domingo, 24 de março de 2013

O fiat que nos abriu as portas do Céu


Meditação sobre o mistério da Anunciação que se comemora em 25 de março
Gregorio Vivanco Lopes
Anunciação do anjo
De repente, no Céu, um alegre e sacral alvoroço entre os anjos. Deus lhes revelara que os tempos estavam completos e o momento de a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade encarnar-se e habitar entre os homens chegara. Um anjo seria enviado à Virgem de Nazaré para anunciar-lhe sua maternidade divina. Qual dos anjos? Quem teria essa honra? A expectativa era grande.
Deus outrora havia enviado o Arcanjo Gabriel em missão junto ao Profeta Daniel, a fim de comunicar-lhe a famosa profecia sobre as setenta semanas de anos que decorreriam até a vinda do Salvador. (Dn 8 e 9)
Chegado o momento do cumprimento dessa profecia, Deus quis que o mesmo Gabriel, que séculos antes a anunciara a Daniel, fosse o portador da boa nova.
Todos os anjos do Céu se regozijaram pela escolha de Gabriel; ele, por sua vez, prostrou-se ante a Divina Majestade para receber as palavras que deveria comunicar à Virgem Imaculada.
Para preparar o caminho, Gabriel foi previamente enviado como embaixador junto ao sacerdote Zacarias, a fim de lhe transmitir que ele seria o pai do Precursor, João Batista.
Afinal, chegado o momento aprazado desde toda a eternidade, Gabriel desceu dos Céus para realizar sua sublime missão nesta Terra, que seria a grande alegria para os filhos de Eva.
Numa abençoada casa da pequena cidade de Nazaré, na Galileia, a Virgem rezava, toda absorta em Deus. Ela terminara os afazeres da casa enquanto José, seu castíssimo esposo, como Ela da real estirpe de David, saíra para comprar nas cercanias algum material necessário à execução de seus trabalhos. E agora meditava.
Gabriel aproximou-se d’Ela, mas não ousou revelar logo sua presença. Durante algum tempo ele a contemplou incógnito e enlevado, vendo nela a própria expressão da inocência, da pureza e da mais alta santidade. Ele estava extasiado, como que fora de si, pois nem no Céu encontrara algum anjo que se pudesse comparar àquela obra prima da natureza e da graça: em sublimidade, em elevação de espírito, em virtude, em dons de Deus. Sua excelsitude ultrapassava em muito a capacidade de compreensão de Gabriel, mas o enchia totalmente de gozo celestial e de admiração.

Por fim, como era preciso cumprir a vontade divina, ele se fez ver. Mas o seu entusiasmo era tal, que antes mesmo de comunicar à Virgem, cujo nome era Maria, a finalidade de sua embaixada, prorrompeu do mais fundo de seu espírito uma exclamação de júbilo e admiração: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.
Que saudação será esta? – perguntava-se a Virgem. Toda sua vida fora voltada para o amor e o serviço de Deus, sem qualquer incorreção ou vacilação. Não encontrando em si nenhuma falta nem a mais leve imperfeição, reconhecia, entretanto, seu nada diante de Deus. Não é d’Ele que nos vêm todos os bens? Assim sendo, o que significavam aquelas palavras tão elogiosas vindas de um anjo? A que vinha ele? “Discorria pensativa que saudação seria esta.
Confundido diante da profunda humildade da Virgem, o Arcanjo procurou tranquilizá-la, antes de comunicar-lhe o fim de sua embaixada: “Não temas Maria, pois achaste graça diante de Deus”.
E, em seguida, descobriu-lhe o objeto de sua missão: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
Após ouvir aquelas palavras com reverente atenção, Maria expôs ao Anjo uma perplexidade: “Como se fará isso, pois não conheço varão?”.
Não apenas Ela havia feito um voto de virgindade perpétua, mas a união de alma que Deus consentia em ter com Ela era de tal profundidade que não admitia qualquer partilha. Ela era a imaculada. Deus lhe havia dito uma palavra interior, mediante a qual Ela compreendera que sua castidade era eterna e só para Deus: “Como o lírio entre os espinhos, assim é minha amiga entre as donzelas. Meu amado é para mim e eu sou para ele. Toda formosa és, amiga minha, e em ti não há mácula. És um jardim fechado, minha irmã, minha esposa, uma nascente fechada, uma fonte selada”(Cânticos, 2 e 4).
Tal exclusividade de Deus na posse de sua alma e de seu corpo constituía para Ela uma evidência sem réplica, a respeito da qual não tinha qualquer dúvida ou vacilação. Mas nela tampouco havia qualquer hesitação sobre a veracidade da mensagem do anjo, pois reconhecia nele um mensageiro de Deus.
Então, calmamente, sem qualquer perturbação ou desassossego, sabendo de antemão que para Deus nada é impossível, colocou o problema, cônscia de que diante de duas realidades incompatíveis vindas do Altíssimo deveria existir uma solução maravilhosa que Ela desconhecia.
E a resposta de Gabriel não se fez esperar, sublime e superando todas as soluções humanas: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus”.

