terça-feira, 24 de setembro de 2013

Um veneno: orgulho



[PARA TER VIRTUDES]



“Inimigos domésticos”
Vamos entrar, neste capítulo e no seguinte, no ponto mais escuro do túnel, nos porões da alma. Não é agradável. Mas seria covardia que você e eu, leitor, recusássemos olhar-nos nesse espelho sombrio, para podermos reagir depressa caso nos vejamos um pouco retratados nele.
Porque os dois vícios que vamos focalizar nestes capítulos são como um veneno que dá cabo das virtudes, ou causa uma paralisia que as entrava: o orgulho e o hedonismo.
Há certos defeitos que têm apenas surtos esporádicos, talvez fortes, como a raiva daquele amigo que me dizia, brincando: “Em casa, eu só tenho uma explosão de ira por semestre”. Não é desses que tratamos agora, mas de duas atitudes daninhas que brotam da própria raiz do egoísmo, e que, por isso mesmo, nos afastam mais radicalmente do amor.
À diferença de outros, esses dois vícios – orgulho e hedonismo − afetam “todas” as virtudes, como uma infecção generalizada. Muitas vezes, matam. E sempre desestruturam a personalidade. Alguns os chamam de “inimigos domésticos”, porque se infiltram no mais íntimo de nós, por assim dizer, se inoculam “no sangue”.
A soberba: a antítese do amor
Bento XVI comentou certa vez que cada um de nós traz, dentro de si, uma gota do veneno da serpente do Paraíso. Fazia alusão ao pecado original, um pecado de orgulho – de soberba −, que levou os primeiros pais a rejeitar Deus com um ato de desobediência. Acabamos de comentar esse episódio bíblico no capítulo anterior.
Rebelando-se contra Deus, o homem fica fechado no círculo da adoração e do culto ao seu “eu”. Tudo gira à volta dele, e não aceita interferências. Essa independência de Deus é destrutiva, porque corta a “conexão” vital com Aquele que é a fonte do ser, da vida, do bem, da bondade…; e, assim,  como diz um teólogo, o homem «se condena ao absurdo, pois uma liberdade sem Deus só pode destruir o homem» (J. L. Lorda,Antropologia sobrenatural, p. 37).
A soberba faz com que as virtudes saltem fora dos eixos do amor a Deus e do amor ao próximo. Com isso, se corrompem: ou se acabam, ou se falsificam.
Como diz o livro do Eclesiástico (Sirácida), o orgulho é odioso diante de Deus e dos homens [...]. É  o princípio de todo pecado (Eclo, 10,7.15).
“Odioso diante de Deus”
Ainda no livro do Eclesiástico lemos: O início do orgulho num homem é renegar a Deus, pois o seu coração se afasta daquele que o criou (10,14-15).
O veneno da serpente, que continua a sussurrar sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal (Gn 3,5), atua nos corações e os leva, entre outras coisas,  a:
− Desprezar Deus e as coisas de Deus. É a atitude de indiferença do autossuficiente, que – como diria o poeta Antonio Machado − «despreza quanto ignora». É o orgulho dos que dizem, com o aprumo típico da ignorância: “Religião já era”, “Você ainda acredita?”, “Eu escolho a minha verdade!”, “Ninguém tem que me dizer o que é certo ou errado!”…
− Leva também a acreditar em Deus com a boca e na teoria, mas a considerá-lo supérfluo na vida real. “Para quê levar tão a sério a fé, para quê ter uma vida espiritual constante, para quê aprofundar no Evangelho e na doutrina cristã, para quê estudar a doutrina da Igreja?” Quando muito, aceita-se Deus como um criado, que deve ficar a postos quando o chamamos na hora da aflição, para que nos resolva problemas.
− O orgulho leva ainda à criação de uma cultura e uma política, de uma legislação e uma mentalidade, que expulsa Deus e o coloca no banco dos réus, fora da lei. A verdade moral e os Mandamentos de Deus (por exemplo, sobre o matrimonio, a família e a vida) tornam-se crime. Quem os defende cai na execração da mídia e na condenação dos tribunais. E muita gente boa, amedrontada por essa ditadura da falsidade, desiste de defender a verdade abertamente e se acomoda ao “politicamente correto”.
