quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo 2023

O nosso vigário padre Marcelo Pontes, presidiu nesta segunda-feira, dia 25 de dezembro de 2023 a celebração da Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo 2023.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Missa da Vigília do Natal do Senhor 2023

elebração da Missa da Vigília do Natal do Senhor, Domingo 24 de dezembro de 2023, Celebrante: padre Jânio José. Inscreva-se, Curta, Compartilhe e ative o sininho🔔 de notificação para se conectar conosco!

domingo, 10 de dezembro de 2023

Festa da Imaculada Conceição 2023

A Comunidade da Imaculada Conceição encerrou suas festividades de 2023 nesta Sexta-feira, 08 de dezembro de 2023, na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria.


domingo, 19 de novembro de 2023

Celebração do Sacramento da Crisma 2023

Nesta sábado dia 17 de novembro de 2023 foi realizado nesta paróquia a Celebração Eucarística do Sacramento do Crisma. A Celebração foi presidida pelo Dom Júlio César Souza de Jesus, Bispo Auxiliar de Fortaleza e concelebrada pelo nosso pároco padre Jânio José - CM.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Festa Jubilar Comunidade Nossa Senhora das Graças - Área 13

A Comunidade Nossa Senhora das Graças - Área 13, em comemoração ao seu Jubileu de Prata, foi realizado nesta sexta-feira, dia 07 de novembro de 2023 a Solenidade Eucarística de Dedicação da Igreja de Nossa Senhora das Graças. A Celebração Solene em Ação de Graças do Jubileu de Prata da Comunidade, presidida pela Vossa Excelência Reverendíssima Dom Antônio Roberto Cavuto - OFM Cap, Bispo Emérito de Itapipoca-CE. A Festa Jubilar contou com a participação e colaboração diretamente de sua comunidade.


domingo, 29 de outubro de 2023

Festa de São Judas Tadeu 2023 - Missa de encerramento

Com a procissão e a celebração da Missa de Festa de São Simão e São Judas, Apóstolos, a Comunidade de São Judas Tadeu encerrou neste sábado, dia 28 de outubro o festejos de 2023 de seu padroeiros São Judas Tadeu. A celebração da santa missa foi presidida pelo padre Marcelo Pontes - CM


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

40 anos Carisma da Misericórdia Divina - Misericórdia em Canção

Maurilio Nunes surpreende a comunidade com o retorno ao palco após 5 anos do seu afastamento de apresentação em eventos católico e comunidades. Neste ultimo dia 22 de outubro de 2023, Maurilio com sua Banda Misericórdia em Canção se apresentam em uma belíssimo show na Paróquia São Pedro e São Paulo na comemoração aos 40 anos do Carisma da Comunidade Misericórdia Divina.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Missa Ação de graças aos 40 anos do carisma da CCMD

O Padre Vanderlúcio Souza, presidiu a Missa do 29º Domingo do Tempo Comum, em ação de graças aos 40 anos do carisma da Comunidade Misericórdia Divina. Inscreva-se, Curta, Compartilhe e ative o sininho🔔 de notificação para se conectar conosco!

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

40 anos do carisma da Misericórdia Divina André Reis

A comunidade Católica Misericórdia Divina, comemorou neste domingo dia 22 de outubro de 2023 seus 40 anos de Evangelização através de seus carisma na comunidade paroquia dos barros Jardim Guanabara e Quintino Cunha. O Missionário André Reis com o seu show de louvor, foi a primeira atração a se apresentar na festa.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Festa São Francisco 2023 - Missa Encerramento

Nesta domingo dia 08 de outubro, a Paróquia São Francisco de Assis do Quintino Cunha, realizou o encerramento dos Festejos de seu padroeiro São Francisco, na celebração da Santa Missa do 27º Domingo do Tempo Comum. A Eucaristia foi presidida pelo pároco padre Adauto Farias - CM e bastante prestigiada com a presença da comunidade.

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Consagração da Liturgia Santa Teresinha

Neste dia 01 de outubro de 2023 os agentes de pastoral da Liturgia Santa Teresinha de nossa paróquia, fizeram a sua renovação de consagrar a sua santa protetora a Santa Teresinha do Menino Jesus. A consagração deu se Santa Missa do 26º Domingo do Tempo Comum, onde a mesma foi celebrada pelo nosso pároco padre Jânio José - CM.

Festa de São Vicente 2023 Encerramento

Encerrou neste dia 27 de setembro a Festa de São Vicente de Paulo, com procissão e logo depois foi celebrada a Santa Missa em memória ao padroeiro da comunidade. A Eucaristia foi celebrada pelo nosso vigário padre Marcelo Pontes -CM. Os festejos da Comunidade de São Vicente iniciou em 19 de setembro e teve participação de varias comunidades e pastorais da paróquia São Pedro e São Paulo.


quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Festa das Santas Chagas Missa de Encerramento

Padre Jânio José, CM preside a Missa do 24º Domingo do Tempo Comum, encerramento da 1ª Festa das Santas Chagas na Paróquia São Pedro e São Paulo. Festa realizada pelo Grupo Santas Chagas de Amor.


terça-feira, 19 de setembro de 2023

Festa das Santas Chagas de Jesus

Neste 24º Domingo do Tempo Comum, dia 17 de setembro de 2023 a Paróquia São Pedro e São Paulo teve o prazer de realizar a sua primeira Festa das Santas Chagas. A Festa foi idealizadas pelo Grupo Santas Chagas de Amor, o padre Arthur Macena, CM contribuiu com sua reflexão sobre a devoção a Santas Chagas de Jesus. O Grupo de Mensageiras da Paróquia Aparecida da Praia do Futuro Colaboraram e participara ativamente no brilho da Festa..


sábado, 9 de setembro de 2023

O Domingo

 Comentário Litúrgico



23º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 10 de setembro de 2023

Evangelho (Mt 18,15-20)





Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação.