Ao ouvir tal mensagem, Maria lembrou-se da profecia de Isaias: “o mesmo Senhor vos dará este sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco”(Is 7,14).
Só então Ela deu seu consentimento: “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós no seio da Virgem Maria.
Mas era necessário esse consentimento? Tal era a magnitude do dom que Deus lhe fazia, que aparentemente não seria preciso qualquer aprovação por parte d’Ela. Se alguém dá a outrem um tesouro estupendo, não precisa perguntar-lhe se o aceita.
Não é verdade! Deus respeita absolutamente a liberdade de cada um. Mesmo quando Ele cumula alguém de graças, condiciona seus efeitos à aceitação da pessoa. É por isso que existe o mérito e a culpa. Quando se aceita a bondade de Deus, pratica-se um ato meritório. Quando se recusa, faz-se um ato culposo.
De modo que a aceitação por parte de Maria do dom divino foi altamente meritória. E o bem infinito que daí decorreu para todos nós, com a Redenção, efetivamente dependeu do fiat (faça-se) d’Ela. Assim, depois de Deus, a Ela devemos a possibilidade que nos foi aberta de salvarmos nossas almas e irmos para o Céu, até então fechado aos homens pela culpa de Adão.
Dessa forma, o mistério da Anunciação deve suscitar em nós não apenas um merecido louvor ao infinito poder de Deus e uma admiração sem limites pela Virgem Mãe, mas também um hino de ação de graças a Maria Santíssima por ter aceitado que n’Ela se realizasse o mistério sublime do qual todos nós somos grandemente beneficiários.
“Por ela Jesus Cristo veio a nós, e por ela devemos ir a Ele”, concluímos com São Luiz Grignion de Montfort.

quarta-feira, 13 de março de 2013





Dia 16 de março de 2013, de 08 às 12 horas.
Emissão de Cédula de Identidade - Documentos necessários: 
Registro de Nascimento ou Certidão de Casamento (original e copia) 
comprovante de residencia e uma foto 3x4 (recente).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

