, explica-se a lógica desse "Reino de Deus" que Jesus veio propor aos homens.

O quadro é completado por uma cena bem significativa para entender o sentido da realeza de Jesus... Ao lado de Jesus estão dois "malfeitores", crucificados como Ele. Enquanto um O insulta (este representa aqueles que recusam a proposta do "Reino"), o outro pede: "Jesus, lembra-Te de mim quando vieres com a tua realeza". A resposta de Jesus a este pedido é: "hoje mesmo estarás comigo no paraíso". Jesus é o Rei que apresenta aos homens uma proposta de salvação e que, da cruz, oferece a vida. O "estar hoje no paraíso" não expressa um dado cronológico, mas indica que a salvação definitiva (o "Reino") começa a fazer-se realidade a partir da cruz. Na cruz manifesta-se plenamente a realeza de Jesus que é perdão, renovação do homem, vida plena; e essa realeza abarca todos os homens - mesmo os condenados - que acolhem a salvação.

Toda a vida de Jesus foi dominada pelo tema do "Reino". Ele começou o seu ministério anunciando que "o Reino chegou" (cf. Mc 1,15; Mt 4,17). As suas palavras e os seus gestos sempre mostraram que Ele tinha consciência de ter sido enviado pelo Pai para anunciar o "Reino" e para trazer aos homens uma era nova de felicidade e de paz. Os discípulos depressa perceberam que Jesus era o "Messias" (cf. Mc 8,29; Mt 16,16; Lc 9,20) - um título que O ligava às promessas proféticas e a esse reino ideal de David com que o Povo sonhava. 

Contudo, Jesus nunca assumiu com clareza o título de "Messias", a fim de evitar equívocos: numa Palestina em ebulição, o título de "Messias" tinha algo de ambíguo, por estar ligado a perspectivas nacionalistas e a sonhos de luta política contra o ocupante romano. Jesus não quis deitar mais lenha para a fogueira da esperança messiânica, pois o seu messianismo não passava por um trono, nem por esquemas de autoridade, de poder, de violência. 

Jesus é o Messias/rei, sim; mas é rei na lógica de Deus - isto é, veio para presidir a um "Reino" cuja lei é o serviço, o amor, o dom da vida. A afirmação da sua dignidade real passa pelo sofrimento, pela morte, pela entrega de Si próprio. O seu trono é a cruz, expressão máxima de uma vida feita amor e entrega. É neste sentido que o Evangelho de hoje nos convida a entender a realeza de Jesus.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

33º Domingo do Tempo Comum 13112022

Padre Gilvan Manuel-CM, nos fala sobre o Evangelho (Lc 21, 5-19) desde 33º Domingo do Tempo Comum. Devemos conhecer os sinais do tempo.

Salmo 97

Salmo Responsório (Sl 97), " O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará!". Voz de Nilda Flor de Jesus, Liturgia Santa Teresinha, Paróquia São Pedro e São Paulo.



quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Casamento Comunitário 2022

Neste dia 05 de novembro de 2022 foi realizado em nossa paróquia São Pedro e São Paulo 06 casamentos, com a preparação da Pastoral Familiar e assistido pelo nosso pároco padre Gilvan Manuel-CM

sábado, 29 de outubro de 2022

O Domingo

Comentário Litúrgico 



31º Domingo do Tempo Comum
Domingo, 30 de outubro de 2022
Evangelho (Lc 19,1-10)


Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito;
quem acredita nele tem a vida eterna. (Jo 3,16)


Voltamos aqui a um dos temas prediletos de Lucas: Jesus é o Deus que veio ao encontro dos homens e Se fez pessoa para trazer, em gestos concretos, a libertação a todos os homens - nomeadamente aos marginalizados e excluídos, colocados pela doutrina oficial à margem da salvação.

