domingo, 10 de julho de 2011

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM



XV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Mt 13,1-23 ou 1-9
Em tempos de profundas crises sociais surgem muitos messias com seus pacotes e planos para uma sociedade nova. A maioria deles acaba se tornando patrocinador de uma tirania maior. E os que sofrem são cada vez mais envolvidos nas malhas da miséria e da dor, restando-lhes torcer para que dê certo.
A proposta da liturgia deste domingo é revolucionária. Só há um messias, e ele é pobre, manso e pacífico. Ele desbanca os planos das elites, que o rejeitam. Os pobres, contudo, encontram nele segurança, descanso e vida. O messianismo de Jesus continua hoje na proposta dos que o conhecem e o seguem fielmente, animados e possuídos pelo Espírito daquele que o ressuscitou dos mortos. Eles não vêem o mundo e a história como se fossem dominados pelo fatalismo; pelo contrário, vivendo a vida no Espírito, optam por um mundo novo e transformado, onde a vida se manifesta com todo o vigor.
Para o evangelista Mateus Jesus é aquele que veio realizar a justiça de Deus. É, portanto, o mestre da justiça que se concretiza na solidariedade com a humanidade sofredora, levando-a a possuir a vida de Deus. É o Emanuel, aquele que permanece conosco até o fim dos tempos.
O trecho que lemos na liturgia deste domingo faz parte do tema da oposição que Jesus sofre por parte das lideranças político-religiosas de seu tempo. Podemos dividi-lo em três pequenas estrofes: Na primeira temos o louvor de Jesus ao Pai por seu fracasso diante dos sábios e inteligentes; na segunda encontramos um monólogo de Jesus, que salienta seu estreito relacionamento com o Pai; na terceira Jesus se dirige aos que estão cansados de carregar o peso do próprio fardo.
As elites do tempo de Jesus chamavam o povo de malditos porque não conhecia, nem entendia e muito menos praticava a lei. Na opinião deles, Deus estaria infinitamente distante do povo empobrecido e inculto. A prática de Jesus demonstra exatamente o contrário: Deus, na pessoa do Filho, se encarnou na vida dessa gente.
Com isso não se quer afirmar que Jesus seja menos exigente do que os rabinos do seu tempo. Ele não veio anular a Lei, mas completá-la. A diferença está na forma como Jesus age: em primeiro lugar abre as portas da misericórdia, revela a justiça de Deus aos pobres e pequeninos, para depois convidá-los a viver na justiça e na misericórdia que procedem dele e do Pai.
Que o bom Deus nos ajude a compreender nossa missão de cristãos batizados a ponto de praticarmos tudo o que Jesus nos ensinou. Para que se concretizem em nossas vidas as palavras do Mestre e Senhor Jesus, devemos nos revestir da humildade e mansidão no contato com nossos semelhantes, mesmo os mais difíceis.
Abençoe-nos o Deus Todo Poderoso:
O Pai, O Filho e O Espírito Santo.

Amém.
Uma ótima semana a todos!









Pe. Francisco Ivo

Paróquia São Pedro e São Paulo

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