LIÇÕES DA ORAÇÃO NO HORTO


LIÇÕES DA ORAÇÃO NO HORTO

Faça-se a tua vontade
O primeiro passo da Paixão de Cristo foi a Oração no Horto de Getsêmani.  Uma oração que consistiu num imenso ato de amor, pois toda ela foi uma luta árdua, apaixonada e dolorosa, para unir a sua vontade humana à vontade do Pai, um sim ao sacrifício da Cruz pela salvação dos homens.
Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; não se faça contudo a minha vontade, mas a tua(Lc 22,42).
Jesus sofria, mas amava mais do que sofria. Custava-lhe dar a vida por nós entre os tormentos da Paixão. A sua luta interior – a sua agonia – foi tão grande que, com estremecimento do corpo e lágrimas (cf. Heb 5,7) , chegou a suar sangue. Mas o “faça-se”, o “sim” amoroso, prevaleceu: «Por nós homens e para a nossa salvação».
Para penetrarmos melhor no mistério dessa oração, é bom lembrar-nos de que começou  – como narra São Marcos – com umas palavras que são a chave para compreender tudo o mais: Abá, Pai, tudo te é possível… (Mc 14, 36). O evangelista quis conservar-nos a expressão original que Cristo utilizou naquela noite para começar o seu diálogo com o Pai. Abá é uma palavra aramaica – essa era a língua que Jesus falava – usada pelos filhos, especialmente pelas crianças, para se dirigirem carinhosamente a seus pais. É o equivalente às nossas expressões “papai”, “paizinho”…
O detalhe é revelador. Por ele percebemos que, antes de pedir nada e antes de aceitar qualquer coisa, existia no coração de Cristo uma convicção, que nEle era clarividência absoluta: a de que Deus é um Pai infinitamente amoroso e, portanto, tudo o que dEle possa vir é bom; tudo é – ainda que por modos e vias cheios de mistério – um dom de amor paterno.
Esta plena lucidez era, nEle, prévia a qualquer reação ou atitude. Jesus sabia de antemão que tudo o que viesse do Pai seria um bem. Não hesitou, por isso,  em abrir-lhe confiante o coração, que relutava perante o cálice da dor; mas estava simultaneamente pronto para aceitar seja o que for – seja feita a tua vontade –, com disponibilidade total. Jesus “consumará” a vontade do Pai ao lançar o último suspiro na cruz; e lançá-lo-á com paz – ousaria afirmar que com íntima alegria, compatível com a dor –, como se exclamasse: “É bom, é bom ter cumprido a tua vontade, Pai, é maravilhoso poder morrer dizendo: tudo o que me pediste está consumado” (Jo 19, 30).
Esta disposição, que na alma de Cristo nascia da clarividência decorrente da sua união com a segunda pessoa da Santíssima Trindade, em nós tem que provir da luz da fé. É sempre a partir da fé que se torna possível entender, amar e até mesmo desejar a cruz que Deus, nosso Pai, nos quiser enviar.
Entender mesmo sem compreender
Um homem pode não estar entendendo nada quando o sofrimento o envolve como uma venda escura; mas, se é um filho de Deus que tem fé, sabe – sabe, mesmo sem o compreender – que toda a cruz querida ou permitida por Deus Pai é positiva, é construtiva, é uma cruz que salva. E, como São Paulo, pode afirmar com segurança:Ora, nós sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus!(Rom 8, 28).
O conhecido psiquiatra vienense Viktor Frankl ilustra esta fé que “entende sem compreender” – justamente porque acredita e confia – por meio de dois exemplos.
O primeiro é tirado de uma experiência de laboratório. Vejamos o caso – dizia – do macaco ao qual se dá uma dolorosa injeção para extrair soro. Poderá compreender alguma vez por que deve sofrer? É impossível para ele acompanhar o pensamento do homem que o submete a essa experiência, porque o mundo do sentido e dos valores humanos lhe é inatingível; não pode penetrar nas suas dimensões.
Mas – acrescenta o cientista – porventura o nosso mundo humano não está, por sua vez, ultrapassado por outro mundo que não chega a ser totalmente acessível ao homem, mas cujo sentido – um sentido sobre-natural – é o único capaz de dar sentido à dor humana? Ora, a passagem para essa dimensão sobrenatural só pode fundamentar-se no amor. Tal coisa não é novidade. Existe até como que uma predisposição natural para tanto. Pensemos em alguém que sinta afeição por um cachorrinho e que, para bem do animal, tenha de submetê-lo a uma intervenção dolorosa. O cachorro olha para o dono cheio de confiança. Sem poder “saber” qual o sentido daquele sofrimento, o animal contudo “crê”, “confia-se” ao dono, e deixa fazer.
O segundo exemplo, tira-o Viktor Frankl da sua experiência clínica, e é comovente. Trata-se do relato de uma carmelita, vítima de uma forte depressão endógena: “A tristeza – conta ela – é a minha habitual companheira. Tudo o que faço pesa na minha alma como um peso de chumbo. Onde é que estão os meus ideais, toda a grandeza, toda a beleza, todo o bem para o qual, alguma vez, já se lançaram todos os meus esforços? Agora, um tédio sem fundo mantém prisioneiro o meu coração. Vivo como se estivesse suspensa no vazio. Há momentos em que até mesmo a dor me rejeita…
“No meio desta angústia, eu grito para Deus, o Pai de todos. Mas Ele também parece calar-se. Desejaria apenas uma coisa: morrer hoje mesmo, se fosse possível…
“Se eu não tivesse a certeza da fé, de que não sou a dona da minha vida, já a teria recusado muitas vezes. Com esta fé, toda a amargura da dor começa a mudar, porque quem pensa que uma vida humana deve ser um contínuo avançar de sucesso em sucesso, assemelha-se a um louco que para diante de um prédio em construção e se espanta de que se cave em profundidade lá onde deve ser erguida uma catedral. Deus constrói para si um templo em cada alma humana. Comigo, Ele começou a cavar os alicerces. O meu dever é tão só manter-me dócil aos seus golpes…”
A força da fé unida ao amor
A força da fé reside em que ela é um facho de luz que, já de antemão – antes que qualquer coisa aconteça –, nos assegura que de Deus não nos pode vir mal algum, e nos convida a procurar entender, nem que seja obscuramente, a razão divina, a finalidade espiritual e o sentido de cada sofrimento. Pois, como víamos, há a certeza prévia inabalável que a alma cristã possui, de que não há cruz sem sentido.
Em algumas ocasiões, irá clareando dentro de nós, como uma luz crescente, a convicção de que Deus nos trabalha por meio do sofrimento: desde o produzido por uma simples dor de cabeça ou um objeto perdido, até o causado por uma doença grave, um fracasso profissional ou a perda de um ser querido. Aos poucos, vamos adquirindo “a experiência de que a dor é o martelar do artista que quer fazer de cada um, dessa massa informe que somos, um crucifixo, um Cristo, o alter Christus (o outro Cristo) que temos de ser” (São Josemaria Escrivá).
Quantas virtudes não se temperam, como o ferro na forja, por meio do sofrimento! A dor pode pulverizar-nos ou fortalecer-nos, enlouquecer-nos ou fazer-nos sábios. Já dizia Camões que o amor dá às almas sofredoras “poder para entenderem, à medida dos males que tiverem”.
Em geral, não costumamos ver o valor do sofrimento na mesma hora em que nos acomete. Mas o cristão, movido pela fé, procura compreendê-lo num segundo momento, que é feito de oração, de reflexão na presença de Deus, talvez de lágrimas aprazíveis. Então, sim – ajudados pela graça –, podemos descobrir a mensagem divina daquela dor, e vamos compreendendo, cheios de esperança, que é uma oportunidade magnífica de elaborar, como a abelha, o mel de uma humildade mais profunda, de um abandono em Deus mais completo, de um amor mais amadurecido.
Em outras ocasiões, o Espírito Santo nos faz perceber o valor do sofrimento como meio de expiação dos nossos pecados: é a mão paterna e materna de Deus que nos limpa, nos purifica com a cruz redentora e nos prepara para o encontro pleno com Ele.
Assim via os seus padecimentos aquela mulher agonizante que São Josemaría Escrivá acompanhava, por volta de 1931, no Hospital del Rey de Madrid. Com muita frequência, o padre Escrivá visitava e atendia os doentes incuráveis que lá definhavam. Uma das pacientes sem remédio era “uma desventurada mulher, estragada pelo vício, de boa posição social no passado. Procedia de uma família aristocrática, mas tinha dissipado a sua juventude numa vida sórdida.
“Administrada a Extrema-Unção, o sacerdote ajudou-a a bem morrer, ao mesmo tempo que instilava na sua alma um orvalho de arrependimento: uma ladainha de louvores à dor, brasa divina que cauteriza, purifica e nos regenera de turvas sujidades.
“Ela, vencendo estertores, repetia feliz, muito feliz: «Bendita seja a dor! Amada seja a dor! Santificada seja a dor! Glorificada seja a dor!» – «Eu me lembrava – diria depois São Josemaría – de Maria Madalena; ela sabia amar»“ (Biografia de Vázquez de Prada).