“Odioso diante dos homens”
Algum vez comparei o coração a um instrumento de corda. Quando as cordas são tocadas pela bondade e a sinceridade, saem de dentro as notas do amor. Quando quem toca é o orgulho, saem do coração as notas da discórdia, da mágoa, da raiva, da inveja, da incompreensão…, em suma, da falta de caridade.
É bom pararmos uns instantes e escutar, na presença de Deus, o som das nossas cordas. Pelos sons cacofônicos, poderemos deduzir os tons do nosso orgulho.
O orgulho “toca” o coração com o desejo exorbitado de sobressair, de ficar por cima, de ser valorizado, acatado e estimado; com a ânsia de se sentir superior aos outros ou, pelo menos, nunca inferiorizado; é a incapacidade de aceitar qualquer coisa que fira o nosso amor-próprio ou rebaixe a nossa imagem. Com esses sentimentos, como é difícil o amor ao próximo!
É bom desmascarar esse inimigo e, como diz a Escritura, caçar as pequenas raposas que destroem a vinha (Ct 2,15). Se procurarmos lutar por detectar e combater o pequeno orgulho, evitaremos que domine o grande. Vejamos alguns traços dessas “raposas”:
–Sermos suscetíveis por minúcias. Qualquer coisinha nos ofende, nos melindra. «Os pobrezinhos dos soberbos – diz São Josemaria – sofrem por mil e uma pequenas tolices, que o seu amor-próprio agiganta…” (Sulco, n. 714).
– Ser  teimosos: julgando que estamos sempre com a razão, «desprezamos o ponto de vista dos outros» (ibid., n. 263), e somos incapazes de não dizer a “última palavra” nas discussões.
– Queixar-nos de não ser compreendidos, ao mesmo tempo que julgamos temerariamente e com dureza os demais.
− Ter uma preocupação constante pela nossa “imagem”: fazer “pose” e sofrer perguntando-nos a toda hora: “fiquei bem?”, “fiz um papel ridículo?”, “que estarão pensando de mim?”
– Não perdoar, guardar ressentimento por longo tempo.
– Termos muito espírito crítico: uma tendência instintiva de ver o lado errado ou grotesco dos outros.
– Abusar da ironia e das gozações.
– Querer que os outros saibam, louvem e agradeçam as coisas boas que fazemos. Se não o fazem, perdemos o pique.
– Falar demais e escutar de menos. Ser o “sal de todos os pratos” (cf. Caminho, n. 48). Nas conversas, mostra-nos sempre “por dentro” e como quem sabe mais do que ninguém… E tantas coisas mais.
A humildade, fundamento das virtudes
Se o orgulho estraga tudo, a humildade vivifica tudo, cura tudo, protege tudo.
Escutemos o que Deus nos diz. Por três vezes a Bíblia repete estas mesmas palavras:Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes (Pr 3,24; Tg 4,6; 1 Pd 5,5). E por três vezes Jesus insiste em que todo aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado (Mt 23,12; Lc 14,11 e 18,14), ao mesmo tempo que nos pede:Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração (Mt 11,29).
Você não se lembra do que disse Nossa Senhora na casa de Santa Isabel, ao levantar o coração a Deus num cântico de alegria? A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humilde condição da sua escrava…Realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso (Lc 1, 46-49).
Também em nós Deus poderá realizar maravilhas, se encontra um coração humilde e desprendido. «A humildade – dizia Cervantes – é a base e fundamento de todas as virtudes, e, sem ela, não há nenhuma que o seja».
Na terra boa da humildade, todos os dons de Deus dão fruto. Na terra boa da humildade, todas as virtudes podem ser plantadas e crescer sadias, sem medo de pragas que as devastem. E acabam desabrochando em frutos agradáveis a Deus e ao próximo. Com razão dizia São Josemaria: «Pela senda da humildade vai-se a toda a parte…, fundamentalmente ao céu» (Sulco n. 282).
 By Pe. Faus

sábado, 14 de setembro de 2013

Olhe-se




 
É muito fácil nos perdermos do essencial quando não enxergamos, apenas vemos. 