Zaqueu (é o nome do publicano em causa) era, naturalmente, um homem que colaborava com os opressores romanos e que se servia do seu cargo para enriquecer de forma imoral (exigindo impostos muito acima do que tinha sido fixado pelos romanos e guardando para si a diferença, como aliás era prática corrente entre os publicanos). Era, portanto, um pecador público sem hipóteses de perdão, excluído do convívio com as pessoas decentes e sérias. Era um marginal, considerado amaldiçoado por Deus e desprezado pelos homens. A referência à sua "pequena estatura" - mais do que uma indicação de carácter físico - pode significar a sua pequenez e insignificância, do ponto de vista moral.

Este homem procurava "ver" Jesus. O "ver" indica aqui, provavelmente, mais do que curiosidade: indica uma procura intensa, uma vontade firme de encontro com algo novo, uma ânsia de descobrir o "Reino", um desejo de fazer parte dessa comunidade de salvação que Jesus anunciava. No entanto, o "mestre" devia parecer-lhe distante e inacessível, rodeado desses "puros" e "santos" que desprezavam os marginais como Zaqueu. O subir "a um sicómoro" indica a intensidade do desejo de encontro com Jesus, que é muito mais forte do que o medo do ridículo ou das vaias da multidão.

Como é que Jesus vai lidar com este excluído, que sente um desejo intenso de conhecer a salvação que Deus oferece e que espreita Jesus do meio dos ramos de um sicómoro? Jesus começa por provocar o encontro; depois, sugere a Zaqueu que está interessado em entrar em comunhão com Ele, em estabelecer com Ele laços de familiaridade ("quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa»"). Atente-se neste quadro "escandaloso": Jesus, rodeado pelos "puros" que escutam atentamente a sua Palavra, deixa todos especados no meio da rua para estabelecer contato com um marginal e para entrar na sua casa. É a exemplificação prática do "deixar as noventa e nove ovelhas para ir à procura da que estava perdida"... Aqui torna-se patente a fragilidade do coração de Deus que, diante de um pecador que busca a salvação, deixa tudo para ir ao seu encontro.

Como é que a multidão que rodeia Jesus reage a isto? Manifestando, naturalmente, a sua desaprovação às atitudes incompreensíveis de Jesus ("ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «foi hospedar-se em casa de um pecador»"). É a atitude de quem se considera "justo" e despreza os outros, de quem está instalado nas suas certezas, de quem está convencido de que a lógica de Deus é uma lógica de castigo, de marginalização, de exclusão. No entanto, Jesus demonstra-lhes que a lógica de Deus é diferente da lógica dos homens e que a oferta de salvação que Deus faz não exclui nem marginaliza ninguém.

Como é que tudo termina? Termina com um banquete (onde está Zaqueu, o chefe dos publicanos) que simboliza o "banquete do Reino". Ao aceitar sentar-Se à mesa com Zaqueu, Jesus mostra que os pecadores têm lugar no "banquete do Reino"; diz-lhes, também, que Deus os ama, que aceita sentar-Se à mesa com eles - isto é, quer integrá-los na sua família e estabelecer com eles laços de comunhão e de amor. Jesus mostra, dessa forma, que Deus não exclui nem marginaliza nenhum dos seus filhos - mesmo os pecadores - mas a todos oferece a salvação.

E como é que Zaqueu reage a essa oferta de salvação que Deus lhe faz? Acolhendo o dom de Deus e convertendo-se ao amor. A repartição dos bens pelos pobres e a restituição de tudo o que foi roubado em quádruplo, vai muito além daquilo que a lei judaica exigia (cf. Ex 22,3.6; Lev 5,21-24; Nm 5,6-7) e é sinal da transformação do coração de Zaqueu... Repare-se, no entanto, que Zaqueu só se resolveu a ser generoso após o encontro com Jesus e após ter feito a experiência do amor de Deus. O amor de Deus não se derramou sobre Zaqueu depois de ele ter mudado de vida; mas foi o amor de Deus - que Zaqueu experimentou quando ainda era pecador - que provocou a conversão e que converteu o egoísmo em generosidade. Prova-se, assim, que só a lógica do amor pode transformar o mundo e os corações dos homens.


segunda-feira, 24 de outubro de 2022

30º Domingo do Tempo Comum 23 10 2022

Padre Jânio José - CM com sua homilia sobre o Evangelho (Lc 18,9-14) na celebração da missa do 30º Domingo do Tempo Comum.