F. Faus. Adaptação de um  trecho da obra Lágrimas de Cristo, lágrimas dos homens
Para ler e meditar na Quaresma

      

   
 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Informativo de Janeiro de 2013






Encontro de Casais com Cristo
Paróquia São Pedro e São Paulo
Informativo de JANEIRO 2013


Agradecimento à equipe dirigente 2012

Equipe dirigente 2012

“Em nome de todos os eccista da Paróquia São Pedro e São Paulo gostaríamos de agradecer a Equipe dirigente 2012, pelo empenho e dedicação, com que realizaram seus trabalhos no ano de 2012, sabemos do real compromisso que é esta a frente de um trabalho tão bonito e necessário para o crescimento e evangelização de nossas famílias”.
Equipe Dirigentes 2013

“Empenhamo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, com olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé”.
Equipe Dirigente 2013


Dia de Reis

O dia de Reis é uma data especial celebrada pelos fieis da religião Católica, e a data seria o momento em Jesus Cristo, recém-nascido recebe a visita dos três Reis Magos, no dia 06 de janeiro.

Em alguns países da Europa, como Portugal e Espanha, existem algumas tradições para essa data, como deixar sapatos na janela com capim dentro, e no dia seguinte as crianças encontrariam doces no lugar do capim, simbolizando os presentes que os reis levaram para Jesus. Em Portugal o Bolo rei e muitos outros doces também são feitos especialmente para essa data.


Origem do Dia de Reis

O Dia de Reis surgiu quando os três reis magos, Belchior, Gaspar e Baltazar foram até onde Jesus nasceu para lhe levar presentes, e no século VIII a Igreja Católica converteu os reis magos em santos. Essa data também marca o encerramento da celebração do Natal, quando se retira todos os enfeites natalinos e se desarma o presépio.



ANO DA FÉ
O Ano da Fé iniciará em 11 de outubro de 2012, no 50º aniversário de abertura do Concilio Vaticano II, e terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo. "Será um momento de graça e de 'empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n´Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo", explicou o Papa durante a Missa de Encerramento do Encontro de Novos Evangelizadores para Evangelização .


Bento XVI salienta que atravessar a porta da fé é embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. "Este caminho tem início com o Batismo, pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna", Indica. 

De fato, desde o início de seu ministério como Sucessor de Pedro, o atual Pontífice sublinha a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. "Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos", adverte na Porta Fidei.

O ano da fé se apresenta como uma "hora de Deus" para a Igreja Católica. São objetivos da vivência do Ano da Fé:
a) renovar a profissão da fé, de maneira pessoal e comunitária;
b) aprofundar o conhecimento das verdades da fé;
c) difundir, estudar e conhecer melhor o Catecismo da Igreja Católica e/ou o resumo do Catecismo;
d) pedir perdão a Deus pelas infidelidades contra a fé;
e) despertar nos fiéis um novo apreço pela fé católica, a alegria de crer e o desejo de testemunhar e transmitir a fé aos outros
(Card. Dom Odilo Pedro Scherer).


O BATISMO DO SENHOR


Naquele tempo, 7João Batista pregava, dizendo: "Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado. 8Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo." 9Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. 10No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre ele. 11E ouviu-se dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição."


AVISOS
Dia: 26/01/2013 - Encontrão na Igreja do Olavo Oliveira, às 20hOOmin.
Dia 01/02/2013 - Reunião de Coordenadores: na Igreja S. Pedro e S. Paulo, às 20hoomin.
Dias 09, 10, 11 e 12/02/2013, Cristo Alegria, na quadra da Igreja Matriz.


Eu e o meu melhor amigo


O meu melhor amigo não sabia ser indiferente. Viveu o tempo todo recolhendo os que estavam caídos e desacreditados. Ele foi um ser humano inesquecível. Entrava em lugares proibidos e dormia na casa de pessoas abomináveis. Trocou santos por Zaqueu, doutores por Mateus. Não se preocupava com o que os outros estavam achando dele, mas ocupava-se de sua vida como se cada instante vivido fosse o último. 

Meu melhor amigo tinha o poder de ser irreverente. Ele olhava nos olhos dos fracassados e lhes restituía a coragem perdida. Segurava nas mãos dos cansados e os convencia que ainda lhes restavam forças para chegar. 

O meu melhor amigo era desconcertante. Tinha o dom de confundir os sábios e encantar os simples. Eu, certa vez, também me encantei com ele. Chegou num dia em que eu não sei dizer qual foi. Chegou numa hora em que não sei precisar. Sei que chegou, sei que veio. Entrou pela porta da minha vida e nunca mais o deixei sair. Somos íntimos. Minha fala está presa à dele. Eu o admiro tanto que acabo tendo a pretensão de querer ser como ele. Já me peguei cantando para ele os versos de Tom Jobim: “Não há você sem mim e eu não existo sem você!” Ele sorri quando eu canto. 