Se não tomarmos cuidado, a vida passará por nós e não a perceberemos. Enxergar é saber observar o que realmente importa, o que realmente nos convém. 

Uma pessoa que não se enxerga, não avança, não cresce, não supera, fica estacionada, porque tem a incapacidade 
de se ver. 

Preste atenção em você, em quem você é. Permita que o olhar que você tem sobre si seja verdadeiro. Pare de exigir de você aquilo que não tem para oferecer, pois, a partir do momento em que você reconhece a sua verdade, tem a capacidade de crescer. 

Quando temos dificuldade de olhar para nós mesmos, corremos o risco de assumir um personagem que não somos. 

Olhe-se. Não tenha medo de quem você é, abandone as suas ilusões e as substitua por esperança. 

Mas se você não se olha, não lida com sua verdade, corre o risco de desperdiçar sua vida com ilusões que não se realizam. 

Se você quiser realmente chegar ao profundo dos seus valores, das regras que te regem como ser humano, retire os seus excessos. Muitas vezes os nossos excessos nos impedem de conhecer a nossa verdade fundamental. 


Padre Fábio de Melo

sábado, 7 de setembro de 2013

Eucaristia

Um banquete só tem significado para quem tem fome. Os saciados não desejam a proximidade do alimento. A fome é o elemento chave para que possamos desejar e apreciar o banquete. 

Da mesma forma, o hospital não tem significado para quem está são. Somente os doentes carecem de hospitalização. 
Essa comparação é simples, eu sei. Mas ela nos aproxima de uma verdade ímpar que Jesus fez questão de nos ensinar. 
É desconcertante, mas a Eucaristia é o banquete dos miseráveis. Ela é o momento em que Deus se põe à mesa com os escórias da humanidade, com os últimos, os menos desejados. 
Miseráveis, famintos, prostituídos, doentes, legítimos representantes da fome. Fome de pão, fome de beleza, fome de dignidade, fome de amor, fome de companhia. 

Corações sufocados pela solidão do mundo, pelo descaso dos favorecidos e pela arrogência dos fortes. 

A vida sem cuidados, mostrada nos olhos que já não sabem nutrir grandes esperanças. Olhares que nos fazem lembrar o olhar de Mateus, o olhar de Zaqueu, o olhar de Madalena... Olhares que não se sentem merecedores, e que se já se convenceram de que estão condenados. 
E então, quando a vida os surpreende com o sorriso de Deus, olhando-os nos olhos, dizendo que está feliz porque eles reapareceram, e que para comemorar esta alegria um banquete lhes foi preparado. 
Roupas limpas, banhos demorados, coisa de quem não faz do amor um discurso teórico. O sabonete, o cheiro bom a nos recordar antigas esperanças. 
Alegrias nas taças, toalha branca estendida sobre a mesa, o colorido que tem sabor agradável. O melhor vinho, a melhor música, o melhor motivo a ser comemorado. A ceia está posta. 

E então eu me ponho a pensar... 

Recordo-me do quanto eu não sei viver a Eucaristia com esta mística. Penso no quanto sou seletivo ao pensar naqueles que Deus anda preferindo. 
E então, hoje, nesta fração de tempo que passa, em que seus olhos se encontram com meu coração de padre, aqui, nesta tela fria de computador, eu fico desejando lhe convencer do quanto você é amado por Deus. 
Ainda que seus dias sejam marcados pela rebeldia, pela derrota, pela queda, não desista! Religião só tem sentido se for para congregar, recordar a miséria como condição que nos torna preferidos... 

É simples de entender. Pense comigo: uma mãe geralmente tende a cuidar de forma especial do filho que é mais frágil. Concorda comigo? Pois bem. O que é frágil será sempre velado, cuidado e amado. 

