O melhor disco da carreira. É assim que o padre Fábio de Melo define Estou aqui, álbum que acaba de sair pela Sony Music e promove, de certa forma, uma volta às origens. “Este CD me emociona de maneira especial, pois me reporta às minhas primeiras experiências com Deus, aquele acontecimento que marca você definitivamente. Sem dúvida, é o disco mais sacerdotal que já fiz e a primeira vez que apareço paramentado”, revela.
Estou aqui marca o retorno de Fábio de Melo por inteiro aos temas religiosos, já que há um bom tempo vinha gravando muitas canções seculares. Ele conta que, no último trabalho, No meu interior tem Deus, começou a sentir necessidade de retomar canções que remetessem a seu início da vida como padre e que queria encontrar equilíbrio entre os tipos de música.
Produzido pelo tarimbado Guto Graça Mello, com quem o sacerdote desejava parceria havia um bom tempo, o disco traz 13 faixas e foi batizado com uma frase e um título de uma canção que Fábio de Melo considera muito significativa, Estou aqui, de Roberto e Erasmo Carlos. Foi a primeira vez que gravou uma música do Rei e não deixou de ser um desafio, já que o artista capixaba é um dos seus grandes ídolos. “Nasci ao som de Roberto, porque o médico que fez meu parto estava cantando Jesus Cristo. E nessa música mesmo tem a expressão ‘eu estou aqui’. É uma frase de que gosto muito porque é simbólica, reporta à disponibilidade, responsabilidade e minha identidade sacerdotal, além de dar nome não só a uma composição de Roberto e Erasmo Carlos que é muito bonita. Mantivemos os arranjos e acho que o resultado ficou bem fiel à gravação original”, acredita.
O disco abre com A esperança entre nós, composta pelo padre para concorrer ao hino da Jornada Mundial da Juventude, que vai ser realizada em julho de 2013, no Rio de Janeiro. Com vocal dividido entre ele, Adriana Arydes, Leandro Santos, Lucimare Nascimento e Olivia Ferreira, a música não ganhou a disputa, mas não deixa de ser uma homenagem ao evento. “Ela ficou entre as finalistas, mas não venceu. Achei que seria uma boa oportunidade para chamar a atenção para esse acontecimento, que será tão importante e do qual pretendo participar ativamente”, destaca.
Artistas religiosos
Mineiro de Formiga, padre Fábio de Melo tem notado crescimento de artistas e bandas que levam a palavra de Deus. O sacerdote acha positivo esse movimento, desde que as músicas provoquem nas pessoas o mesmo sentimento que a religião. “A canção tem que comover, abrir meu coração e disponibilizar o meu sagrado. O instrumental serve para nos transformar. Acredito que existem muitos compositores preocupados com isso. Temos muitos trabalhos religiosos com qualidade musical e já fazendo essa ponte entre o céu e a terra”, opina.
Padre Fábio em números
16 discos
12 livros
É sagrado viver
Padre Fábio de Melo não para de trabalhar, como costuma dizer, e além do novo disco, está lançando o livro É sagrado viver (Editora Planeta). Com 43 crônicas pessoais, curtas e intimistas, o livro trata dos mais variados temas, como vida, religião, reflexões, sentimentos, e convida o leitor a olhar de uma maneira diferenciada para as coisas do dia a dia.
Fonte: Diário de Pernambuco
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