domingo, 5 de junho de 2022

MENSAGEM DO PÁROCO

Palavra do Pastor




Queridos irmãos e irmãs, que alegria celebrar nesses dias a festa de Pentecostes:

“Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.” (At 2), todos os dia em nossa Igreja se renova esta graça.

A Igreja tem em Pentecostes um marco inicial de sua vida e missão. Os apóstolos após o episodio da cruz são refugiados pelas portas fechadas, símbolos do medo e da falta de esperança, mas ao receberem a visita de Jesus Cristo, glorioso e triunfante, as forças são recobradas. Jesus aparece para justificar também o sentido da vida dos primeiros cristãos que agora precisam comunicar o Evangelho. Pentecostes é a explosão do Espirito Santo, que agora se torna a alma da Igreja, todos ficaram cheios.

Não podemos viver a festa de Pentecostes apenas como um evento separado de toda ação de Deus na historia da humanidade, “Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua!”. A graça do Espirito Santo é para todos os povos. A linguagem do Espirito é a do amor. Todos se compreendem, pois há uma só fé e um único Deus.

Assim, Irmãos e irmãs, como Igreja somos chamados a viver agora sob a graça e a docilidade do Espirito Santo.

Deixemos o espirito de Deus fazer morada em nós.

Desejo uma boa semana para todos,


Pe. Gilvan Manuel, CM
Pároco

O Domingo

Comentário Litúrgico

Solenidade do Pentecostes

Domingo, 05 de junho de 2022
Evangelho Jo 20,19-23




Vinde, Espírito Santo,

enchei os corações dos vossos fiéis

e acendei neles o fogo do vosso amor.



MENSAGEM


João começa por pôr em relevo a situação da comunidade. O “anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo” (vers. 19 a), são o quadro que reproduz a situação de uma comunidade desamparada no meio de um ambiente hostil e, portanto, desorientada e insegura. É uma comunidade que perdeu as suas referências e a sua identidade e que não sabe, agora, a que se agarrar.


Entretanto, Jesus aparece “no meio deles” (vers. 19b). João indica desta forma que os discípulos, fazendo a experiência do encontro com Jesus ressuscitado, redescobriram o seu centro, o seu ponto de referência, a coordenada fundamental à volta do qual a comunidade se constrói e toma consciência da sua identidade. A comunidade cristã só existe de forma consistente se está centrada em Jesus ressuscitado.


Jesus começa por saudá-los, desejando-lhes “a paz” (“shalom”, em hebraico). A “paz” é um dom messiânico; mas, neste contexto, significa, sobretudo, a transmissão da serenidade, da tranquilidade, da confiança que permitirão aos discípulos superar o medo e a insegurança: a partir de agora, nem o sofrimento, nem a morte, nem a hostilidade do mundo poderão derrotar os discípulos, porque Jesus ressuscitado está “no meio deles”.


Em seguida, Jesus “mostrou-lhes as mãos e o lado”. São os “sinais” que evocam a entrega de Jesus, o amor total expresso na cruz. É nesses “sinais” (na entrega da vida, no amor oferecido até à última gota de sangue) que os discípulos reconhecem Jesus. O fato de esses “sinais” permanecerem no ressuscitado, indica que Jesus será, de forma permanente, o Messias cujo amor se derramará sobre os discípulos e cuja entrega alimentará a comunidade.


Vem, depois, a comunicação do Espírito. O gesto de Jesus de soprar sobre os discípulos reproduz o gesto de Deus ao comunicar a vida ao homem de argila (João utiliza, aqui, precisamente o mesmo verbo do texto grego de Gn 2,7). Com o “sopro” de Deus de Gn 2,7, o homem tornou-se um “ser vivente”; com este “sopro”, Jesus transmite aos discípulos a vida nova e faz nascer o Homem Novo. Agora, os discípulos possuem a vida em plenitude e estão capacitados – como Jesus – para fazerem da sua vida um dom de amor aos homens. Animados pelo Espírito, eles formam a comunidade da nova aliança e são chamados a testemunhar – com gestos e com palavras – o amor de Jesus.


Finalmente, Jesus explicita qual a missão dos discípulos (ver. 23): a eliminação do pecado. As palavras de Jesus não significam que os discípulos possam ou não – conforme os seus interesses ou a sua disposição – perdoar os pecados. Significam, apenas, que os discípulos são chamados a testemunhar no mundo essa vida que o Pai quer oferecer a todos os homens. Quem aceitar essa proposta será integrado na comunidade de Jesus; quem não a aceitar, continuará a percorrer caminhos de egoísmo e de morte (isto é, de pecado). A comunidade, animada pelo Espírito, será a mediadora desta oferta de salvação. 

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