Caros irmãos e irmãs

O fragmento do "discurso eclesial" que nos é hoje proposto refere-se, especialmente, ao modo de proceder para com o irmão que errou e que provocou conflitos no seio da comunidade. Como é que os irmãos da comunidade devem proceder, nessa situação? Devem condenar, sem mais, e marginalizar o infrator?

Não. Neste quadro, as decisões radicais e fundamentalistas raramente são cristãs. É preciso tratar o problema com bom senso, com maturidade, com equilíbrio, com tolerância e, acima de tudo, com amor. Mateus propõe um caminho em várias etapas...

Em primeiro lugar, Mateus propõe um encontro com esse irmão, em privado, e que se fale com ele cara a cara sobre o problema (vers. 15). O caminho correto não passa, decididamente, por dizer mal "por trás", por publicitar a falta, por criticar publicamente (ainda que não se invente nada), e muito menos por espalhar boatos, por caluniar, por difamar. O caminho correto passa pelo confronto pessoal, leal, honesto, sereno, compreensivo e tolerante com o irmão em causa.

Se esse encontro não resultar, Mateus propõe uma segunda tentativa. Essa nova tentativa implica o recurso a outros irmãos ("toma contigo uma ou duas pessoas" - diz Mateus - vers. 16) que, com serenidade, sensibilidade e bom senso, sejam capazes de fazer o infrator perceber o sem sentido do seu comportamento.

Se também essa tentativa falhar, resta o recurso à comunidade. A comunidade será então chamada a confrontar o infrator, a recordar-lhe as exigências do caminho cristão e a pedir-lhe uma decisão (vers. 16a).

No caso de o infrator se obstinar no seu comportamento errado, a comunidade terá que reconhecer, com dor, a situação em que esse irmão se colocou a si próprio; e terá de aceitar que esse comportamento o colocou à margem da comunidade. Mateus acrescenta que, nesse caso, o faltoso será considerado como "um pagão ou um cobrador de impostos" (vers. 17b). Isto significa que os pagãos e os cobradores de impostos não têm lugar na comunidade de Mateus? Não. Ao usar este exemplo, o autor deste texto não pretende referir-se a indivíduos, mas a situações. Trata-se de imagens tipicamente judaicas para falar de pessoas que estão instaladas em situações de erro, que se obstinam no seu mau proceder e que recusam todas as oportunidades de integrar a comunidade da salvação.

A Igreja tem o direito de expulsar os pecadores? Mateus não sugere aqui, com certeza, que a Igreja possa excluir da comunhão qualquer irmão que errou. Na realidade, a Igreja é uma realidade divina e humana, onde coexistem a santidade e o pecado. O que Mateus aqui sugere é que a Igreja tem de tom

ar posição quando algum dos seus membros, de forma consciente e obstinada, recusa a proposta do Reino e realiza actos que estão frontalmente contra as propostas que Cristo veio trazer. Nesse caso, contudo, nem é a Igreja que exclui o prevaricador: ele é que, pelas suas opções, se coloca decididamente à margem da comunidade. A Igreja tem, no entanto, que constatar o fato e agir em consequência.

Depois desta instrução sobre a correção fraterna, Mateus acrescenta três "ditos" de Jesus (cf. Mt 18,18-20) que, originalmente, seriam independentes da temática precedente, mas que Mateus encaixou neste contexto.

O primeiro (vers. 18) refere-se ao poder, conferido à comunidade, de "ligar" e "desligar". Entre os judeus, a expressão designava o poder para interpretar a Lei com autoridade, para declarar o que era ou não permitido e para excluir ou reintroduzir alguém na comunidade do Povo de Deus; aqui, significa que a comunidade (algum tempo antes - cf. Mt 16,19 - Jesus dissera estas mesmas palavras a Pedro; mas aí Pedro representava a totalidade da comunidade dos discípulos) tem o poder para interpretar as palavras de Jesus, para acolher aqueles que aceitam as suas propostas e para excluir aqueles que não estão dispostos a seguir o caminho que Jesus propôs.

O segundo (vers. 19) sugere que as decisões graves para a vida da comunidade devem ser tomadas em clima de oração. Assegura aos discípulos, reunidos em oração, que o Pai os escutará.

O terceiro (vers. 20) garante aos discípulos a presença de Jesus "no meio" da comunidade. Neste contexto, sugere que as tentativas de correção e de reconciliação entre irmãos, no seio da comunidade, terão o apoio e a assistência de Jesus.

sábado, 26 de agosto de 2023

O Domingo

Comentário Litúrgico



21º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 27 de agosto de 2023

Evangelho (Mt 16,13-20)






Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Caros irmãos e irmãs

O nosso texto pode dividir-se em duas partes. A primeira, de carácter mais cristológico, centra-se em Jesus e na definição da sua identidade. A segunda, de carácter mais eclesiológico, centra-se na Igreja, que Jesus convoca à volta de Pedro.

Na primeira parte (vers. 13-16), Jesus interroga duplamente os discípulos: acerca do que as pessoas dizem dele e acerca do que os próprios discípulos pensam.

A opinião dos "homens" vê Jesus em continuidade com o passado ("João Batista", "Elias", "Jeremias" ou "algum dos profetas"). Não captam a condição única de Jesus, a sua novidade, a sua originalidade. Reconhecem, apenas, que Jesus é um homem convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão - como os profetas do Antigo Testamento... Mas não vão além disso. Na perspectiva dos "homens", Jesus é, apenas, um homem bom, justo, generoso, que escutou os apelos de Deus e que Se esforçou por ser um sinal vivo de Deus, como tantos outros homens antes d'Ele (vers. 13-14). É muito, mas não é o suficiente: significa que os "homens" não entenderam a novidade do Messias, nem a profundidade do mistério de Jesus.