Assim é você. Um miserável que tem entrada garantida na última ceia de Jesus. 

Não venha com muitos pesos. Traga apenas uma pequena lembrança para o Mestre que o espera. Uma florzinha, um pedacinho de doce, não sei. Você é criativo e saberá escolher melhor. 
Que o presente seja pobre, pois assim você descobrirá que o maior presente que Ele pode receber é o seu coração de volta. 

Combinados? 

Espero que sim. 

O seu nome já foi chamado por Ele. Não o deixe esperando por muito tempo. 

A casa é a mesma. O endereço você já sabe! 

Padre Fábio de Melo

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Tarde de Espiritualidade

Participe e traga a família, grande tarde de louvor, oração, palestra, Terço da Misericórdia finalizando com a Santa Missa.
Participação de Francimar Vida Nova.

domingo, 25 de agosto de 2013

Virtudes humanas.

[PARA TER VIRTUDES]

VIRTUDES E HUMANAS
Boas estruturas
Queixava-se um amigo: – “Faz várias semanas que não consigo trabalhar direito, porque a poucos metros da janela funciona um bate-estaca que me tira a concentração”.
Lembrei-me dessa conversa, porque – inspirando-nos na analogia usada por Cristo –, nestas reflexões, estamos comparando as virtudes a um “material de construção” .
As “estacas”, como você sabe, costumam empregar-se em fundações profundas de grandes edifícios. Sobre elas, como base segura, erguem-se os pilares, e a estrutura toda assim se firma, garantindo a solidez da construção.
Creio que podemos comparar as estacas às virtudes humanas, também chamadas virtudes morais. Como indica seu nome, são “virtudes de homem” (naturalmente, tanto mulher como varão), que forjam o caráter e perfilam cada vez mais a personalidade. Platão e, na esteira dele, muitos filósofos pagãos e cristãos, resumiam essas virtudes em quatro, já mencionadas no capítulo primeiro: prudência justiça, fortaleza e temperança. À volta delas, há muitas outras virtudes humanas satélites: coragem, generosidade, sobriedade, amizade, constância, mansidão, compreensão, gratidão, etc, etc.
Nestas nossas meditações, não vamos fazer um tratado sobre virtudes, embora focalizemos algumas delas. Pretendemos, principalmente, esclarecer a importância  das virtudes humanas na vida do cristão, e procuraremos entender como é que se adquirem, se mantêm, e crescem.

Características das virtudes humanas
Que características têm as virtudes humanas? Antes de mais nada, que são “humanas”, e não “sobrenaturais”. Quer dizer, que podem e devem ser vividas por qualquer ser humano, em qualquer época, cultura e latitude. Acerca do valor fundamental dessas virtudes coincidem a filosofia grega, a sabedoria oriental, a lei de Moisés e o Cristianismo.
Se dizemos que as virtudes humanas são comparáveis às estacas, que virtudes compararemos com os “pilares”? As “virtudes sobrenaturais”, infundidas por Deus. Elas se firmam no cristão quando encontram apoio sólido nas virtudes humanas (como os pilares sobre as estacas).
A doutrina cristã  chama virtudes sobrenaturais àquelas que são dom gratuito de Deus: as “virtudes teologais” – fé, esperança e caridade (cf. 1 Cor 13,13 ) –, e aquelas outras que, sendo em si mesmas humanas, estão vivificadas pela graça do Espírito Santo. É um assunto de uma grande beleza, mas vamos deixá-lo para outro capítulo. Limitemo-nos agora a focalizar as características das virtudes humanas, tal como as descreve o Catecismo da Igreja Católica.