Salmo 33

Salmo 33, O pobre clama a Deus e ele escuta: O Senhor liberta a vida dos seus servos. Na voz de Edna Vieira, Liturgia Santa Teresinha, Paróquia São Pedro e São Paulo.


domingo, 16 de outubro de 2022

Salmos 120

Salmo Responsório (Sl 120), " Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor, que fez o céu e fez a terra.!". Voz de Sergio Mitoso, Liturgia Santa Teresinha, Paróquia São Pedro e São Paulo.

29º Domingo do Tempo Comum 16-10-2022

Homilia Missa do 29º Domingo do Tempo Comum, Evangelho (Lc 18,1-8) por padre Arthur ,
Macena- CM

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Festa Nossa Senhora de Aparecida 2022

A Comunidade Nossa Senhora Aparecida encerrou o festejo de 2022 de sua padroeira com um procissão e a Celebração da Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, presidida pelo nosso vigário Padre Jânio José-CM

Salmo 44

Salmo Responsório (Sl 44), " Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:/ que o Rei se encante com vossa beleza!". Voz de Camila Magalhães, Liturgia Comunidade Nossa Senhora de Aparecida, Paróquia São Pedro e São Paulo.

sábado, 8 de outubro de 2022

O Domingo

  Comentário Litúrgico


28º Domingo do Tempo Comum
Domingo, 9 de outubro de 2022
Evangelho (Lc 17,11-19)


Em todo o tempo e lugar dai graças a Deus,
porque esta é a sua vontade a vosso respeito em Cristo Jesus.


O episódio dos dez leprosos (que é exclusivo de Lucas) insere-se perfeitamente na óptica teológica de um evangelho cujo objetivo fundamental é apresentar Jesus como o Deus que Se fez pessoa para trazer, com gestos concretos, a salvação/libertação a todos os homens, particularmente aos oprimidos e marginalizados.

É esse o ponto de partida da história que Lucas nos conta: ele mostra que Deus tem uma proposta de vida nova e de libertação para oferecer a todos os homens. O número dez tem, certamente, um significado simbólico: significa "totalidade" (o judaísmo considerava necessário que pelo menos dez homens estivessem presentes, a fim de que a oração comunitária pudesse ter lugar, porque o "dez" representa a totalidade da comunidade). A presença de um samaritano no grupo indica, contudo, que essa salvação oferecida por Deus, em Jesus, não se destina apenas à comunidade do "Povo eleito", mas se destina a todos os homens, sem exceção, mesmo àqueles que o judaísmo oficial considerava definitivamente afastados da salvação.

Contudo, o acento do episódio de hoje é posto - mais do que no episódio da cura em si - no fato de que, dos dez leprosos curados, só um tenha voltado para trás para agradecer a Jesus e no fato de este ser um samaritano. Lucas está interessado em mostrar que quem recebe a salvação deve reconhecer o dom de Deus e deve estar agradecido... E avisa que, com frequência, são os hereges, os marginais, os desprezados, aqueles que a teologia oficial considera à margem da salvação, que estão mais atentos aos dons de Deus. Haverá aqui, certamente, uma alusão à auto-suficiência dos judeus que, por se sentirem "Povo eleito", achavam natural que Deus os cumulasse dos seus dons; no entanto, não reconheceram a proposta de salvação que, através de Jesus, Deus lhes ofereceu... Certamente haverá aqui, também, um apelo aos discípulos de Jesus, para que não ignorem o dom de Deus e saibam responder-Lhe com a gratidão e a fé (entendida como adesão a Jesus e à sua proposta de salvação).


sábado, 1 de outubro de 2022

O Domingo

 Comentário Litúrgico 


27º Domingo do Tempo Comum
Domingo, 2 de outubro de 2022
Evangelho (Lc 17,5-10)


A palavra do Senhor permanece eternamente.
Esta é a palavra que vos foi anunciada.


