O meu melhor amigo não sabia ser indiferente. Viveu o tempo todo recolhendo os que estavam caídos e desacreditados. Ele foi um ser humano inesquecível. Entrava em lugares proibidos e dormia na casa de pessoas abomináveis. Trocou santos por Zaqueu, doutores por Mateus. Não se preocupava com o que os outros estavam achando dele, mas ocupava-se de sua vida como se cada instante vivido fosse o último.
Meu melhor amigo tinha o poder de ser irreverente. Ele olhava nos olhos dos fracassados e lhes restituía a coragem perdida. Segurava nas mãos dos cansados e os convencia que ainda lhes restavam forças para chegar.
O meu melhor amigo era desconcertante. Tinha o dom de confundir os sábios e encantar os simples. Eu, certa vez, também me encantei com ele. Chegou num dia em que eu não sei dizer qual foi. Chegou numa hora em que não sei precisar. Sei que chegou, sei que veio. Entrou pela porta da minha vida e nunca mais o deixei sair. Somos íntimos. Minha fala está presa à dele. Eu o admiro tanto que acabo tendo a pretensão de querer ser como ele. Já me peguei cantando para ele os versos de Tom Jobim: “Não há você sem mim e eu não existo sem você!” Ele sorri quando eu canto.
Meu melhor amigo me ensina a ser humano. Ele me ensina que a vida é uma orquestra linda, mas dói. Ele me ensina a apreciar os acordes tristes... e aí dói menos. A beleza distrai a tristeza. Foi assim que eu assisti à sua morte na Sexta-feira Santa. Eu sabia que era passageira. Era apenas um interlúdio feito de acordes menores, dilacerantes de tão tristes. Meu amigo não sabe ser morto. Ele gosta é de ser vivo, vivente! E é assim que eu entendo a dinâmica da Ressurreição. Quando digo: “Ele está no meio de nós!” eu estou convidando o meu amigo a ser vivo através de mim. Quem ama, de verdade, leva sempre a criatura amada por onde vai. E é assim que o amor vai se tornando concreto no meio de nós. É assim que a vida vai ficando eterna... e a gente vai ressuscitando aos poucos...
As pessoas olham para mim... eu espero que elas não me vejam... eu espero que vejam o meu melhor amigo, em mim.
Padre Fábio de Melo
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Eu e o meu melhor amigo
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Torradas queimadas
Quando eu era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche à noite, para substituir o jantar. Eu me lembro especialmente de uma daquelas noites, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de muito trabalho.
Naquela noite já distante do tempo, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, colocou tudo isso diante do meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, pra ver se alguém notava o fato das torradas estarem tão queimadas. Tudo o que meu pai fez, foi pegar uma daquelas torradas, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado pra ele lambuzando aquela torrada toda queimada com manteiga e geleia e comendo todo satisfeito.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, eu ouvi a minha mãe se desculpando com meu pai por ter queimado a torrada. E nunca me esquecerei que ele disse a ela assim:
- Meu amor, você sabe que eu adoro torrada queimada...
Mais tarde, naquela mesma noite, quando fui dar um beijo de boa noite no meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada e se ele realmente gostava de torrada queimada como ele havida dito para minha mãe. Ele me envolveu nos braços dele e disse:- Meu amigo, sua mãe teve um dia muito pesado e estava realmente cansada no dia de hoje. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é assim, cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Eu também não sou o melhor marido, também não sou o melhor empregado, nem tão pouco sou o melhor cozinheiro. O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes pra gente ter relacionamentos saudáveis e duradouros. Além do mais, uma torrada queimada não precisa ser um evento destruidor.
Filho do Céu - Padre Fábio de Melo
Texto lido no Programa Direção Espiritual
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Equipe Dirigente ECC 2013

Flavio e Lilian (pós-encontro), Edvaldo e Francisca (finanças), Adaílton e Kelly (palestra), Mano e Gleidvania (montagem) Wellington e Ana Carla (ficha).