A opinião dos discípulos acerca de Jesus vai muito além da opinião comum. Pedro, porta-voz da comunidade dos discípulos, resume o sentir da comunidade do Reino na expressão: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo" (vers. 16). Nestes dois títulos resume-se a fé da Igreja de Mateus e a catequese aí feita sobre Jesus. 

Dizer que Jesus é "o Cristo" (Messias) significa dizer que Ele é esse libertador que Israel esperava, enviado por Deus para libertar o seu Povo e para lhe oferecer a salvação definitiva. No entanto, para os membros da comunidade do Reino, Jesus não é apenas o Messias: é também o "Filho de Deus". No Antigo Testamento, a expressão "Filho de Deus" é aplicada aos anjos (cf. Dt 32,8; Sal 29,1; 89,7; Job 1,6), ao Povo eleito (cf. Ex 4,22; Os 11,1; Jer 3,19), aos vários membros do Povo de Deus (cf. Dt 14,1-2; Is 1,2; 30,1.9; Jer 3,14), ao rei (cf. 2 Sm 7,14) e ao Messias/rei da linhagem de David (cf. Sal 2,7; 89,27). Designa a condição de alguém que tem uma relação particular com Deus, a quem Deus elegeu e a quem Deus confiou uma missão. Definir Jesus como o "Filho de Deus" significa, não só que Ele recebe vida de Deus, mas que vive em total comunhão com Deus, que desenvolve com Deus uma relação de profunda intimidade e que Deus Lhe confiou uma missão única para a salvação dos homens; significa reconhecer a profunda unidade e intimidade entre Jesus e o Pai e que Jesus conhece e realiza os projetos do Pai no meio dos homens. Os discípulos são convidados a entender dessa forma o mistério de Jesus.

Na segunda parte (vers. 17-20), temos a resposta de Jesus à confissão de fé da comunidade dos discípulos, apresentada pela voz de Pedro. Jesus começa por felicitar Pedro (isto é, a comunidade) pela clareza da fé que o anima. No entanto, essa fé não é mérito de Pedro, mas um dom de Deus ("não foram a carne e o sangue que revelaram, mas sim o meu Pai que está nos céus" - vers. 17). Pedro (os discípulos) pertence a essa categoria dos "pobres", dos "simples", abertos à novidade de Deus, que têm um coração disponível para acolher os dons e as propostas de Deus (esses "pobres" e "simples" estão em contraposição com os líderes - fariseus, doutores da Lei, escribas - instalados nas suas certezas, seguranças e preconceitos, incapazes de abrir o coração aos desafios de Deus).

O que é que significa Jesus dizer a Pedro que ele é "a rocha" (o nome "Pedro" é a tradução grega do hebraico "Kephâ" - "rocha") sobre a qual a Igreja de Jesus vai ser construída? As palavras de Jesus têm de ser vistas no contexto da confissão de fé precedente. Mateus está, portanto, a afirmar que a base firme e inamovível sobre a qual vai assentar a Ekklesia de Jesus é a fé que Pedro e a comunidade dos discípulos professam: a fé em Jesus como o Messias, Filho de Deus vivo.

Para que seja possível a Pedro testemunhar que Jesus é o Messias Filho de Deus e edificar a comunidade do Reino, Jesus promete-lhe "as chaves do Reino dos céus" e o poder de "ligar e desligar". A entrega das chaves equivale à nomeação do "administrador do palácio" de que falava a primeira leitura: o "administrador do palácio", entre outras coisas, administrava os bens do soberano, fixava o horário da abertura e do fechamento das portas do palácio e definia quais os visitantes a introduzir junto do soberano... Por outro lado, a expressão "atar e desatar" designava, entre os judeus da época, o poder para interpretar a Lei com autoridade, para declarar o que era ou não permitido, para excluir ou reintroduzir alguém na comunidade do Povo de Deus. Assim, Jesus nomeia Pedro para "administrador" e supervisor da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos de Jesus a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade dos discípulos do Reino (atenção: todos são chamados por Deus a integrar a comunidade do Reino; mas aqueles que não estão dispostos a aderir às propostas de Jesus não podem aí ser admitidos).

Trata-se, aqui, de confiar a um homem (Pedro) um primado, um papel de liderança absoluta (o poder das chaves, o poder de ligar e desligar) da comunidade dos discípulos? Ou Pedro é, aqui, um discípulo que dá voz a todos aqueles que acreditam em Jesus e que representa a comunidade dos discípulos? É difícil, a partir deste texto, fazer afirmações concludentes e definitivas. O poder de "ligar e desligar", por exemplo, aparece noutro contexto, confiado à totalidade da comunidade e não a Pedro em exclusivo (cf. Mt 18,18). Provavelmente, o mais correcto é ver em Pedro o protótipo do discípulo; nele, está representada essa comunidade que se reúne à volta de Jesus e que proclama a sua fé em Jesus como o "Messias" e o "Filho de Deus". É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus confia as chaves do Reino e o poder de acolher ou excluir. Isso não invalida que Pedro fosse uma figura de referência para os primeiros cristãos e que desempenhasse um papel de primeiro plano na animação da Igreja nascente, sobretudo nas comunidades da Síria (as comunidades a que o Evangelho de Mateus se destina).

 

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Encontro das Famílias - André Reis

6º Encontro das Famílias apresenta a segunda atração da noite, André Reis ministrando oração e louvor.

6º Encontro das Famílias Ministério Misericórdia Divina

Neste dia 12 de agosto de 2023, deu-se inicio do 6º do Encontro das Famílias, com um grade louvor ministrado pelo Ministério Misericórdia Divina em grade estilo.

sábado, 5 de agosto de 2023

O Domingo

 Comentário Litúrgico




Festa da transfiguração do Senhor

Domingo, 06 de agosto de 2023

Evangelho (Mt 17,1-9)



Eis meu Filho muito amado,
nele está meu bem-querer,
escutai-o, todos vós! (Mt 17,5c)


Caros irmãos e irmãs

Esta página de catequese, destinada a ensinar que Jesus é o Filho de Deus e que o projeto que Ele propõe vem de Deus, está construída sobre elementos simbólicos tirados do Antigo Testamento. Que elementos são esses?