A primeira parte do nosso texto é, portanto, constituída por um "dito" sobre a fé (vers. 5-6). Depois das exigências que Jesus apresentou, quanto ao caminho que os discípulos devem percorrer para alcançar o "Reino", a resposta lógica destes só pode ser: "aumenta-nos a fé". O que é que a fé tem a ver com a exigência do "Reino"?

No Novo Testamento em geral e nos sinópticos em particular, a fé não é, primordialmente, a adesão a dogmas ou a um conjunto de verdades abstratas sobre Deus; mas é a adesão a Jesus, à sua proposta, ao seu projeto - ou seja, ao projeto do "Reino". No entanto, os discípulos têm consciência de que essa adesão não é um caminho cómodo e fácil, pois supõe um compromisso radical, a vitória sobre a própria fragilidade, a coragem de abandonar o comodismo e o egoísmo para seguir um caminho de exigência... Pedir a Jesus que lhes aumente a fé significa, portanto, pedir-Lhe que lhes aumente a coragem de optar pelo "Reino" e pela exigência que o "Reino" comporta; significa pedir que lhes dê a decisão para aderirem incondicionalmente à proposta de vida que Jesus lhes veio apresentar.

Jesus aproveita, na sequência, para recordar aos discípulos o resultado da "fé". A imagem utilizada por Jesus (a ordem dada à "amoreira" para se arrancar da terra e ir plantar-se a ela própria no mar) mostra que, com a "fé" tudo é possível: quando se adere a Jesus e ao "Reino" com coragem e determinação, isso implica uma transformação completa da pessoa do discípulo e, em consequência, uma transformação do mundo que o rodeia. Aderir ao "Reino" com radicalidade é ter na mão a chave para mudar a história, mesmo que essa transformação pareça impossível... O discípulo que adere ao "Reino" com coragem e determinação é capaz de autênticos "milagres"... E isto não é conversa fiada: quantas vezes a tenacidade e a coragem dos discípulos de Jesus transformam a morte em vida, o desespero em esperança, a escravidão em liberdade!

Na segunda parte do nosso texto (vers. 7-10), Lucas descreve a atitude que o homem deve assumir diante de Deus. Os fariseus estavam convencidos de que bastava cumprir os mandamentos da Torah para alcançar a salvação: se o homem cumprisse as regras, Deus não teria outro remédio senão salvá-lo... A salvação dependia, de acordo com esta perspectiva, dos méritos do homem. Deus seria, assim, apenas um contabilista, empenhado em fazer contas para ver se o homem tinha ou não direito à salvação...

Jesus coloca as coisas numa dimensão diferente. A atitude do discípulo - desse discípulo que adere a Jesus e ao "Reino", que faz as "obras do Reino" e que constrói o "Reino" - frente a Deus não deve ser a atitude de quem sente que fez tudo muito bem feito e que, por isso, Deus lhe deve algo; mas deve ser a atitude de quem cumpre o seu papel com humildade, sentindo-se um servo que apenas fez o que lhe competia.

O que Jesus nos pede no Evangelho de hoje é que percorramos, com coragem e empenho, o "caminho do Reino". Quando o discípulo aceita percorrer esse caminho, é capaz de operar coisas espantosas, milagres que transformam o mundo... E, cumprida a sua missão, resta ao discípulo sentir-se servo humilde de Deus, agradecer-Lhe pelos seus dons, entregar-se confiada e humildemente nas suas mãos.


segunda-feira, 29 de agosto de 2022

São Zeferino

 


22º Domingo do Tempo Comum 28 08

Padre Jânio José-CM na homilia do Evangelho (Lc 14,1.7-14) desde 22º Domingo do Tempo Comum, dia do Catequista onde nós alerta que para Deus o que importa é o nosso coração..