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Tempo de Natal: Nasceu-vos um Salvador
By Pe. Faus on December 3, 2012
Contemplação de Jesus
Que vamos fazer, nestes dias do tempo de Natal, já desde a noite em que Jesus nasceu Voltar os olhos e o coração, inteiramente, para a figura do Menino, envolto nos paninhos que a Mãe trouxe de Nazaré e reclinado sobre as palhas do Presépio. Não sentimos desejos de olhar para Ele e dizer-lhe: Meu Senhor e meu Deus!? Porque esse Menino que vemos na manjedoura é Deus feito homem, que vem ao nosso encontro para nos salvar. Tanto amou Deus o mundo – dizia Jesus a Nicodemos – que lhe deu seu Filho único… Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por Ele (Jo 3,16).
Contemplação de Jesus
Que vamos fazer, nestes dias do tempo de Natal, já desde a noite em que Jesus nasceu Voltar os olhos e o coração, inteiramente, para a figura do Menino, envolto nos paninhos que a Mãe trouxe de Nazaré e reclinado sobre as palhas do Presépio. Não sentimos desejos de olhar para Ele e dizer-lhe: Meu Senhor e meu Deus!? Porque esse Menino que vemos na manjedoura é Deus feito homem, que vem ao nosso encontro para nos salvar. Tanto amou Deus o mundo – dizia Jesus a Nicodemos – que lhe deu seu Filho único… Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por Ele (Jo 3,16).
Contemplando este mistério da Encarnação do Verbo, estamos no coração da nossa fé cristã. É um mistério que nos dá a certeza de que Deus é Amor e nos quer com loucura. Essa é precisamente a certeza que fazia o Apóstolo São João exclamar: Deus é amor! Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado o seu Filho único, para que vivamos por Ele (1 Jo 4,8-9).
Sim, no Natal, o amor de Deus invisível se faz visível. Está aqui, junto de nós, no Presépio.
São João extasiava-se com essa maravilha da bondade de Deus, que é a vinda do Verbo encarnado, e dizia: Ninguém jamais viu a Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou (Jo 1,18). E, cheio de júbilo por tê-lo conhecido, por ter convivido com Ele durante três anos e ter experimentado o seu carinho, exclamava: Nós o vimos com os nossos olhos, nós o contemplamos, nós o ouvimos, nós o tocamos com as mãos…! (cf. 1 Jo 1,1-3) Por experiência própria, podia afirmar: Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor (1 Jo 4,8).
Jesus é Deus feito homem, que nos ama com toda a força do seu Amor divino e humano. É o seu um amor grande e verdadeiro, que tem os dois sinais claros da autenticidade. Primeiro, é uma doação plena. Amor que não se dá não é amor. Mas não é um dar-se qualquer, é uma doação que visa o nosso bem. E aí está o segundo sinal de autenticidade: todo o verdadeiro amor, ao dar-se, quer bem, ou seja, dá-se procurando o bem da pessoa amada.
A verdade que Jesus nos traz
E qual é o bem, quais são os bens que Jesus nos traz? Todos os bens! A vida verdadeira, a vida eterna! A felicidade que não poderá morrer! Nessa infinita riqueza de bens divinos, podemos distinguir especialmente três grandes tesouros. O tesouro da verdade, que Ele nos ensina; o tesouro do caminho do Céu, que Ele abre e nos mostra; e o tesouro da vida nova dos filhos de Deus, que Ele ganha para nós na Cruz.
Tudo isso resumiu-o Jesus numa só frase: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6). Será que captamos a importância dessas palavras? Tentemos arrancar do fundo delas a grande luz que encerram, meditando um pouco sobre o seu significado.
Jesus nos traz, primeiro, a luz da Verdade. Vem-me à cabeça agora o pai de São João Batista, Zacarias – o marido de Santa Isabel –, que profetizou o nascimento de Jesus de uma maneira muito significativa. Dizia que a ternura e misericórdia do nosso Deus nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz (Lc 1,78-79). Desde antes de nascer, Jesus já é anunciado como o Sol, como a Luz, a Luz da Verdade, que nos guiará para o bem e para a paz, para a paz terrena e eterna.