O monte situa-nos num contexto de revelação: é sempre num monte que Deus se revela; e, em especial, é no cimo de um monte que Ele faz uma aliança com o seu Povo.

A mudança do rosto e as vestes brilhantes, muitíssimo brancas, recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai (cf. Ex 34,29), depois de se encontrar com Deus e de ter as tábuas da Lei.

A nuvem, por sua vez, indica a presença de Deus: era na nuvem que Deus manifestava a sua presença, quando conduzia o seu Povo através do deserto (cf. Ex 40,35; Nm 9,18.22; 10,34).

Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus e que permitem entender Jesus); além disso, são personagens que, de acordo com a catequese judaica, deviam aparecer no “dia do Senhor”, quando se manifestasse a salvação definitiva (cf. Dt 18,15-18; Mal 3,22-23).

O temor e a perturbação dos discípulos são a reação lógica de qualquer homem ou mulher, diante da manifestação da grandeza, da omnipotência e da majestade de Deus (cf. Ex 19,16; 20,18-21).

As tendas parecem aludir à “festa das tendas”, em que se celebrava o tempo do êxodo, quando o Povo de Deus habitou em “tendas”, no deserto.

A mensagem fundamental, amassada com todos estes elementos, pretende dizer quem é Jesus. Recorrendo a simbologias do Antigo Testamento, o autor deixa claro que Jesus é o Filho amado de Deus, em quem se manifesta a glória do Pai. Ele é, também, esse Messias libertador e salvador esperado por Israel, anunciado pela Lei (Moisés) e pelos Profetas (Elias). Mais ainda: Ele é um novo Moisés – isto é, Aquele através de quem o próprio Deus dá ao seu Povo a nova lei e através de quem Deus propõe aos homens uma nova Aliança.

Da ação libertadora de Jesus, o novo Moisés, irá nascer um novo Povo de Deus. Com esse novo Povo, Deus vai fazer uma nova Aliança; e vai percorrer com ele os caminhos da história, conduzindo-o através do “deserto” que leva da escravidão à liberdade.

Esta apresentação tem como destinatários os discípulos de Jesus (esse grupo desanimado e frustrado porque no horizonte próximo do seu líder está a cruz e porque o mestre exige dos discípulos que aceitem percorrer um caminho semelhante). Aponta para a ressurreição, aqui anunciada pela glória de Deus que se manifesta em Jesus, pelas “vestes brilhantes, muitíssimo brancas” (que lembram a túnica branca do “jovem” sentado junto do túmulo de Jesus e que anuncia às mulheres a ressurreição) e pela recomendação final de Jesus que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do Homem não ressuscitasse dos mortos: diz-lhes que a cruz não será a palavra final, pois no fim do caminho de Jesus (e, consequentemente, dos discípulos que seguirem Jesus) está a ressurreição, a vida plena, a vitória sobre a morte.

Uma palavra final para o desejo – manifestado por Pedro – de construir três tendas no cimo do monte, como se pretendesse “assentar arraiais” naquele quadro. O pormenor pode significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Jesus nem responde à proposta: Ele sabe que o projeto de Deus – esse projeto de construir um novo Povo de Deus e levá-lo da escravidão para a liberdade – tem de passar pelo caminho do dom da vida, da entrega total, do amor até às últimas consequências.

Evangelho do Dia


 

Santo do Dia




 

domingo, 30 de julho de 2023

- O Domingo

Comentário Litúrgico



17º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 30 de julho de 2023

Evangelho (Mt 13,44-52)



Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.


Caros irmãos e irmãs

O texto do Evangelho deste domingo pode ser dividido em três partes. Em cada uma delas, há aspectos e questões que convém pôr em relevo e ter em conta.

Na primeira parte, temos duas parábolas - a parábola do tesouro escondido no campo e a parábola da pérola preciosa (vers. 44-46). Ambas desenvolvem o mesmo tema e apresentam ensinamentos semelhantes.

A questão principal abordada nesta primeira parte é a da descoberta do valor e da importância do Reino. Quer a parábola do tesouro escondido, quer a parábola da pérola preciosa, sugerem que o Reino proposto por Jesus (esse mundo de paz, de amor, de fraternidade, de serviço, de reconciliação que Jesus veio anunciar e oferecer) é um "tesouro" precioso, que os seguidores de Jesus devem abraçar, antes de qualquer outro valor ou proposta. 

Os cristãos são, antes de mais, aqueles que encontraram algo de único, de fundamental, de decisivo: o Reino. Ora, quando alguém encontra um "tesouro" como esse, deve elegê-lo como a riqueza mais preciosa, o fim último da própria existência, o valor fundamental pelo qual se renuncia a tudo o resto e pelo qual se está disposto a pagar qualquer preço. 

Provavelmente, Mateus está a sugerir a esses cristãos a quem o seu Evangelho se destina (adormecidos numa fé morna, inconsequente, pouco exigente) que é preciso redescobrir e optar decisivamente por esse valor mais alto, que deve dar sentido às suas vidas - o Reino. O cristão é confrontado, a par e passo, com muitos valores e opções; mas deve aperceber-se de que o Reino é o valor mais importante.

Na segunda parte, Mateus apresenta o Reino na imagem de uma rede que, lançada ao mar, apanha diversos tipos de peixes (vers. 47-50). Na versão apresentada por Mateus, a parábola apresenta um ensinamento semelhante ao da parábola do trigo e do joio (sobre a qual meditamos no passado domingo): o Reino não é um condomínio fechado, onde só há gente escolhida e santa, mas é uma realidade onde o mal e o bem crescem simultaneamente. Deus não tem pressa de condenar e destruir. Ele não quer a morte do pecador; por isso, dá ao homem o tempo necessário e suficiente para amadurecer as suas opções e para fazer as suas escolhas (no Evangelho de Tomé, a versão é diferente: conta a história de um pescador "sábio" que pesca vários peixes, mas fica só com o maior e lança os outros ao mar. Aí, portanto, a parábola da rede e dos peixes apresenta uma mensagem que vai na linha das parábolas do tesouro descoberto no campo e da pérola preciosa. 