Salmos Sl 67

Salmo Responsório (Sl 67), "Com carinho preparastes uma mesa para o pobre". Voz de Brenda Maria, Liturgia Comunidade São José, Paróquia São Pedro e São Paulo.

domingo, 28 de agosto de 2022

5º Encontro das Famílias Stand up_Edu Lizo

O encerramento do 5º Encontro das Famílias de 2022 da Paróquia São Pedro e São Paulo deu com apresentação do Marcelo Lima da Comunidade Misericórdia Divina e o Edu Lizo com seu Stand Up show de humor.

sábado, 27 de agosto de 2022

5º Encontro das Famílias Missa de Encerramento

Padre Gilvan Manuel-CM preside a Missa de encerramento do 5º Encontro das Famílias, Missa do 21º Domingo do Tempo Comum.

O Domingo

 Comentário Litúrgico


22º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 28 de agosto de 2022

Evangelho (Lc 14,1.7-14)




Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,

e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração.



MENSAGEM


O texto apresenta duas partes. A primeira (vers. 7-11) aborda a questão da humildade; a segunda (vers 12-14) trata da gratuidade e do amor desinteressado. Ambas estão unidas pelo tema do "Reino": são atitudes fundamentais para quem quiser participar no banquete do "Reino".


As palavras que Jesus dirigiu aos convidados que disputavam os lugares de honra não são novidade, pois já o Antigo Testamento aconselhava a não ocupar os primeiros lugares (cf. Prov 25,6-7); mas o que aí era uma exortação moral, nas palavras de Jesus converte-se numa apresentação do "Reino" e da lógica do "Reino": o "Reino" é um espaço de irmandade, de fraternidade, de comunhão, de partilha e de serviço, que exclui qualquer atitude de superioridade, de orgulho, de ambição, de domínio sobre os outros; quem quiser entrar nele, tem de fazer-se pequeno, simples, humilde e não ter pretensões de ser melhor, mais justo, ou mais importante que os outros. Esta é, aliás, a lógica que Jesus sempre propôs aos seus discípulos: Ele próprio, na "ceia de despedida", comida com os discípulos na véspera da sua morte, lavou os pés aos discípulos e constituiu-os em comunidade de amor e de serviço - avisando que, na comunidade do "Reino", os primeiros serão os servos de todos (cf. Jo 13,1-17).


Na segunda parte, Jesus põe em causa - em nome da lógica do "Reino" - a prática de convidar para o banquete apenas os amigos, os irmãos, os parentes, os vizinhos ricos. Os fariseus escolhiam cuidadosamente os seus convidados para a mesa. Nas suas refeições, não convinha haver alguém de nível menos elevado, pois a "comunidade de mesa" vinculava os convivas e não convinha estabelecer obrigatoriamente laços com gente desclassificada e pecadora (por exemplo, nenhum fariseu se sentava à mesa com alguém pertencente ao "am aretz", ao "povo da terra", desclassificado e pecador). Por outro lado, também os fariseus tinham a tendência - própria de todas as pessoas, de todas as épocas e culturas - de convidar aqueles que podiam retribuir da mesma forma... A questão é que, dessa forma, tudo se tornava um intercâmbio de favores e não gratuidade e amor desinteressado.


Jesus denuncia - em nome do "Reino" - esta prática; mas vai mais além e apresenta uma proposta verdadeiramente subversiva... Segundo Ele, é preciso convidar "os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos". Os cegos, coxos e aleijados eram considerados pecadores notórios, amaldiçoados por Deus, e por isso estavam proibidos de entrar no Templo (cf. 2 Sm 5,8) para não profanar esse lugar sagrado (cf. Lv 21,18-23). No entanto, são esses que devem ser os convidados para o "banquete". Já percebemos que, aqui, Jesus já não está simplesmente a falar dessa refeição comida em casa de um fariseu, na companhia de gente distinta; mas está já a falar daquilo que esse "banquete" anuncia e prefigura: o banquete do "Reino".