As virtudes são hábitos estáveis
O Catecismo (n. 1804) começa dizendo que «as virtudes humanas são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade». Ou seja que não são tendências naturais e espontâneas, como traços de temperamento, mas devem ser adquiridas com empenho e esforço constante. Por isso, as virtudes humanas podem ser chamadas também “virtudes adquiridas”.
As virtudes não nascem feitas e embrulhadas. Da mesma maneira que não nasce feito tudo o que tem valor e requer esforço de conquista: ser engenheiro eletrônico, spallade orquestra sinfônica, marceneiro ou médico.
Os que não lutam por ganhar virtudes – lembre-se disso – constroem o edifício da vida sobre “estacas” de vidro barato e quebradiço. São frágeis, vulneráveis a qualquer impacto. E a vida tem muitos impactos…
Creio que você já conheceu, no mundo do trabalho,  pessoas inteligentes, tecnicamente bem preparadas, que esbanjam categoria como especialistas, mas que fracassam porque são desleais, arrogantes, indisciplinados, convencidos, criadores de caso… Não podem edificar uma boa vida profissional porque não têm as “estacas”das virtudes.
E que dizer dos casamentos desintegrados – edifícios desabados –, porque se baseavam em estacas frágeis, de vidro colorido: as da paixão, da ânsia de prazer físico e afetivo, do aconchego recebido. Mas não tinham as “estacas” sólidas da doação, da compreensão, da paciência, da abnegação, da generosidade, do ideal familiar.

As virtudes regulam nossos atos
É ainda o  Catecismo que nos diz, no mesmo lugar, que «as virtudes regulam nossos atos, ordenando as nossas paixões e guiando-nos segundo a razão e a fé».
Vamos ficar agora num comentário inicial sobre esta frase, que exigirá um tratamento mais amplo. Por ora basta dizer que não custa nada perceber que muitas vidas são “condutas desreguladas”, sem ordem nem sentido, improvisadas e pouco racionais: parecem-se com um carro que perdeu o volante e os freios, e se atira rua abaixo.
Acabo e falar de “condutas desreguladas”. Isso propicia um esclarecimento útil. As virtudes – já o vimos – são elementos da construção de uma vida moralmente boa. Você sabe o que é a “moral”? A palavra “moral” procede da palavra latina “mores”, que significa costumes, comportamentos habituais. A moral avalia os bons e maus comportamentos.
Por seu lado, a palavra “virtude” também procede do latim “virtus”, que significa força, potência. Somente as virtudes – com a graça de Deus – tem a “força”, o “poder”, a “capacidade” de ordenar e governar a nossa conduta, sem desvios nem desastres. 

As virtudes propiciam domínio e alegria
 É mais uma expressão do Catecismo. Para comentá-la, recordemos uma experiência bastante geral. Há muitas coisas boas que desejaríamos fazer ou atingir, e ficamos tristes porque não as conseguimos. Escaparam do nosso domínio, foi uma frustração. Vejamos um par de exemplos.
Por que será que Fulano, que é inteligente e deseja muito passar num exame ou num concurso, fracassa sempre? Bomba atrás de bomba. Pode ser que tenha problemas psíquicos. Mas a maioria das vezes – e isso é o que agora nos interessa – será por falta de constância, de ordem no trabalho, de renúncia temporária a certos lazeres, de espírito de sacrifício. Ou seja, por falta das virtudes necessárias.
Por que será que Sicrana, que quereria muito manter-se calma, não ralhar o tempo todo com os filhos, não atazanar o marido com queixas, não consegue? Porque – além de pedir pouco o auxílio de Deus – não se esforçou como devia para ganhar as virtudes necessárias: paciência, controle da língua, firmeza serena, sadia tolerância, etc.
Quem não luta, quem se contenta com a simples boa vontade e a improvisação, torna-se palha arrastada pelos ventos do desejo, do prazer, do capricho, do egoísmo. É dominada – amarrada – por eles e nunca alcança a alegria que almeja.

Entende-se, por isso, que o Catecismo afirme: «Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem» (n. 1804). E que acrescente: «As virtudes humanas forjam o caráter» (n. 1810), forjam a personalidade de quem é livre «senhor de si mesmo» (Caminho, n. 19).
Percebe a importância das virtudes? E a urgência de descobrir as que nos faltam e adquirir as que não temos? Disso começaremos a trataremos no próximo capítulo.