Meu melhor amigo me ensina a ser humano. Ele me ensina que a vida é uma orquestra linda, mas dói. Ele me ensina a apreciar os acordes tristes... e aí dói menos. A beleza distrai a tristeza. Foi assim que eu assisti à sua morte na Sexta-feira Santa. Eu sabia que era passageira. Era apenas um interlúdio feito de acordes menores, dilacerantes de tão tristes. Meu amigo não sabe ser morto. Ele gosta é de ser vivo, vivente! E é assim que eu entendo a dinâmica da Ressurreição. Quando digo: “Ele está no meio de nós!” eu estou convidando o meu amigo a ser vivo através de mim. Quem ama, de verdade, leva sempre a criatura amada por onde vai. E é assim que o amor vai se tornando concreto no meio de nós. É assim que a vida vai ficando eterna... e a gente vai ressuscitando aos poucos... 

As pessoas olham para mim... eu espero que elas não me vejam... eu espero que vejam o meu melhor amigo, em mim. 

Padre Fábio de Melo 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Torradas queimadas





Quando eu era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche à noite, para substituir o jantar. Eu me lembro especialmente de uma daquelas noites, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de muito trabalho.
Naquela noite já distante do tempo, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, colocou tudo isso diante do meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, pra ver se alguém notava o fato das torradas estarem tão queimadas. Tudo o que meu pai fez, foi pegar uma daquelas torradas, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado pra ele lambuzando aquela torrada toda queimada com manteiga e geleia e comendo todo satisfeito.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, eu ouvi a minha mãe se desculpando com meu pai por ter queimado a torrada. E nunca me esquecerei que ele disse a ela assim:
- Meu amor, você sabe que eu adoro torrada queimada...
Mais tarde, naquela mesma noite, quando fui dar um beijo de boa noite no meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada e se ele realmente gostava de torrada queimada como ele havida dito para minha mãe. Ele me envolveu nos braços dele e disse:- Meu amigo, sua mãe teve um dia muito pesado e estava realmente cansada no dia de hoje. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é assim, cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Eu também não sou o melhor marido, também não sou o melhor empregado, nem tão pouco sou o melhor cozinheiro. O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes pra gente ter relacionamentos saudáveis e duradouros. Além do mais, uma torrada queimada não precisa ser um evento destruidor. 




Filho do Céu - Padre Fábio de Melo
Texto lido no Programa Direção Espiritual     

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Equipe Dirigente ECC 2013


Flavio e Lilian (pós-encontro), Edvaldo e Francisca (finanças), Adaílton e Kelly (palestra), Mano e Gleidvania (montagemWellington e Ana Carla (ficha).