Jesus traça aqui, portanto, os contornos do "Reino". Ele é apresentado como um "banquete", onde os convidados estão unidos por laços de familiaridade, de irmandade, de comunhão. Para esse "banquete", todos - sem exceção - são convidados (inclusive àqueles que a cultura social e religiosa tantas vezes exclui e marginaliza). As relações entre os que aderem ao banquete do "Reino" não serão marcadas pelos jogos de interesses, mas pela gratuidade e pelo amor desinteressado; e os participantes do "banquete" devem despir-se de qualquer atitude de superioridade, de orgulho, de ambição, para se colocarem numa atitude de humildade, de simplicidade, de serviço.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

5º Encontro das Famílias _Terço da Misericórdia

Cleber Cunha e a Irmã Imaculada da Comunidade Mariana Oásis da Paz, reza Terço da Misericórdia no 5º Encontro das Famílias na Paróquia São Pedro e São Paulo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

terça-feira, 23 de agosto de 2022

5º Encontro das Famílias_3º Dia_Arsênio e Regina

5º Encontro das Famílias chega ao seu 3º Dia e marcando presença o casal eccecista Arsênio e Regina com o testemunho de fé: Felicidades, “Felizes os que choram, porque serão consolados.”
(Mt 5,4)

5º Encontro das Famílias_2ª Dia_Rafael Morel

Finalizando o segundo dia do 5º Encontro das Famílias com apresentação de Rafael Morel e seu Pocket Show, Adoração ao Santíssimo, padre Gilvan Manuel-CM.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

5º Encontro das Famílias_2ª Dia _ André Reis

O 5º Encontro das Famílias chega ao seu 2º dia, trazendo o pregador André Reis com o tema "Eu quero ser o que Deus quiser". Participação da Comunidade Misericórdia Divina.

domingo, 21 de agosto de 2022

5º Encontro das Famílias_1º Dia

A Pastoral Familiar da Paróquia São Pedro e são Paulo, realizou nesta sexta-feira, dia 19 de agosto de 2022 a abertura do 5º Encontro das Famílias. A abertura contou com a participação do casal Herlon Valeres e Ruth Valeres, da Comunidade Católica Vinde A Mim r do padre Gilvan Manuel-CM, nosso pároco. Animação do Ministério da Comunidade Misericórdia Divina.


terça-feira, 16 de agosto de 2022

20º Domingo do Tempo Comum 14 08 2022

Padre Gilvan Manuel - CM, ao celebrar a missa deste 20º Domingo do Tempo Comum, 14 de agosto de 2022, nos lembrou da importância do mês de agosto, pois é o mês dedicado a todas vocações. Chamou aos fieis a participar da Semana Nacional das Famílias, dizendo ainda das vocações, que as vocações não é uma profissão mas que a profissão pode ser uma vocação.


domingo, 14 de agosto de 2022

MENSAGEM DO PÁROCO

 



Queridos paroquianos e amigos, estimadas famílias e queridos pais.


A semana de 14 a 21 de agosto, vai marcar a vida e a vocação das nossas famílias em todo Brasil com a semana nacional da Família. Estamos no mês vocacional e rezar pelas vocações é extremamente urgente e necessário.


Nossas famílias devem ser o lugar da vivência máxima do Evangelho, entre os valores do Evangelho o amor é sempre o primeiro. Quem ama não morre e não desiste da vida. Assim, queremos viver com profundidade a semana nacional da família.


Filhos amem e cuidem bem dos seus pais, eles são reflexos do amor de Deus. Pais, eduquem bem seus filhos para a arte do amor, pois os filhos são dons de Deus.


Famílias sejam neste mundo testemunhas da santidade. Que Jesus, Maria e José intercedam por nós.


Desejo uma boa semana para todos,



Pe. Gilvan Manuel, CM

O Domingo

 Comentário Litúrgico -




20º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 14 de agosto de 2022

Evangelho (Lc 12,49-53)


As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;

Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.



MENSAGEM


caminho de Jerusalém e da cruz, Jesus dá aos discípulos algumas indicações para entender a missão que o Pai Lhe confiou (missão que os discípulos devem, aliás, continuar nos mesmos moldes). O texto divide-se em duas partes:


Na primeira parte (vers. 49-50), entrelaçam-se os temas do fogo e do baptismo. Jesus começa por dizer que veio trazer o fogo à terra. Que quer isto dizer?