Isso é o que também diz São João no prólogo do seu Evangelho? Ele era a verdadeira Luz, que vindo ao mundo ilumina todo homem… A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (cf. Jo 1,9-11). Que pena se nós não a recebêssemos, que pena se nós não a compreendêssemos! Porque a Verdade que Ele nos traz não é uma verdade qualquer: é a única verdade-verdadeira, a única verdade que salva: a verdade sobre Deus, sobre o mundo e sobre o homem. Só ela pode dar sentido à nossa vida.
Utilizando-nos de uma comparação do próprio Cristo, podemos dizer que a Verdade que Ele nos ensina é como a semente na mão do semeador. Pode cair nas pedras ou entre espinhos e morrer; ou pode cair numa boa terra e dar fruto (cf. Mt 13, 4 ss.). Depende de nós.
Se procurássemos acolher essa Verdade com carinho, seria uma maravilha, seríamos– no empenho por edificar a nosa vida – como o construtor de que Jesus falava: Aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha (Mt 7,24). Nem a chuva, nem o vento, nem as tormentas conseguiriam derrubá-la. Porque essa verdade nos daria – como diz a Bíblia – um amor forte como a morte (Cânt 8,6).
O caminho que Jesus nos mostra
Se continuarmos a olhar para Jesus Menino, veremos que Ele nos diz também, como já mencionávamos: Eu sou o Caminho. Toda a sua vida é exemplo e caminho para nós, é como a sinalização luminosa da estrada que conduz a Deus, o roteiro que devemos seguir para nos realizarmos nesta terra e na eternidade.
É por isso que Jesus diz, muitas vezes: Segue-me!… Compara-nos às ovelhas que Ele, o Bom Pastor, conduz, entre brumas e perigos, até o pasto que alimenta e o refúgio seguro. Ele é o Bom Pastor que caminha adiante delas, adiante de nós, indicando-nos o caminho; mais: sendo, com o seu exemplo, Ele próprio o caminho …
Acontece que o caminho de Cristo é, essencialmente, o caminho do Amor. Caminhai no amor – escrevia São Paulo –, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou… (Ef 5,2).
O amor que é caminho é o Amor autêntico, com maiúscula, o Amor que vem de Deus (1 Jo 4,7). Não é fumaça cor de rosa, nem é uma teoria, nem é só uma paixão que arde e se evapora, é um amor vivo, sincero e realista, que se manifesta, no dia-a-dia, na prática das virtudes, que são como que o selo de garantia do amor.
Por isso, aquele que ama esforça-se por ser – com a graça de Deus – generoso, compreensivo, dedicado, paciente; e também por ser constante, por ser forte na adversidade, por ser sóbrio e moderado nos prazeres; por ser caridoso, gentil, prestativo; por ser justo, discreto…; por dar a Deus cada dia mais amor, e aos irmãos também. Em suma, por levar a sério a prática das virtudes humanas e cristãs.
Nunca percamos de vista que aquele que ama faz, age, não fica só pensando e sentindo. É exatamente isso o que nos diz São João, o grande intérprete do Amor de Cristo: Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade (1 Jo 3,18). E é claro que isso se aplica tanto ao amor a Deus como ao amor ao próximo. Como diz o mesmo São João: Temos de Deus este mandamento: quem ama a Deus, ame também a seu irmão (1 Jo 4,21).
A vida que Jesus nos dá
Com o olhar da contemplação sempre fixo no Menino, pensemos na terceira coisa que Ele nos diz: Eu sou a Vida. Jesus é Deus que se faz homem, para que o homem, de uma maneira inefável, passe a viver uma vida nova, a vida de “Deus”. É um pensamento que deixava os santos pasmados, inebriados de alegria e agradecimento. Significa que Jesus nos traz a graça divina, a graça do Espírito Santo, que nos une intimamente a Ele e nos comunica a sua própria vida: Da sua plenitude todos nós recebemos, e graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo (Jo 1, 16-17).