By Pe. Faus on July 16, 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Lágrimas

As lágrimas são recorrentes. O depressivo chora não pela situação em si, mas, sobretudo, pela dor existencial que não passa: aquela angústia enraizada no íntimo da alma. Se há uma doença que consegue ferir a realidade mais profunda da pessoa, o nome dela é depressão. Ninguém fica depressivo porque quer ou porque é fraco. Em sã consciência, ninguém escolhe tamanho sofrimento.

A pessoa depressiva necessita de fé, aprendendo a acreditar em si, para só depois confiar em Deus. Dia após dia, é fundamental ressignificar o sentido da vida, sabendo que a sua continuidade também depende da determinação. A partir de casos clínicos e grupos de experimentos, já foi comprovado que os pacientes de fé respondem mais rápido ao tratamento. Aqueles que não creem também se recuperam com qualidade, mas de forma mais pausada ou lenta. Talvez, pelo sentimento que nós religiosos possuímos de querer prolongar a vida.


A partir da fé, é fundamental procurar a ajuda terapêutica de um bom psicólogo. Nesse importante acompanhamento, o profissional auxiliará o depressivo a modificar a visão negativa que possui de si e do contexto em que está inserido. Juntos, paciente e psicólogo, traçarão metas para superar o mal da depressão. A fonte de tamanho sofrimento é vista de forma real, sem defeitos, erros, culpas e remorsos. É como se um peso enorme fosse retirado das costas da pessoa.
Padre Robson de Oliveira, Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

segunda-feira, 22 de julho de 2013

1º TORNEIO PASCOM

A Pascom da Paróquia São Pedro e São Paulo, estará realizando no dia 04 de agosto o seu 1º Torneio Pascom Futebol Society e um bingo de um Tablet, tudo em um dia de Lazer com direito a uma feijoada e um banho de piscina com muita descontração e animação do Pagode Católico da Banda Só de Cristo.
Participe e traga a sua família.
Cartela do bingo R$ 5,00 com direito a uma deliciosa feijoada.


Foto





FAÇA SUA PRÉ-INSCRIÇÃO ENVIANDO EMAIL COM NOME E TELEFONE PARA: pascomspsp@gmail.com.

O VALOR DA INSCRIÇÃO É DE R$ 20,00 POR TIME E PODERÁ SER FEITA ATÉ O DIA 01/08.

CADA TIME PODERÁ INSCREVER 10 COMPONENTES.


Lágrimas



As lágrimas são recorrentes. O depressivo chora não pela situação em si, mas, sobretudo, pela dor existencial que não passa: aquela angústia enraizada no íntimo da alma. Se há uma doença que consegue ferir a realidade mais profunda da pessoa, o nome dela é depressão. Ninguém fica depressivo porque quer ou porque é fraco. Em sã consciência, ninguém escolhe tamanho sofrimento.

A pessoa depressiva necessita de fé, aprendendo a acreditar em si, para só depois confiar em Deus. Dia após dia, é fundamental ressignificar o sentido da vida, sabendo que a sua continuidade também depende da determinação. A partir de casos clínicos e grupos de experimentos, já foi comprovado que os pacientes de fé respondem mais rápido ao tratamento. Aqueles que não creem também se recuperam com qualidade, mas de forma mais pausada ou lenta. Talvez, pelo sentimento que nós religiosos possuímos de querer prolongar a vida.

A partir da fé, é fundamental procurar a ajuda terapêutica de um bom psicólogo. Nesse importante acompanhamento, o profissional auxiliará o depressivo a modificar a visão negativa que possui de si e do contexto em que está inserido. Juntos, paciente e psicólogo, traçarão metas para superar o mal da depressão. A fonte de tamanho sofrimento é vista de forma real, sem defeitos, erros, culpas e remorsos. É como se um peso enorme fosse retirado das costas da pessoa.
Padre Robson de Oliveira, Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno 
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