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


Tempo de Natal: Nasceu-vos um Salvador

Contemplando este mistério‭ ‬da Encarnação do Verbo,‭ ‬estamos no‭ ‬coração da nossa fé cristã.‭ ‬É um mistério que nos dá a‭ ‬certeza de que Deus é Amor e nos quer com loucura.‭ ‬Essa é‭ ‬precisamente‭ ‬a certeza que fazia o Apóstolo São João exclamar:‭ ‬Deus é amor‭! ‬Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco:‭ ‬em nos ter enviado o seu Filho único,‭ ‬para que vivamos por Ele‭ ‬(1‭ ‬Jo‭ ‬4,8-9‭)‬.
Sim,‭ ‬no Natal,‭ ‬o‭ ‬amor de Deus invisível se faz visível.‭ ‬Está aqui,‭ ‬junto de nós,‭ ‬no Presépio.
São João extasiava-se com‭ ‬essa maravilha da bondade de Deus,‭ ‬que é a vinda‭ ‬do Verbo encarnado,‭ ‬e dizia:‭ ‬Ninguém jamais viu a Deus.‭ ‬O Filho único,‭ ‬que está no seio do Pai,‭ ‬foi quem o revelou‭ ‬(Jo‭ ‬1,18‭)‬.‭ ‬E,‭ ‬cheio de júbilo por tê-lo conhecido,‭ ‬por ter convivido com Ele‭ ‬durante três anos‭ ‬e ter experimentado o seu carinho,‭ ‬exclamava:‭ ‬Nós o vimos com os nossos olhos,‭ ‬nós o contemplamos,‭ ‬nós o ouvimos,‭ ‬nós o tocamos com as mãos…‭!‬ (cf.‭ ‬1‭ ‬Jo‭ ‬1,1-3‭)‬ Por experiência própria,‭ ‬podia‭ ‬afirmar:‭ ‬Aquele que não ama não conhece a Deus,‭ ‬porque Deus é Amor‭ (‬1‭ ‬Jo‭ ‬4,8‭)‬.
Jesus é Deus feito homem,‭ ‬que nos ama com toda a força do seu Amor divino e humano.‭ ‬É‭ ‬o seu‭ ‬um amor grande e verdadeiro,‭ ‬que tem os dois sinais claros da autenticidade.‭ ‬Primeiro,‭ ‬é uma doação plena.‭ ‬Amor que não se dá não é amor.‭ ‬Mas não é um‭ ‬dar-se qualquer,‭ ‬é uma doação que visa o‭ ‬nosso bem.‭ ‬E aí está o segundo sinal de autenticidade:‭ ‬todo o verdadeiro amor,‭ ‬ao dar-se,‭ ‬quer bem,‭ ‬ou seja,‭ ‬dá-se procurando o‭ ‬bem da pessoa amada.
A verdade‭ ‬que Jesus nos traz
E qual é o‭ ‬bem,‭ ‬quais são os‭ ‬bens‭ ‬que Jesus nos traz‭? ‬Todos os bens‭! ‬A vida verdadeira,‭ ‬a vida eterna‭! ‬A felicidade que não poderá morrer‭! ‬Nessa infinita riqueza de bens divinos,‭ ‬podemos distinguir‭ ‬especialmente‭ ‬três grandes tesouros.‭ ‬O tesouro da‭ ‬verdade,‭ ‬que Ele nos ensina‭;‬ o tesouro do‭ ‬caminho‭ ‬do Céu,‭ ‬que Ele abre e nos mostra‭; ‬e o tesouro da‭ ‬vida nova dos filhos de Deus,‭ ‬que Ele ganha para nós na Cruz.‭
Tudo isso resumiu-o Jesus numa só frase:‭ ‬Eu sou o Caminho,‭ ‬a Verdade e a Vida‭ ‬(Jo‭ ‬14,6‭)‬.‭ ‬Será que captamos a importância dessas palavras‭?‬ Tentemos arrancar do fundo delas a grande luz que encerram,‭ ‬meditando um pouco sobre o seu significado.
Jesus nos traz,‭ ‬primeiro,‭ ‬a luz da‭ ‬Verdade.‭ ‬Vem-me à cabeça agora o pai de São João Batista,‭ ‬Zacarias‭ – ‬o marido de Santa Isabel‭ –‬,‭ ‬que profetizou o nascimento de Jesus de uma maneira muito significativa.‭ ‬Dizia que‭ ‬a ternura e misericórdia do nosso Deus nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente,‭ ‬que há de iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz‭ (‬Lc‭ ‬1,78-79‭)‬.‭ ‬Desde antes de nascer,‭ ‬Jesus já é anunciado como o Sol,‭ ‬como a Luz,‭ ‬a Luz da Verdade,‭ ‬que nos guiará para‭ ‬o bem e para‭ ‬a paz,‭ ‬para a paz terrena e eterna.
Isso‭ ‬é‭ ‬o que‭ ‬também‭ ‬diz São João no prólogo do seu Evangelho‭? ‬Ele era a verdadeira Luz,‭ ‬que vindo ao mundo ilumina todo homem…‭ ‬A luz resplandece nas trevas,‭ ‬e as trevas não a compreenderam‭ ‬(cf.‭ ‬Jo‭ ‬1,9-11‭)‬.‭ ‬Que pena se nós não a recebêssemos,‭ ‬que pena se nós não a compreendêssemos‭! ‬Porque a Verdade que Ele nos traz não é uma verdade qualquer:‭ ‬é a única‭ ‬verdade-verdadeira,‭ ‬a única verdade que salva:‭ ‬a verdade sobre Deus,‭ ‬sobre o mundo e sobre o homem.‭ ‬Só ela pode dar sentido à nossa vida.
Utilizando-nos de uma comparação do próprio Cristo,‭ ‬podemos dizer‭ ‬que a Verdade que Ele nos ensina é como a semente na mão do semeador.‭ ‬Pode cair nas pedras ou entre espinhos e morrer‭; ‬ou pode cair numa boa terra e dar fruto‭ (‬cf.‭ ‬Mt‭ ‬13,‭ ‬4‭ ‬ss.‭)‬.‭ ‬Depende de nós.