Alguns autores pensam que a versão apresentada no Evangelho de Tomé constitui a versão primitiva da parábola da rede e dos peixes).

A referência que Mateus faz (mais uma vez) ao juízo final é uma forma de exortar os irmãos da sua comunidade no sentido de escolherem decididamente o Reino e porem em prática as propostas de Jesus.

Na terceira parte do Evangelho que nos é proposto, Mateus apresenta um breve diálogo entre Jesus e os discípulos (vers. 51-52).

Neste diálogo temos uma espécie de conclusão de todo o capítulo. Mateus sugere que o verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que ouve e compreende". Ora, "compreender", na teologia mateana, significa "prestar atenção" e comprometer-se com o ensinamento proposto. 

Os cristãos são, pois, convidados a descobrir a realidade do Reino, a entender as suas exigências, a comprometerem-se com os seus valores. A referência ao "escriba" que "tira do seu tesouro coisas novas e velhas" pode referir-se aos judeus, conhecedores profundos do Antigo Testamento (o "velho"), convidados agora a reflectirem essas velhas promessas à luz das propostas de Jesus (o "novo"). É nessa dialéctica sempre exigente e questionante que o verdadeiro discípulo encontra o caminho para o Reino; e, depois de encontrar esse caminho, deve comprometer-se com ele de forma decisiva, exigente, empenhada.


sábado, 1 de julho de 2023

O Domingo

Comentário Litúrgico



Solenidade de São Pedro e São Paulo

Domingo, 02 de julho de 2023

Evangelho (Mt 16, 13-19)




Tu é Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja

e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

 

Caros irmãos e irmãs

O nosso texto pode dividir-se em duas partes. A primeira, de carácter mais cristológico, centra-se em Jesus e na definição da sua identidade. A segunda, de carácter mais eclesiológico, centra-se na Igreja, que Jesus convoca à volta de Pedro.

Na primeira parte (vers. 13-16), Jesus interroga duplamente os discípulos: acerca do que as pessoas dizem d’Ele e acerca do que os próprios discípulos pensam.

A opinião dos “homens” vê Jesus em continuidade com o passado (“João Baptista”, “Elias”, “Jeremias” ou “algum dos profetas”). Não captam a condição única de Jesus, a sua novidade, a sua originalidade. Reconhecem, apenas, que Jesus é um homem convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão – como os profetas do Antigo Testamento… Mas não vão além disso. Na perspetiva dos “homens”, Jesus é, apenas, um homem bom, justo, generoso, que escutou os apelos de Deus e que Se esforçou por ser um sinal vivo de Deus, como tantos outros homens antes d’Ele (vers. 13-14). É muito, mas não é o suficiente: significa que os “homens” não entenderam a novidade do Messias, nem a profundidade do mistério de Jesus.

A opinião dos discípulos acerca de Jesus vai muito além da opinião comum. Pedro, porta-voz da comunidade dos discípulos, resume o sentir da comunidade do Reino na expressão: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (vers. 16). Nestes dois títulos resume-se a fé da Igreja de Mateus e a catequese aí feita sobre Jesus. Dizer que Jesus é “o Cristo” (Messias) significa dizer que Ele é esse libertador que Israel esperava, enviado por Deus para libertar o seu Povo e para lhe oferecer a salvação definitiva. No entanto, para os membros da comunidade do Reino, Jesus não é, apenas, o Messias: é, também, o “Filho de Deus”. No Antigo Testamento, a expressão “Filho de Deus” é aplicada aos anjos (cf. Dt 32,8; Sal 29,1; 89,7; Job 1,6), ao Povo eleito (cf. Ex 4,22; Os 11,1; Jer 3,19), aos vários membros do Povo de Deus (cf. Dt 14,1-2; Is 1,2; 30,1.9; Jer 3,14) ao rei (cf. 2 Sm 7,14) e ao Messias/rei da linhagem de David (cf. Sal 2,7; 89,27). Designa a condição de alguém que tem uma relação particular com Deus, a quem Deus elegeu e a quem Deus confiou uma missão. Definir Jesus como o “Filho de Deus” significa, não só que Ele recebe vida de Deus, mas que vive em total comunhão com Deus, que desenvolve com Deus uma relação de profunda intimidade e que Deus Lhe confiou uma missão única para a salvação dos homens; significa reconhecer a profunda unidade e intimidade entre Jesus e o Pai e que Jesus conhece e realiza os projetos do Pai no meio dos homens. Os discípulos são convidados a entender dessa forma o mistério de Jesus.

Na segunda parte (vers. 17-19), temos a resposta de Jesus à confissão de fé da comunidade dos discípulos, apresentada pela voz de Pedro. Jesus começa por felicitar Pedro (isto é, a comunidade) pela clareza da fé que o anima. No entanto, essa fé não é mérito de Pedro, mas um dom de Deus (“não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim o meu Pai que está nos céus” – vers. 17). Pedro (os discípulos) pertence a essa categoria dos “pobres”, dos “simples”, abertos à novidade de Deus, que têm um coração disponível para acolher os dons e as propostas de Deus (esses “pobres” e “simples” estão em contraposição com os líderes – fariseus, doutores da Lei, escribas – instalados nas suas certezas, seguranças e preconceitos, incapazes de abrir o coração aos desafios de Deus).

O que é que significa Jesus dizer a Pedro que ele é “a rocha” (o nome “Pedro” é a tradução grega do hebraico “Kephâ” – “rocha”) sobre a qual a Igreja de Jesus vai ser construída? As palavras de Jesus têm de ser vistas no contexto da confissão de fé precedente. Mateus está, portanto, a afirmar que a base firme e inamovível, sobre a qual vai assentar a Ekklesia de Jesus é a fé que Pedro e a comunidade dos discípulos professam: a fé em Jesus como o Messias, Filho de Deus vivo.