Como conforta pensar que a graça divina, que recebemos pela primeira vez no batismo, nos transforma, comunicando-nos uma vida nova, que é – nada mais e nada menos – uma participação na própria vida de Deus. O Novo Testamento traz expressões belíssimas desse mistério da graça na alma. Por exemplo, São Pedro diz que ela nos faz participantes da natureza divina (2 Pedr 1,4). São João afirma que a graça – que vem sempre à alma juntamente com o Espírito Santo – nos dá o poder de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1, 12). E São Paulo declara, com grande alegria, que, com a graça do Espírito Santo, não recebemos um espírito de escravidão, para vivermos ainda no temor, mas recebemos o espírito de adoção como filhos, pelo qual clamamos: Abbá, Pai! Papai! (Rom 8,15).
Jesus, nosso Redentor, é a fonte de toda a graça. Aquele que tiver sede, venha a mim e beba (Jo 7,37), dizia… E nos prometia derramar o Espírito Santo, sem medida, na alma.
Na verdade, o peito de Cristo aberto na Cruz, até dar-nos as últimas gotas de sangue e água, é o manancial de onde brotam as sete fontes pelas quais nos vem a graça do Espírito Santo: os sete Sacramentos.
Cada um deles nos une a Deus (e aos nossos irmãos) de uma maneira própria. O Batismo transforma-nos em filhos de Deus; a Crisma dá-nos a força do Espírito Santo para sermos fiéis soldados de Cristo e apóstolos; a Reconciliação ou Confissão cura a alma doente e ressuscita a que está morta pelo pecado; a Eucaristia une-nos intimamente a Jesus, que se faz Alimento e Vida da nossa alma; o sacramento da Ordem transforma os sacerdotes em instrumentos vivos de Cristo sacerdote; o Matrimônio implanta a poderosa semente da graça e do amor de Deus no amor dos esposos e dos pais; e a Unção dos Enfermos é a mão carinhosa de Jesus, que nos ergue da doença ou nos leva para o Céu.
E, assim, os sete Sacramentos, juntamente com as virtudes e com a força poerosa da oração – que é a respiração vital da alma do cristão – vão-nos identificando com Cristo, vão-nos transformando espiritualmente nEle, fazem com que pensemos como Cristo, sintamos como Cristo, amemos como Cristo, atuemos como Cristo. Esta é a vida dos cristãos, a vida dos filhos de Deus que se identificam com Jesus.
Por isso, este tempo de Natal é um bom momento para nos perguntarmos, diante de Jesus Menino: “Eu vivo como filho de Deus? A minha oração é oração de um filho? Está cheia do abandono e da confiança dos filhos muito amados? Posso dizer que o meu temor é filial, ou seja, que não temo que Deus me abandone ou me castigue, mas temo só magoá-lo, ofendê-lo? Cumpro os mandamentos com carinho de filho, ou com a má vontade do escravo forçado? Tenho delicadezas de afeto filial para com Deus, para com Nossa Senhora…? Enfim, eu poderia pôr o adjetivo filial em tudo o que penso, sinto e faço?…”
Seria tão bom que este Natal nos envolvesse no Amor de Deus, tal como uma grande luz envolveu os pastores, na noite em que Jesus nasceu (Lc 2,9), e nos tirasse da mediocridade e da tristeza, que é sempre fruto de algum obstáculo (preguiça, egoísmo, mesquinhez, sensualidade…) entre Deus e mim, como dizia São Josemaria.