Se procurássemos acolher essa Verdade com carinho,‭ ‬seria uma maravilha,‭ ‬seríamos‭– ‬no empenho por edificar a nosa vida‭ –‬ como o construtor de que Jesus falava:‭ ‬Aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente,‭ ‬que edificou a sua casa sobre a rocha‭ ‬(Mt‭ ‬7,24‭)‬.‭ ‬Nem a chuva,‭ ‬nem o vento,‭ ‬nem as tormentas conseguiriam derrubá-la.‭ ‬Porque essa verdade nos daria‭ – ‬como diz a Bíblia‭ – ‬um‭ ‬amor forte como a morte‭ (‬Cânt‭ ‬8,6‭)‬.
O caminho que Jesus nos mostra
Se continuarmos a olhar para Jesus Menino,‭ ‬veremos que‭ ‬Ele nos‭ ‬diz também,‭ ‬como‭ ‬já mencionávamos:‭ ‬Eu sou o Caminho.‭ ‬Toda a sua vida é exemplo e caminho para nós,‭ ‬é como a sinalização luminosa da estrada que conduz a Deus,‭ ‬o roteiro que devemos seguir para nos realizarmos nesta terra e na eternidade.
É por isso que Jesus diz,‭ ‬muitas vezes:‭ ‬Segue-me‭!‬…‭ ‬Compara-nos às ovelhas que Ele,‭ ‬o Bom Pastor,‭ ‬conduz,‭ ‬entre brumas e perigos,‭ ‬até‭ ‬o pasto que alimenta e‭ ‬o‭ ‬refúgio seguro.‭ ‬Ele é o Bom Pastor que‭ ‬caminha adiante delas,‭ ‬adiante de nós,‭ ‬indicando-nos o caminho‭; ‬mais:‭ ‬sendo,‭ ‬com o seu exemplo,‭ ‬Ele próprio o caminho‭ ‬…
Acontece que o caminho de Cristo é,‭ ‬essencialmente,‭ ‬o‭ ‬caminho do Amor.‭ ‬Caminhai no amor‭ ‬– escrevia São Paulo‭ –‬,‭ ‬segundo o exemplo de Cristo,‭ ‬que nos amou e por nós se entregou…‭ ‬(Ef‭ ‬5,2‭)‬.
O amor que é‭ ‬caminho é o Amor autêntico,‭ ‬com maiúscula,‭ ‬o Amor que‭ ‬vem de‭ ‬Deus‭ ‬(1‭ ‬Jo‭ ‬4,7‭)‬.‭ ‬Não é fumaça cor de rosa,‭ ‬nem é uma teoria,‭ ‬nem é só uma paixão que arde e se evapora,‭ ‬é um amor vivo,‭ ‬sincero e realista,‭ ‬que se‭ ‬manifesta,‭ ‬no dia-a-dia,‭ ‬na prática das‭ ‬virtudes,‭ ‬que são como que o selo de garantia do amor.
Por isso,‭ ‬aquele que ama esforça-se por ser‭ – ‬com a graça de Deus‭ – ‬generoso,‭ ‬compreensivo,‭ ‬dedicado,‭ ‬paciente‭; ‬e‭ ‬também‭ ‬por ser constante,‭ ‬por ser forte na adversidade,‭ ‬por ser sóbrio e moderado nos prazeres‭; ‬por ser caridoso,‭ ‬gentil,‭ ‬prestativo‭; ‬por ser justo,‭ ‬discreto…‭; ‬por dar a Deus cada dia mais amor,‭ ‬e aos irmãos também.‭ ‬Em suma,‭ ‬por levar a sério a prática das virtudes humanas e cristãs.
Nunca percamos de vista que aquele que‭ ‬ama‭ ‬faz,‭ ‬age,‭ ‬não fica só pensando e sentindo.‭ ‬É exatamente isso o que‭ ‬nos diz São João,‭ ‬o grande intérprete do Amor de Cristo:‭ ‬Meus filhinhos,‭ ‬não amemos com palavras nem com a língua,‭ ‬mas por atos e em verdade‭ ‬(1‭ ‬Jo‭ ‬3,18‭)‬.‭ ‬E é claro que isso se aplica tanto ao amor a Deus como ao amor ao próximo.‭ ‬Como diz‭ ‬o mesmo‭ ‬São João:‭ ‬Temos de Deus este mandamento:‭ ‬quem ama a Deus,‭ ‬ame também a seu irmão‭ ‬(1‭ ‬Jo‭ ‬4,21‭)‬.
A vida que Jesus nos dá
Com o olhar‭ ‬da contemplação‭ ‬sempre fixo no Menino,‭ ‬pensemos na terceira coisa que Ele nos diz:‭ ‬Eu sou a Vida.‭ ‬Jesus é Deus que se faz homem,‭ ‬para que o homem,‭ ‬de uma maneira inefável,‭ ‬passe a viver uma vida nova,‭ ‬a vida de‭ ‬“Deus‭”‬.‭ ‬É um pensamento que deixava os santos pasmados,‭ ‬inebriados de alegria e agradecimento.‭ ‬Significa que Jesus nos traz a‭ ‬graça divina,‭ ‬a‭ ‬graça do Espírito Santo,‭ ‬que nos une intimamente a Ele e nos comunica a sua própria‭ ‬vida:‭ ‬Da sua plenitude todos nós recebemos,‭ ‬e graça sobre graça.‭ ‬Pois a lei foi dada por Moisés,‭ ‬a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo‭ ‬(Jo‭ ‬1,‭ ‬16-17‭)‬.
Como conforta pensar que a‭ ‬graça divina,‭ ‬que recebemos pela primeira vez no batismo,‭ ‬nos transforma,‭ ‬comunicando-nos uma vida nova,‭ ‬que é‭ – ‬nada mais e nada menos‭ – ‬uma participação na própria vida de Deus.‭ ‬O Novo Testamento traz expressões belíssimas desse mistério da graça na alma.‭ ‬Por exemplo,‭ ‬São Pedro diz que‭ ‬ela‭ ‬nos faz‭ ‬participantes da natureza divina‭ (‬2‭ ‬Pedr‭ ‬1,4‭)‬.‭ ‬São João afirma que a graça‭ – ‬que vem sempre à alma juntamente com o Espírito Santo‭ – ‬nos dá o poder de nos tornarmos filhos de Deus‭ (‬Jo‭ ‬1,‭ ‬12‭)‬.‭ ‬E São Paulo declara,‭ ‬com grande alegria,‭ ‬que,‭ ‬com a graça do Espírito Santo,‭ ‬não recebemos um espírito de escravidão,‭ ‬para vivermos ainda no temor,‭ ‬mas recebemos o espírito de adoção como filhos,‭ ‬pelo qual clamamos:‭ ‬Abbá,‭ ‬Pai‭! ‬Papai‭!‬ (Rom‭ ‬8,15‭)‬.