Para que seja possível a Pedro testemunhar que Jesus é o Messias Filho de Deus e edificar a comunidade do Reino, Jesus promete-lhe “as chaves do Reino dos céus” e o poder de “ligar e desligar”. Aquele que detém as chaves, no mundo bíblico, é o “administrador do palácio”… Ora o “administrador do palácio”, entre outras coisas, administrava os bens do soberano, fixava o horário da abertura e do fechamento das portas do palácio e definia quais os visitantes a introduzir junto do soberano… Por outro lado, a expressão “atar e desatar” designava, entre os judeus da época, o poder para interpretar a Lei com autoridade, para declarar o que era ou não permitido, para excluir ou reintroduzir alguém na comunidade do Povo de Deus. Assim, Jesus nomeia Pedro para “administrador” e supervisor da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos de Jesus a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade dos discípulos do Reino (atenção: todos são chamados por Deus a integrar a comunidade do Reino; mas aqueles que não estão dispostos a aderir às propostas de Jesus não podem aí ser admitidos).

Trata-se, aqui, de confiar a um homem (Pedro) um primado, um papel de liderança absoluta (o poder das chaves, o poder de ligar e desligar) da comunidade dos discípulos? Ou Pedro é, aqui, um discípulo que dá voz a todos aqueles que acreditam em Jesus e que representa a comunidade dos discípulos? É difícil, a partir deste texto, fazer afirmações concludentes e definitivas. O poder de “ligar e desligar”, por exemplo, aparece noutro contexto, confiado à totalidade da comunidade e não a Pedro em exclusivo (cf. Mt 18,18). Provavelmente, o mais correto é ver em Pedro o protótipo do discípulo; nele, está representada essa comunidade que se reúne em volta de Jesus e que proclama a sua fé em Jesus como o “Messias” e o “Filho de Deus”. É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus confia as chaves do Reino e o poder de acolher ou excluir. Isso não invalida que Pedro fosse uma figura de referência para os primeiros cristãos e que desempenhasse um papel de primeiro plano na animação da Igreja nascente, sobretudo nas comunidades da Síria (as comunidades a que o Evangelho de Mateus se destina).

sábado, 24 de junho de 2023

O Domingo

Comentário Litúrgico




12º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 25 de junho de 2023

Evangelho (Mt 10,26-33)




O Espírito da verdade dará testemunho de Mim, diz o Senhor,

e vós também dareis testemunho de Mim.

 

Caros irmãos e irmãs

O tema central da nossa leitura é sugerido pela expressão "não temais", que se repete por três vezes ao longo do texto (cf. Mt 10,26.28.31). Trata-se de uma expressão que aparece com alguma frequência no Antigo Testamento, dirigida a Israel (cf. Is 41,10.13; 43,1.5; 44,2; Jer 30,10) ou a um profeta (cf. Jer 1,8). O contexto é sempre o da eleição: Jahwéh elege alguém (um Povo ou uma pessoa) para o seu serviço; ao eleito, confia-lhe uma missão profética no mundo; e porque sabe que o "eleito" se vai confrontar com forças adversas, que se traduzirão em sofrimento e perseguição, assegura-lhe a sua presença, a sua ajuda e proteção.

É precisamente neste contexto que o Evangelho deste domingo nos situa. Ao enviar os discípulos que elegeu, Jesus assegura-lhes a sua presença, a sua ajuda, a sua protecção, a fim de que os discípulos superem o medo e a angústia que resultam da perseguição. As palavras de Jesus correspondem à última bem-aventurança: "bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós" (Mt 5,12).

Este convite à superação do medo vai acompanhado por três desenvolvimentos.

No primeiro desenvolvimento (vers. 26.27), Jesus pede aos discípulos que não deixem o medo impedir a proclamação aberta da Boa Nova. A mensagem libertadora de Jesus não pode correr o risco de ficar - por causa do medo - circunscrita a um pequeno grupo, cobarde e comodamente fechado dentro de quatro paredes, sem correr riscos, nem incomodar a ordem injusta sobre a qual o mundo se constrói; mas é uma mensagem que deve ser proclamada com coragem, com convicção, com coerência, de cima dos telhados, a fim de mudar o mundo e tornar-se uma Boa Nova libertadora para todos os homens e mulheres.

No segundo desenvolvimento (vers. 28), Jesus recomenda aos discípulos que não se deixem vencer pelo medo da morte física. O que é decisivo, para o discípulo, não é que os perseguidores o possam eliminar fisicamente; mas o que é decisivo, para o discípulo, é perder a possibilidade de chegar à vida plena, à vida definitiva... Ora, o cristão sabe que a vida definitiva é um dom, que Deus oferece àqueles acolheram a sua proposta e que aceitaram pôr a própria vida ao serviço do "Reino". Os discípulos que procuram percorrer com fidelidade o caminho de Jesus não precisam, portanto, de viver angustiados pelo medo da morte.

No terceiro desenvolvimento (vers. 29-31), Jesus convida os discípulos a descobrirem a confiança absoluta em Deus. Para ilustrar a solicitude de Deus, Mateus recorre a duas imagens: a dos pássaros de que Deus cuida (que revela a tocante ternura e preocupação de Deus por todas as criaturas, mesmo as mais insignificantes e indefesas) e a dos cabelos que Deus conta (que revela a forma particular, única, profunda, como Deus conhece o homem, com a sua especificidade, os seus problemas, as suas dificuldades). Deus é aqui apresentado como um "Pai", cheio de amor e de ternura, sempre preocupado em cuidar dos seus "filhos", em entendê-los e em protegê-los. Ora, depois de terem descoberto este "rosto" de Deus, os discípulos têm alguma razão para ter medo? A certeza de ser filho de Deus é, sem dúvida, algo que alimenta a capacidade do discípulo em empenhar-se - sem medo, sem prevenções, sem preconceitos, sem condições - na missão. Nada - nem as dificuldades, nem as perseguições - conseguem calar esse discípulo que confia na solicitude, no cuidado e no amor de Deus Pai.