O "fogo" possui um significado simbólico complexo... No Antigo Testamento começa por ser um elemento teofânico (cf. Ex 3,2; 19,18; Dt 4,12; 5,4.22.23; 2 Re 2,11), usado para representar a santidade divina. A manifestação do divino provoca no homem, simultaneamente, atração e temor; ora, explorando a relação entre o fogo e o temor que Deus inspira, a catequese de Israel vai fazer do fogo um símbolo da intransigência de Deus em relação ao pecado... Por isso, os profetas usam a imagem do fogo para anunciar e descrever a ira de Deus (cf. Am 1,4; 2,5). O fogo aparece, assim, como imagem privilegiada para pintar o quadro do castigo das nações pecadoras (cf. Is 30,27.30.33) e do próprio Israel. No entanto, ao mesmo tempo que castiga, o fogo também faz desaparecer o pecado (cf. Is 9,17-18; Jer 15,14; 17,4.27): o fogo aparece, assim, como elemento de purificação e transformação (cf. Is 6,6; Ben Sira 2,5; Dan 3). Na literatura apocalíptica, o fogo é a imagem do juízo escatológico (Is 66,15-16): o "dia de Jahwéh" é como o fogo do fundidor (cf. Mal 3,2); será um dia, ardente como uma fornalha, em que os arrogantes e os maus arderão como palha (cf. Mal 3,19) e em que a terra inteira será devorada pelo fogo do zelo de Deus (cf. Sof 1,18; 3,8). Desse fogo devorador do pecado, purificador e transformador, nascerá o mundo novo, sem pecado, de justiça e de paz sem fim.


O símbolo do fogo, posto na boca de Jesus, deve ser entendido neste enquadramento. Jesus veio revelar aos homens a santidade de Deus; a sua proposta destina-se a destruir o egoísmo, a injustiça, a opressão que desfeiam o mundo, a fim de que surja, das cinzas desse mundo velho, o mundo novo de amor, de partilha, de fraternidade, de justiça. Como é que isso vai acontecer? Através da Palavra e da acção de Jesus, certamente; mas Lucas estará, especialmente a pensar no Espírito enviado por Jesus aos discípulos - e que Lucas vai, aliás, representar através da imagem das línguas de fogo.


Quanto à imagem do batismo: ela refere-se, certamente, à morte de Jesus (cf. Mc


10,38, onde Jesus pergunta a João e Tiago se estão dispostos a beber do cálice que Ele vai beber e a receber o baptismo que Ele vai receber). Para que o "fogo" transformador e purificador se manifeste, é necessário que Jesus faça da sua vida um dom de amor, até à cruz. Só então nascerá o mundo novo.


Na segunda parte (vers. 51-53), Jesus confessa que não veio trazer a paz, mas a divisão. Lucas deixou expresso, frequentemente, que "a paz" é um dom messiânico (cf. Lc 2,14.29; 7,50; 8,48; 10,5-6; 11,21; 19,38.42; 24,36) e que a função do Messias será guiar os passos dos homens "no caminho da paz" (Lc 1,79). Que sentido fará, agora, dizer que Jesus não veio trazer a paz, mas a divisão?


O "dito" faz, certamente, referência às reações à pessoa de Jesus e à proposta que Ele oferece. A proposta de Jesus é questionante, interpeladora, e não deixa os homens indiferentes. Alguns acolhem-na positivamente; outros rejeitam-na. Alguns vêem nela uma proposta de libertação; outros não estão interessados nem em Jesus nem nos valores que Ele propõe... Como consequência, haverá divisão e desavença, às vezes mesmo dentro da própria família, a propósito das opções que cada um faz face a Jesus. Este quadro devia refletir uma realidade que a comunidade de Lucas conhecia bem...


Jesus veio trazer a paz, mas a paz que é vida plena vivida com exigência e coerência; essa paz não se faz com "meias tintas", com meias verdades, com jogos de equilíbrio que não chateiam ninguém, mas também não transformam nada. A proposta de Jesus é exigente e radical; assim, não pode deixar de criar divisão.

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