Jesus,‭ ‬nosso Redentor,‭ ‬é a fonte de toda a graça.‭ ‬Aquele que tiver sede,‭ ‬venha a mim e beba‭ (‬Jo‭ ‬7,37‭)‬,‭ ‬dizia…‭ ‬E nos prometia derramar o Espírito Santo,‭ ‬sem medida,‭ ‬na alma.
Na verdade,‭ ‬o peito de Cristo aberto na Cruz,‭ ‬até dar-nos as últimas gotas de sangue e água,‭ ‬é o manancial de onde brotam as sete fontes pelas quais nos vem a graça do Espírito Santo:‭ ‬os sete Sacramentos.
Cada um deles nos une a Deus‭ (‬e aos‭ ‬nossos‭ ‬irmãos‭) ‬de uma maneira própria.‭ ‬O Batismo transforma-nos em filhos de Deus‭; ‬a Crisma dá-nos a força do Espírito Santo para sermos fiéis soldados de Cristo e apóstolos‭; ‬a Reconciliação ou Confissão cura a alma doente e ressuscita a que está morta pelo pecado‭; ‬a Eucaristia une-nos intimamente a Jesus,‭ ‬que se faz Alimento e Vida da nossa alma‭; ‬o sacramento da Ordem transforma os sacerdotes em instrumentos vivos de Cristo sacerdote‭; ‬o Matrimônio implanta a poderosa semente da graça e do amor de Deus no amor dos esposos e dos pais‭; ‬e a Unção dos Enfermos é a mão carinhosa de Jesus,‭ ‬que nos ergue da doença ou nos leva para o Céu.
E,‭ ‬assim,‭ ‬os sete Sacramentos,‭ ‬juntamente com as virtudes e com a força‭ ‬poerosa da oração‭ – ‬que é a respiração vital da alma do cristão‭ – ‬vão-nos identificando com Cristo,‭ ‬vão-nos transformando espiritualmente nEle,‭ ‬fazem com que pensemos como Cristo,‭ ‬sintamos como Cristo,‭ ‬amemos como Cristo,‭ ‬atuemos como Cristo.‭ ‬Esta é a vida dos cristãos,‭ ‬a vida dos filhos de Deus que se identificam com Jesus.
Por isso,‭ ‬este tempo de Natal‭ ‬é um bom momento para nos perguntarmos,‭ ‬diante de Jesus Menino:‭ “‬Eu vivo como filho de Deus‭? ‬A minha oração é oração de um filho‭?‬ Está‭ ‬cheia do abandono e da confiança dos‭ ‬filhos muito amados‭? ‬Posso dizer que o meu temor é filial,‭ ‬ou seja,‭ ‬que não temo que Deus me abandone ou me castigue,‭ ‬mas temo só magoá-lo,‭ ‬ofendê-lo‭? ‬Cumpro os mandamentos com carinho de filho,‭ ‬ou com a má vontade do escravo forçado‭? ‬Tenho delicadezas de afeto filial para com Deus,‭ ‬para com Nossa Senhora…‭? ‬Enfim,‭ ‬eu poderia pôr o adjetivo‭ ‬filial em tudo o que penso,‭ ‬sinto e faço‭?‬…‭”
Seria tão bom que‭ ‬este Natal nos envolvesse no Amor de Deus,‭ ‬tal como uma grande luz envolveu os pastores,‭ ‬na noite em que Jesus nasceu‭ (‬Lc‭ ‬2,9‭)‬,‭ ‬e nos tirasse da mediocridade e da tristeza,‭ ‬que é‭ ‬sempre fruto de algum‭ ‬obstáculo‭ (‬preguiça,‭ ‬egoísmo,‭ ‬mesquinhez,‭ ‬sensualidade…‭) ‬entre Deus e mim,‭ ‬como dizia São Josemaria.
Coloquemos este bom‭ ‬desejo aos pés de Jesus,‭ ‬neste santo Natal.‭ ‬Não nos esqueçamos de que,‭ ‬em cada Natal,‭ ‬Deus chega muito perto de nós.‭ ‬Em cada Natal,‭ ‬Jesus‭ – ‬ultrapassando as barreiras do tempo‭ – ‬leva-nos para junto do Presépio.‭ ‬Em cada Natal,‭ ‬Maria,‭ ‬a Mãe,‭ ‬oferece-nos o Menino,‭ ‬sob o olhar sorridente de José.‭ ‬Em cada Natal,‭ ‬Jesus também sorri para nós,‭ ‬e nos pergunta:‭ “‬Será agora‭? ‬Será desta vez…‭? ‬Confia‭ – ‬diz-nos‭ –‬,‭ ‬eu estou aqui para te ajudar‭”‬.‭ ‬Sim,‭ ‬em cada Natal,‭ ‬uma grande luz brilha para nós.‭ ‬Em cada Natal,‭ ‬há uma esperança que desponta.‭ ‬Cada Natal,‭ ‬em suma,‭ ‬pode ser para nós um novo‭ ‬nascimento.‭ ‬É isso que agora deveríamos‭ ‬pedir com muita fé a Jesus,‭ ‬pela intercessão de Maria,‭ ‬sua Mãe e Mãe nossa,‭ ‬e de São José.
‎(‏adaptação de um capítulo do livro de F.‭ ‬Faus:‭ ‬Natal,‭ ‬reunião dos sorrisos‭)
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