As últimas palavras (vers. 32-33) da leitura que hoje nos é proposta contêm uma séria advertência de Jesus: a atitude do discípulo diante da perseguição condicionará o seu destino último... Aqueles que se mantiveram fiéis a Deus e aos seus projetos e que testemunharam com desassombro a Palavra encontrarão vida definitiva; mas aqueles que procuraram proteger-se, comodamente instalados numa vida morna, sem riscos, sem chatices, e também sem coerência, terão recusado a vida em plenitude: esses não poderão fazer parte da comunidade de Jesus. 

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Xitão do ECC Quadrilha Junina São Francisco de Assis

A Quadrilha Junina da Paróquia São Francisco de Assis do Quintino Cunha, faz sua primeira apresentação de 2023 no Xitão do ECC - Encontro de Casais com Cristo de nossa paróquia.

terça-feira, 13 de junho de 2023

Xitão do ECC - Quadrilha Cumadi Cida

O Xitão do ECC - Encontro de Casais com Cristo da paróquia São Pedro e São Paulo continua bem animado, agora com apresentação da Quadrilha Cumadi Cida, da Comunidade Nossa Senhora Aparecida do Vila Velha.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

O Domingo

Comentário Litúrgico



10º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 11 de junho de 2023

Evangelho (Mt 9,9-13)



O Senhor enviou-me a anunciar o evangelho aos pobres

e a liberdade aos oprimidos.

 

Caros irmãos e irmãs

O relato da vocação de Mateus (vers. 9) não é substancialmente distinto do relato do chamamento de outros discípulos (cf. Mt 4,18-22): em qualquer dos casos fala-se de homens que estão a trabalhar, a quem Jesus chama e que, deixando tudo, seguem Jesus. Os “chamados” não são “super-homens”, seres perfeitos e santos, estranhos ao mundo, pairando acima das nuvens, sem contato com a vida e com os problemas e dramas dos outros homens e mulheres; mas são pessoas normais, que vivem uma vida normal, que trabalham, lutam, riem e choram… No entanto, todos são chamados ao seguimento de Jesus. O verbo “akolouthéô”, aqui utilizado na forma imperativa, traduz a ação de “ir atrás” e define a atitude de um discípulo que aceita ligar-se a um “mestre”, escutar as suas lições e imitar os seus exemplos de vida… É, portanto, isso que Jesus pede a Mateus. Mateus, sem objeções nem pedidos de esclarecimento, deixa tudo e aceita ser discípulo, numa adesão plena, total e radical a Jesus e às suas propostas de vida. Mateus define aqui o caminho do verdadeiro discípulo: é aquele que, na sua vida normal, se encontra com Jesus, escuta o seu convite, aceita-o sem discussão e segue Jesus de forma incondicional. A esta adesão ao chamamento de Deus chama-se “fé”.

No relato de vocação de Mateus há, no entanto, um dado novo em relação a outros relatos de vocação: é que aqui, o “chamado” é um cobrador de impostos. Já sabemos que os cobradores de impostos eram gente desclassificada, excluída da vida social e religiosa do Povo de Deus, catalogada como pecadora, e sem qualquer possibilidade de salvação e de relação com Deus. Jesus, no entanto, pretende demonstrar que, na casa do “Reino”, há lugar para todos, mesmo para aqueles que o mundo considera desclassificados e marginais. Deus tem uma proposta de salvação para apresentar a todos os homens, sem exceção; e essa proposta não distingue entre bons e maus: é uma proposta que se destina a todos aqueles que estiverem interessados em acolhê-la.

Na segunda parte do nosso texto (vers. 10-13), temos uma controvérsia entre Jesus e os fariseus, porque Jesus – depois de convidar o publicano Mateus a integrar o seu grupo de discípulos (coisa inaudita, que nenhum “mestre” da época aceitaria) – ainda “desceu mais baixo” e aceitou sentar-Se à mesa com os publicanos e pecadores.

O “banquete” era, para a mentalidade judaica, o lugar do encontro, da fraternidade, onde os convivas estabeleciam laços de família e de comunhão. Sentar-se à mesa com alguém significava estabelecer laços profundos, íntimos, familiares, com essa pessoa. Por isso, o “banquete” é, para Jesus, o símbolo mais apropriado desse “Reino” de fraternidade, de comunhão, de amor sem limites, que Ele veio propor aos homens (Mt 22,1-14; cf. Mt 8,11-12). Ao sentar-Se à mesa com os publicanos e pecadores, Jesus está a dizer, de forma clara, que veio apresentar uma proposta de salvação para todos, sem exceção; e que nesse mundo novo, todos os homens e mulheres (independentemente das suas opções ou decisões erradas) têm lugar. A única condição que há para sentar-se à mesa do “Reino” é estar disposto a aceitar essa proposta que é feita por Jesus.

Os fariseus (que estão mais preocupados com as obras, com os comportamentos externos, com o cumprimento estrito da Lei) não entendem isto. Jesus recorda-lhes que “não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (vers. 12); e cita, a propósito, a frase de Oseias que encontramos na primeira leitura: “prefiro a misericórdia ao sacrifício” (vers. 13). Há, nas afirmações de Jesus, uma certa ironia: os fariseus julgavam-se justos e bons, porque cumpriam a Lei; mas, na perspectiva de Deus, os “justos” não são os que estão satisfeitos consigo próprios e vivem isolados na sua auto-suficiência, mas são todos aqueles que não se conformam com a triste situação em que vivem, estão dispostos a acolher o dom de Deus e a aderir à sua proposta de salvação.