Coloquemos este bom desejo aos pés de Jesus, neste santo Natal. Não nos esqueçamos de que, em cada Natal, Deus chega muito perto de nós. Em cada Natal, Jesus – ultrapassando as barreiras do tempo – leva-nos para junto do Presépio. Em cada Natal, Maria, a Mãe, oferece-nos o Menino, sob o olhar sorridente de José. Em cada Natal, Jesus também sorri para nós, e nos pergunta: “Será agora? Será desta vez…? Confia – diz-nos –, eu estou aqui para te ajudar”. Sim, em cada Natal, uma grande luz brilha para nós. Em cada Natal, há uma esperança que desponta. Cada Natal, em suma, pode ser para nós um novo nascimento. É isso que agora deveríamos pedir com muita fé a Jesus, pela intercessão de Maria, sua Mãe e Mãe nossa, e de São José.
(adaptação de um capítulo do livro de F. Faus: Natal, reunião dos sorrisos)
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Padre Fábio de Melo lança disco Estou Aqui
O melhor disco da carreira. É assim que o padre Fábio de Melo define Estou aqui, álbum que acaba de sair pela Sony Music e promove, de certa forma, uma volta às origens. “Este CD me emociona de maneira especial, pois me reporta às minhas primeiras experiências com Deus, aquele acontecimento que marca você definitivamente. Sem dúvida, é o disco mais sacerdotal que já fiz e a primeira vez que apareço paramentado”, revela.
Estou aqui marca o retorno de Fábio de Melo por inteiro aos temas religiosos, já que há um bom tempo vinha gravando muitas canções seculares. Ele conta que, no último trabalho, No meu interior tem Deus, começou a sentir necessidade de retomar canções que remetessem a seu início da vida como padre e que queria encontrar equilíbrio entre os tipos de música.
Produzido pelo tarimbado Guto Graça Mello, com quem o sacerdote desejava parceria havia um bom tempo, o disco traz 13 faixas e foi batizado com uma frase e um título de uma canção que Fábio de Melo considera muito significativa, Estou aqui, de Roberto e Erasmo Carlos. Foi a primeira vez que gravou uma música do Rei e não deixou de ser um desafio, já que o artista capixaba é um dos seus grandes ídolos. “Nasci ao som de Roberto, porque o médico que fez meu parto estava cantando Jesus Cristo. E nessa música mesmo tem a expressão ‘eu estou aqui’. É uma frase de que gosto muito porque é simbólica, reporta à disponibilidade, responsabilidade e minha identidade sacerdotal, além de dar nome não só a uma composição de Roberto e Erasmo Carlos que é muito bonita. Mantivemos os arranjos e acho que o resultado ficou bem fiel à gravação original”, acredita.
O disco abre com A esperança entre nós, composta pelo padre para concorrer ao hino da Jornada Mundial da Juventude, que vai ser realizada em julho de 2013, no Rio de Janeiro. Com vocal dividido entre ele, Adriana Arydes, Leandro Santos, Lucimare Nascimento e Olivia Ferreira, a música não ganhou a disputa, mas não deixa de ser uma homenagem ao evento. “Ela ficou entre as finalistas, mas não venceu. Achei que seria uma boa oportunidade para chamar a atenção para esse acontecimento, que será tão importante e do qual pretendo participar ativamente”, destaca.
Artistas religiosos
Mineiro de Formiga, padre Fábio de Melo tem notado crescimento de artistas e bandas que levam a palavra de Deus. O sacerdote acha positivo esse movimento, desde que as músicas provoquem nas pessoas o mesmo sentimento que a religião. “A canção tem que comover, abrir meu coração e disponibilizar o meu sagrado. O instrumental serve para nos transformar. Acredito que existem muitos compositores preocupados com isso. Temos muitos trabalhos religiosos com qualidade musical e já fazendo essa ponte entre o céu e a terra”, opina.
Padre Fábio em números
16 discos
12 livros
É sagrado viver
Padre Fábio de Melo não para de trabalhar, como costuma dizer, e além do novo disco, está lançando o livro É sagrado viver (Editora Planeta). Com 43 crônicas pessoais, curtas e intimistas, o livro trata dos mais variados temas, como vida, religião, reflexões, sentimentos, e convida o leitor a olhar de uma maneira diferenciada para as coisas do dia a dia.