Para Deus, o que é decisivo, portanto, não é o cumprimento estrito das regras, das leis e dos atos de culto; para Deus, o que é decisivo é estar disposto a acolher a proposta de salvação que Ele faz e a entregar-se confiadamente nas suas mãos. Todos aqueles que, na sua humildade e dependência, estão nesta atitude podem integrar a comunidade do “Reino” e fazer parte da comunidade de Jesus, da comunidade da salvação.

Deus chama todos os homens sem exceção. Os que se consideram bons e justos, frequentemente acham que não precisam do dom de Deus, pois eles merecem, pelos seus atos, a salvação; mas a verdade é que a salvação é sempre um dom gratuito de Deus, não merecido pelo homem… O que Deus pede ao homem (seja ele bom ou mau, pecador ou santo, justo ou injusto) é que aceite o dom de Deus, escute o chamamento de Jesus e, sem objeções, com total confiança e disponibilidade, aceite o convite para seguir Jesus, para ser seu discípulo e para integrar a comunidade do “Reino”. 

domingo, 11 de junho de 2023

Xitão do ECC - Cristina Nery

O ECC - Encontro de Casais com Cristo da Paróquia São Pedro e São Paulo realizou neste sábado, dia 10 de junho de 2023 o Xitão do ECC 2023. O Evento contou com a presença da comunidade e colaboração do EJC - Encontro de Jovens com Cristo da nossa paróquia. O Xitão começou bem com a primeira atração da noite, apresentação do Show de Cristina Nery e Banda,

sábado, 3 de junho de 2023

O Domingo

Comentário Litúrgico




Solenidade da Santíssima Trindade

Domingo, 04 de junho de 2023

Evangelho (Jo 3,16-18)




Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,

ao Deus que é, que era e que há-de vir.

 

Caros irmãos e irmãs

Depois de explicar a Nicodemos que o Messias tem de "ser levantado ao alto", como "Moisés levantou a serpente" no deserto (a referência evoca o episódio da caminhada pelo deserto em que os hebreus, mordidos pelas serpentes, olhavam uma serpente de bronze levantada num estandarte por Moisés e se curavam - cf. Nm 21,8-9), a fim de que "todo aquele que n'Ele acredita tenha vida definitiva" (Jo 3,14-15), Jesus explica como é que a cruz se insere no projecto de Deus. A explicação vem em três passos...

O primeiro (vers. 16) refere-se ao significado último da cruz. Esse Homem que vai ser levantado na cruz veio ao mundo, incarnou na nossa história humana, correu o risco de assumir a nossa fragilidade, partilhou a nossa humanidade; e, como consequência de uma vida gasta a lutar contra as forças das trevas e da morte que escravizavam os homens, foi preso, torturado e morto numa cruz. A cruz é o último acto de uma vida vivida no amor, na doação, na entrega.

Ora, esse Homem é o "Filho único" de Deus. A expressão evoca, provavelmente, o "sacrifício de Isaac" (cf. Gn 22,16): Deus comporta-Se como Abraão, que foi capaz de desprender-se do próprio filho por amor (no caso de Abraão, amor a Deus; no caso de Deus, amor aos homens)... A cruz é, portanto, a expressão suprema do amor de Deus pelos homens. O quadro dá-nos a dimensão do incomensurável amor de Deus por essa humanidade a quem Ele quer oferecer a salvação.

Qual é o objectivo de Deus ao enviar o seu Filho único ao encontro dos homens? É libertá-los do egoísmo, da escravidão, da alienação, da morte, e dar-lhes a vida eterna. Com Jesus - o Filho único que morreu na cruz - os homens aprendem que a vida definitiva está na obediência aos planos do Pai e no dom da vida aos homens, por amor.

O segundo (vers. 17) deixa claro que a intenção de Deus, ao enviar ao mundo o seu Filho único, não era uma intenção negativa. Jesus veio ao mundo porque o Pai ama os homens e quer salvá-los. O Messias não veio com uma missão judicial, nem veio excluir ninguém da salvação. Pelo contrário, Ele veio oferecer aos homens - a todos os homens - a vida definitiva, ensinando-os a amar sem medida e dando-lhes o Espírito que os transforma em Homens Novos.

Reparemos neste facto notável: Deus não enviou o seu Filho único ao encontro de homens perfeitos e santos; mas enviou o seu Filho único ao encontro de homens pecadores, egoístas, auto-suficientes, a fim de lhes apresentar uma nova proposta de vida... E foi o amor de Jesus - bem como o Espírito que Jesus deixou - que transformou esses homens egoístas, orgulhosos, auto-suficientes e os inseriu numa dinâmica de vida nova e plena.

O terceiro (vers. 18) descreve as duas atitudes que o homem pode tomar, diante da oferta de salvação que Jesus faz: quem aceita a proposta de Jesus, adere a Ele, recebe o Espírito, vive no amor e na doação, escolhe a vida definitiva; mas quem prefere continuar escravo de esquemas de egoísmo e de auto-suficiência, auto-exclui-se da salvação. A salvação ou a condenação não são, nesta perspectiva, um prémio ou um castigo que Deus dá ao homem pelo seu bom ou mau comportamento; mas são o resultado da escolha livre do homem, face à oferta incondicional de salvação que Deus lhe faz. A responsabilidade pela vida definitiva ou pela morte eterna não recai assim sobre Deus, mas sobre o homem.

De acordo com a perspectiva de João, também não existe um julgamento futuro, no final dos tempos, no qual Deus pesa na sua balança os pecados dos homens, para ver se os há-de salvar ou condenar: o juízo realiza-se aqui e agora e depende da atitude que o homem assume diante da proposta de Jesus.

Em resumo: porque amava a humanidade, Deus enviou o seu Filho único ao mundo com uma proposta de salvação. Essa oferta nunca foi retirada; continua aberta e à espera de resposta. Diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna, ou pode excluir-se da salvação.

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