Fonte: Diário de Pernambuco
sábado, 10 de novembro de 2012
Quando os alicerces balançam…

O Brasil é o maior mercado consumidor mundial de crack e o segundo de cocaína e derivados. A ideia de alguns políticos de liberar as drogas é um delírio... ou uma traição
Não faltam motivos para preocupação no Brasil de hoje e, portanto, para que Nossa Senhora chore. A glória de ser a maior nação católica da Terra vai definhando a olhos vistos. E, pior, em grande parte pela ação de muitos daqueles que deveriam ser os paladinos da catolicidade.
Não nos referimos apenas aos numerosos bispos e padres que com pretexto de diálogo e de amor ao próximo põem de lado o caráter militante da Igreja e compactuam com o que há de pior. Mas também aos leigos católicos que se fecham sobre si mesmos e não enfrentam os desafios do mundo moderno, ou então se deixam levar de roldão pelos preceitos da moda.
Com isso tudo, a sociedade brasileira vai degringolando por vários lados, como um prédio em que os alicerces balançam. Apenas exemplificativamente, seguem alguns dados colhidos na imprensa diária.
* * *
Natalidade em declínio — Cada grupo de 10 brasileiras concebem, em média, 17 filhos durante a vida. A fertilidade no Brasil ficou menor do que no Reino Unido (19 filhos), na França (20) e nos Estados Unidos (20). Abaixo de dois filhos por mulher produz-se uma regressão populacional. O número de trabalhadores deve começar a cair na próxima década e, proporcionalmente, aumentar o número de velhos (“Folha de S. Paulo”, 10-9-12).
Drogas envenenam o País — O Brasil é o maior mercado consumidor mundial decrack e o segundo de cocaína e derivados. São assassinados, por ano, no Brasil, nada menos que 50 mil pessoas, uma média de 136 mortes por dia, índice de guerra civil. São vítimas na quase totalidade do crime organizado, que tem no tráfico de drogas seu epicentro. A ideia de alguns políticos de liberar as drogas é um delírio… ou uma traição (Idem, 8-9-12).
Dinheiro que a esquerda estudantil desvia — Entre 2006 e 2010 a União Nacional dos Estudantes (UNE), reduto do PC do B, e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), de São Paulo, receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos destinados à capacitação dos estudantes. Investigação do Ministério Público aponta indícios de irregularidades graves nos convênios. Um procurador identificou o uso de notas fiscais frias para comprovar gastos e detectou que parte do dinheiro foi usada para farras: compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, bem como aquisição de búzios e velas para o culto, e até celulares (“O Globo”, 8-6-12; “O Estado de S. Paulo”, 10-6-12).
Estudantes analfabetos — No ensino superior brasileiro, 38% dos alunos não sabem ler e escrever plenamente. Você leu bem: não é no ensino básico nem no secundário, é no superior! São analfabetos funcionais (“O Estado de S. Paulo”, 17-7-12).
“Casamento” homossexual — A Câmara Municipal de Guarulhos aprovou o projeto de lei da vereadora do PT, Eneide de Lima, que instituiu o segundo domingo de junho como “Dia da União Homoafetiva”. O mesmo texto prevê que a Prefeitura realize na mesma data o “casamento” comunitário homossexual para “casais” que não tenham condições de arcar com as despesas (“Folha Metropolitana”, Guarulhos, 25-5-12).
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Encontro do ECC na Paróquia de São Miguel Arcanjo, em Itapebuçu
Encontro do ECC na Paróquia de São Miguel
Arcanjo, em Itapebuçu
Acontecerá na Região Episcopal Sertão São Francisco das Chagas nos dias 9, 10 e 11 de novembro, na Paróquia de São Miguel Arcanjo, em Itapebuçu, o encontro do ECC (Encontro de Casais com Cristo). Participam os casais das Paróquias de Canindé (São Francisco) e Paramoti (Sant´Ana).
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
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